CONTROLO DE NEGÓCIOS

CONTEXTO EMPRESARIAL

José de Ribamar Sabino

A conjuntura mundial contemporânea tem exigido que os indivíduos e as organizações estejam atentos e capacitados para entender o comportamento e reações de suas decisões. Isso requer que os empreendimentos, através dos seus gestores, busquem coordenar suas ações, a fim de que sejam atendidas as exigências e evolução dos mercados.

Sendo assim, cada organização com seus departamentos, devem trabalhar sintonizados buscando a melhor alternativa para interagir neste cenário sem agressões ao meio ambiente e à sociedade.

Os fatores que vêm despertando preocupações na tomada de decisões das entidades é a responsabilidade ambiental e social. Hoje, as reações da população consumidora e dos investidores, diante dos desajustes e das agressões das empresas ao meio ambiente, têm feito com que boa parte delas adotem medidas que objetivem reduzir os efeitos negativos das suas atividades.

A temática se torna cada dia mais importante, tanto que em 2005 a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) juntamente com outras instituições, como a Fundação Getúlio Vargas, criaram o Índice de Sustentabilidade - visando oferecer aos investidores uma opção de carteira composta por ações de empresas que apresentam reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial.

Pode-se entender a responsabilidade social como um conjunto de ações que uma empresa adota visando o respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (2000) defende que uma empresa é socialmente responsável quando ela vai “além da obrigação de respeitar as leis, pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores”.

Percebe-se que existe um conjunto de ações que devem ser praticadas a fim de que uma entidade seja conceituada como sustentável. As empresas que praticam essas ações apresentam uma série de vantagens, tais como: melhoria de sua imagem junto aos consumidores; economia com redução de custos de produção (reaproveitamento, reciclagem das sobras); melhoria nas condições ambientais do planeta; aumento da satisfação dos colaboradores, a maioria das pessoas se sente bem em trabalhar numa empresa sustentável; além da valorização das suas ações na bolsa de valores, os investidores têm demonstrado preferências por empresas que adotam tais atitudes.

Cada entidade esta inserida em ambientes que exercem influencias sobre suas ações. Desse modo, os gestores, atentos aos possíveis reflexos das ações praticadas, devem utilizar-se das funções administrativas (planejamento, organização, direção, coordenação e controle) que são ferramentas úteis para interagir nestes ambientes.

Silva apud Kawasnicka (2010, p.151) “planejamento é definido como a atividade pela qual administradores analisam condições presentes para determinar formas de atingir um futuro desejado”.

Não se pode vislumbrar a concretização de objetivos sem o planejamento, seja ele de forma simples (ações do dia a dia de uma pessoa ou uma pequena empresa) ou complexa (decisões de uma grande empresa).

É através da organização que a entidade consegue envolver os departamentos e colaboradores a fim de atingir os objetivos estabelecidos no planejamento. Silva (2010, p. 151) assim se posiciona

Organizar envolve reunir e coordenar os recursos necessários para atingir um objetivo, ou seja, como a empresa irá se estruturar para atingir seus objetivos. A estrutura deve esta de acordo com a estratégia e irá refletir como ocorrem as relações funcionais e pessoais da empresa.

Na organização são definidas as responsabilidades a serem atribuídas a cada uma dos departamentos; as relações hierárquicas e funcionais entre os mesmos.

Já a coordenação é a função administrativa que visa ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos através da qual se estabelece o conjunto de medidas, que tem por objetivo harmonizar recursos e processos.

Estabelecido o planejamento, a organização e coordenação, é o momento da direção cuja função engloba atividades como a tomada de decisão, a comunicação com os subordinados, superiores e pares, a obtenção, motivação e desenvolvimento de pessoal.

Silva (2010, p. 152) assim comenta

a direção está relacionada em como as pessoas serão guiadas, [...], como elas serão influenciadas para que suas atividades sejam executadas de acordo com o esperado. Aqui entra o papel da liderança que deverá motivar os indivíduos e grupos através da comunicação, do envolvimento e orientação.

Importante que se frise, a relevância do papel do líder na harmonização dos esforços dos colaboradores que executaram os planos traçados pela entidade.

Finalmente, chega-se o momento de se averiguar se tudo foi executa como o planejado, e esta é a função controle. Neste sentido Silva (2010, p. 152) afirma que “o controle está diretamente relacionado com o planejamento, pois ele irá assegurar que o objetivo planejado seja atingido. [...] comparando o planejado como o que está sendo realizado”.

O controle é a ultima das funções administrativas, buscando garantir que o planejamento seja executado conforme os objetivos estabelecidos no planejamento da entidade. É quando os gestores averiguam o que realmente foi realizado e o que deixou de ser.

Após esta breve explanação sobre funções administrativas,