Casa Grande e Senzala

Casa-grande & Senzala publicado em 1933 pelo autor Gilberto Freyre, de inúmeras leituras e um dos pensadores mais conhecidos das ciências sociais, juntamente com essa obra teve Sobrados e Mocambos e Ordem e Progresso, que para o autor era denominado de “Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil”, no qual retratam a formação da família brasileira no seio de um país agrário. Aqui será apresentada as principais ideias do autor a respeito dessa grande obra tão cheia de detalhes, descrita minuciosamente.

A formação nacional da história brasileira é construída a partir do desenvolvimento da região Nordeste, especificamente em Pernambuco, local de origem do autor, sua metodologia foi inovadora utilizando tanto pesquisa de campo como descrição etnográfica. Casa-grande e Senzala é um livro volumoso, como muitos detalhes, porém tem-se uma leitura de fácil compreensão por ser muito descritiva.

Freyre era um autor que valorizava os aspectos sensoriais de sua narrativa como: cores sensações, sabores e Casa-grande e senzala contem descrições dos hábitos sexuais dos senhores de engenho, muitas vezes adeptos do sadomasoquismo. Casa-grande e senzala mostra como era que funcionava a sociedade brasileira daquela época, com um sistema patriarcal de colonização portuguesa de um lado um país de raízes agrárias e de outro o colonizador tentando impor as formas europeias e tentando se adaptar com o meio. Havia assim um país com uma economia de dominação não só patriarcal com a família e escravos como também agregados e homens livres, que disso resultou a miscigenação.

A família foi a que constituiu a sociedade brasileira já que era fator fundamental. Há muitos aspectos que precisaria ser mencionados, porém citei aqueles que mais me ensinaram. Em suma, o pensamento freyriano se resume que as relações no Brasil desde a colonização constituiu-se harmonicamente sem conflitos de caráter violento. É como se tudo tivesse acontecido harmoniosamente com os povos que aqui habitava, porque havia de um lado a “raça atrasada” e de outro a “raça adianta”. O que esses termos e pensamentos nos querem dizer diante de uma formação forçada? A cultura indígena foi respeitada? Os povos que aqui viviam puderam viver como vivia? E os negros eram escravos porque gostavam e as negras se relacionavam sexualmente com seus senhores porque queriam? De fato se percebe que as relações não foram tão harmônicas. É preciso ter muito cuidado para analisar o pensamento de Gilberto Freyre, afinal tem situações que precisam ser criteriosa.