As relações sociais no sistema capitalista
Artigo: As relações sociais no sistema capitalista. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcos_helena • 13/5/2014 • Artigo • 721 Palavras (3 Páginas) • 1.713 Visualizações
As relações sociais no sistema capitalista
O trabalho humano se encontra na base de toda a vida social. Os homens, impulsionados pelas
necessidades vitais, apropriam-se da natureza e produzem os bens necessários a sua manutenção, que
lhes dão condições de existir, de se reproduzir e de “fazer história”, salientaram Marx e Engels (1982,
p.19). Satisfeitas as primeiras necessidades, surgem outras, exigindo novas soluções, que direcionam o
homem nas relações com os outros homens. Enredado nesse conjunto de relações sociais, como um ser
social e histórico, este desenvolve sua práxis, atividade material pela qual ele “faz o mundo humano” e
se transforma a si mesmo (Vazquez, 1977, p. 9). Assim, através de contínuas transformações das
condições sociais, realizadas pela práxis humana, foram sendo gerados os progressos econômico e
social, bem como toda uma cultura.
Na teoria marxista, o modo de produção oferece elementos para caracterizar as sociedades e analisar
as suas transformações. É importante apresentar aqui alguns elementos dessa teoria, que propiciam a
discussão sobre as forças que atuam na vida social e a crítica a um determinismo mecanicista.
No processo de trabalho, os homens criam determinadas relações entre eles (relações de produção),
que, juntamente com a capacidade de produzir (forças produtivas), constituem o modo de produção. O
nível de desenvolvimento dessas forças produtivas materiais e as relações de produção correspondentes
determinam, segundo Marx e Engels (1982), os diferentes tipos de sociedade. As relações de produção
modelam, portanto, a estrutura social e a repartição da sociedade em classes. Quando as condições
materiais de produção mudam, também se alteram as relações entre os homens que ocupam a mesma
posição na sociedade de classes.
Marx e Engels (1982) considera que a totalidade das relações de produção estrutura
economicamente a sociedade. Na base, se encontram as forças produtivas, ou seja, os instrumentos e
técnicas de produção, a força de trabalho dos homens, os objetos aos quais se aplica esse trabalho. Sobre
a infra-estrutura econômica se ergue uma superestrutura, composta da instância jurídico-política e da
instância ideológica, a que correspondem todas as formas de consciência social. As contradições entre as forças produtivas e as relações de produção acabam levando ao colapso um determinado modo de
produção e a sua substituição por outro, dando assim lugar ao que Marx denomina de “épocas
progressivas de formação econômica e social” (Marx e Engels 1982, p. 531).
As concepções acima sobre modo de produção e sua transformação histórica, necessárias para se
compreender como funcionam as forças de vida social, colocam um acento demasiado nas forças
econômicas, fazendo delas o elemento determinante. Não se desconhece que as condições econômicas
têm sido, historicamente, as forças
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