Atps sociologia

Análise da Teoria

Teoria do Fato Social

Essa teoria diz que os fatos sociais são fatos exteriores ao indivíduo, que exercem uma pressão sobre ele. Mas para Durkheim, nem toda ação humana é um fato social. Para isso, o fato deve ter três características: generalidade (existência desse fato para o coletivo, não apenas para o indivíduo), exterioridade (esses fatos são exteriores ao indivíduo e independentes de sua consciência) e coercitividade (trata-se da força que esse fato exerce, obrigando seu cumprimento).

Durkheim parte da ideia de que os homens são animais selvagens e o que nos diferencia nos dando humanidade, é a capacidade de aprendermos hábitos e costumes, e assim nos inserir no convívio com a sociedade. Segundo Durkheim, as pessoas se educam influenciadas pelos valores da sociedade em que vivem.

Vamos lá, quando nascemos, recebemos a educação de nossos pais, educação que até então é desconhecida para nós, ela apenas existe e nos é transmitida. Assim, vamos crescendo aprendendo valores e princípios e aprendemos que quando não os obedecemos seremos punidos, seja pelos pais, seja pela sociedade em que vivemos.

Os fatos sociais funcionam independente do uso que os indivíduos fazem deles. É uma realidade que o indivíduo não criou e não pode rejeitar, como princípios e valores morais, leis, costumes, rituais, entre outros. São maneiras de pensar, agir, atuar e existir fora da consciência individual de cada um.

O grau de coesão dos fatos sociais fica evidente pela aprovação ou punição a que o indivíduo estará sujeito quando tenta se rebelar contra eles.

Para o criador dessa teoria, um fato social é normal, pois a generalidade garante a normalidade sendo assim, representado através de um consenso ou vontade coletiva. O normal se refere aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência concreta.

Para se chegar mais perto do conhecimento sobre os fatos sociais, Durkheim diz que se deve manter a neutralidade quanto aos fatos, sendo

objetivo, deixar de lado pré-conceitos valores e sentimentos, encarar os fatos sociais como coisas (objeto), ater-se àqueles acontecimentos gerais e repetitivos que apresentam características exteriores comuns.

Teoria do Suicídio

Nessa teoria, Durkheim descreve o suicídio como um fenômeno social característico das sociedades modernas. O suicídio é um ato executado pela vítima, conscientemente, que resulta em sua morte. Porém, ele quis mostrar que as causas do autoextermínio têm fundamento social e não individual.

Segundo o sociólogo, cada sociedade está propensa a fornecer uma quota determinada de mortes voluntárias, e o interesse de suas pesquisas sobre o suicídio é a análise de todo o processo social que age não sobre os indivíduos isolados, mas sobre o conjunto social.

Sua teoria é baseada também em observações do ponto de vista religioso, uma vez que observa que o numero de suicídio entre os protestantes é maior do que entre os católicos,