CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Segundo Andrade, Collet, Philipp (2004, pp. 157-158) relata que os conceitos de resíduo e lixo são bastante próximos e muitas vezes entende-se que ambos sejam sinônimos, onde o resíduo é aquilo que resta de qualquer substância, e lixo é tudo o que não presta e se joga fora, ou seja, são as coisas inúteis, velhas e sem valor.

Segundo ABNT NBR 10.004 (2004, p.1) define resíduos sólidos como:

resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços de saúde, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d'água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

Com base nessa norma da ABNT, os resíduos sólidos são restos de resíduos gerados após a produção, utilização ou transformação de bens de consumos. Muitos destes resíduos sólidos são compostos de materiais recicláveis e podem retornar a cadeia de produção, gerando renda e lucro para a empresa. Mas para que isso ocorra, é preciso que haja nas empresas um bom sistema de coleta seletiva e reciclagem. As empresas que não utilizam este tipo de processo, jogando todo tipo de resíduos sólido em aterros sanitários, acabam poluindo o meio ambiente, pois esses resíduos sólidos levam décadas ou até séculos para se decompor.

4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Existem várias formas de classificação, entretanto a forma mais comum leva em consideração a origem, que podem ser: industriais, urbanos, de serviços de saúde, de portos, de aeroportos, de terminais rodoviários e ferroviários, agrícolas, radioativos e entulho.

Segundo ABNT NBR 10.004 (2004, p.5), os resíduos sólidos industriais, em função da periculosidade, se dividem em três classes:

Resíduos Perigosos (Classe I) – são resíduos que, em função de suas propriedades físico-químicas e infectocontagiosas, podem apresentar riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, ou seja para ser caracterizada nessa classe, deve apresentar ao menos umas dessas características.

Resíduos Não-Inertes (Classe II) – são os resíduos que não apresentam periculosidade, porém não são inertes, podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico.

Resíduos Inertes (Classe III) – são aqueles que, quando submetidos aos testes de solubilização, não tem nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de portabilidade de água, ou seja, significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando disposto no solo.