Capitalismo e criminalidade
Por: Eduardo Ribeiro • 10/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 797 Palavras (4 Páginas) • 341 Visualizações
Capitalismo e Criminalidade
Introdução:
Depois da queda do muro de Berlim o capitalismo se acentuou no mundo. Nos países em desenvolvimento, mais especificamente no hemisfério sul, o capitalismo e o consumo desenfreado associado à centralização de poderes, acaba gerando a desigualdade e a criminalidade. o capitalismo moldou uma sociedade de massas, em que tudo e todos devem estar permanentemente disponíveis para o consumo.Os órgãos de comunicação, assumindo plenamente as características de uma "indústria cultural", deixaram de lado a missão de
formar mentes para o exercício do pensamento crítico, deixando o povo à margem das reais raízes históricas e sociais da criminalidade no Brasil.
Objetivo:
Relacionar um sistema filosófico-econômico adotado pelos Estados com a criminalidade resultante desta.
Discussão:
- Brasil nasce da violência:
Durante o periodo colonial, houve situação de intensa exploração de uma colônia - possuidora de ricos recursos naturais - de uma potência deficitária que por sua vez se submetia à exploração dos Europeus; injustiça que representavam privilégios garantidos por monopólios; violência da proibição de atividades produtivas para garantir reservas de mercado; escravidão; expulsão e genocídio dos nativos.
No Império, por sua vez, era relevante para sua sustentação levar em consideração uma característica da sociedade da qual emergia: o emprego generalizado da violência armada na vida social e política. O que a existência e a força desta sociedade colocam como problema a ser estudado é o exercício do poder por meio da coerção física como forma de solucionar
conflitos de interesses e como forma de sustentar o Estado ou contestá-lo.
- Não tem prevenção, não se tem estrutura para punir, assim partindo para atitude de iludir o povo:
há uma inversão entre causa e consequência, a sociedade condena o crime ja feito (prender o criminoso), mas não se esforça na prevenção da criminalidade, com educação de qualidade, melhor qualidade de vida e politicas públicas mais eficazes.
Não há estrutura para ressocializar os presos ( Presídio de Pouso Alegre: Capacidade para 302 presos; há, atualmente, 795 presos ).
- Se deu autonomia ao Estado de Polícia e se perdeu o respeito pelo Estado de Direito:
Estado de Polícia: Polícia entendida como setor subsidiário do estado, visando sobretudo a prevenção e punição dos ilícitos, mediante ao emprego de aparelhos rígidos e autoritário de investigação e intervenção.
Estado de Direito: É uma situação jurídica, ou sistema institucional, no qual cada um é submetido ao respeito do Direito, do simples indivíduo até a potência pública.
- Histórico da desigualdade:
Desde os primórdios do processo de desenvolvimento brasileiro, o crescimento econômico tem gerado condições extremas de desigualdades espaciais e sociais. Essa disparidade econômica se reflete especialmente sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida, mortalidade infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos. A experiência brasileira é rica em programas e projetos para atenuar as desigualdades regionais e sociais. Mesmo que a maioria delas não tenham obtido os resultados esperados, há exemplos de políticas sociais que estão tendo impacto favorável: o salário mínimo, a aposentadoria rural, a bolsa-escola, a renda mínima e a reforma agrária. No entanto, essas iniciativas não tem sido suficientes para resolver os problemas das desigualdades no Brasil.
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