Caso Concreto: ATIVIDADES ESTRUTURADAS PARA AV2
Por: maraferreira09 • 20/3/2016 • Resenha • 2.278 Palavras (10 Páginas) • 293 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ-FIC
CURSO DE DIREITO
CIÊNCIAS POLÍTICAS
ATIVIDADES ESTRUTURADAS PARA AV2
Antonia Mara Ferreira de Oliveira
FORTALEZA
2013.1
1-RESENHA DO FILME O GERMINAL
A História do filme se passa na França durante o século XIX, a maioria das cenas ocorria dentro das minas de carvão, onde se mostrava o trabalho árduo dos mineiros. O filme faz uma abordagem do momento histórico em que traz a cultura, economia e a política, no período antes da Revolução Industrial. No contexto considerado do filme, a Europa vivia o novo processo de produção conhecido como Revolução Industrial. Foi um conjunto de transformações e invenções que propiciaram uma revolução no modo de produção do homem. Essas transformações evoluíram para aspectos econômicos, os quais influenciaram toda a conjuntura social da época.
Germinal, traz à ofensiva por parte de alguns trabalhadores de uma mina de carvão em relação aos seus patrões, por estarem insatisfeitos com baixos salários, carga horária exaustiva, falta de segurança, dentre tantos outros agravantes.Conforme mostra o filme, todos da família eram encaminhados para o mesmo tipo de trabalho, expondo-se a péssimas condições. As mulheres, além do grande trabalho em suas respectivas casas, tinham que submeter-se a uma exaustiva jornada de trabalho na mina e ver seus filhos começarem a trabalhar ainda jovens. Pouca coisa podiam fazer, senão lutar contra os opressores. Os operários de minas acordavam de madrugada e iam trabalhar sob condições inimagináveis, pois o estado das minas eram péssimos, não tendo nenhuma condição de um ser humano parar de ser mineiro e ter uma vida normal e saudável.
Nas minas não existia nenhum equipamento de proteção, principalmente máscaras, iluminação apropriada, estacas de madeiras que suportassem o solo, para não haver desmoronamento (o que era freqüente acontecer).
No inicio do filme um dos personagens está desempregado e chega até a companhia de mineração a fim de conseguir empregar-se, se depara com um outro, que na verdade não é tão senhor assim, mais devido as condições de vida as quais vive desde os 8 anos de idade trabalhando na mina possui uma saúde bastante debilitada. Toda a sua família trabalha também na mesma mina; o personagem recém-chegado a procura de emprego se choca com as dificuldades das condições de trabalho, constituída de pura exploração e pobreza, o senhor, por ser um funcionário mais antigo e respeitado consegue arranjar-lhe uma vaga devido a morte de uma outra companheira de trabalho. Este novo homem que surge se chama Etienne , sendo que ele estava se organizando no combate contra a exploração e convence todos a se expressarem da mesma forma e iniciarem uma greve.
Eles tentam falar sobre as suas reivindicações com o diretor geral da mina, não obtendo sucesso, pois este arruma várias desculpas para justiçar a permanência do funcionamento delas pondo as companhias como se estivessem na mesma situação de precariedade dos seus trabalhadores a partir da exposição das situações de “quebra” delas, desejando que eles culpem os fatos e a conjuntura econômica pelas suas situações.
A situação se agrava, pois a companhia contrata trabalhadores da Bélgica e ameaça despedi-los caso a greve permaneça, alguns trabalhadores temerosos e famintos querem retornar ao trabalho outros tão engajados preferem morrer a abandonar a causa. Daí os grevistas vão até as minas em funcionamento, as destroem, as inutilizam temporariamente com a paralisação de elevadores, bombas etc., além de agredirem os que permaneceram trabalhando, gerando conflitos seguidos, o que causa a necessidade para os proprietários das minas de segurança. Desta revolta é desencadeando muitos conflitos tendo como resultado até mortes.
A revolta a cada dia que passava crescia, se multiplicando em razão aritmética, chegando ao ponto da caixa de reserva acabar e os trabalhadores não terem mais o que comer. Começa os saques aos armazéns, fazendas, em casas de burgueses e até nas próprias minas de carvão.
A luta dos trabalhadores não tem um final vitorioso, eles voltam ao trabalho sem o aumento de salário ou melhorias no ambiente de trabalho. O cético presente no bar o tempo todo acaba tendo razão: eles não mudaram nada, e se os trabalhadores tivessem no lugar dos burgueses a situação seria a mesmo.
A grande questão do filme é a diferença entre as duas classes abordadas. A grande depreciação do ser humano é altamente evidenciada com os trabalhadores: a troca de comida por favores sexuais; cada indivíduo dentro da família ser “contabilizado” com o quanto ganhará no trabalho; a “caridade” dos burgueses com os trabalhadores, quase como reservada aos animais; a falta de individualidade de todos.
A partir da análise do filme Germinal, procuramos compreender o discurso ideológico em defesa do proletariado. Seja através das escolhas dos elementos apresentados, exploração e situação de miséria dos trabalhadores, seja por meio da montagem das imagens, confrontação de elementos distintos, percebemos que o filme traz algo a mais, um ponto de vista próprio, elementos que são destacados com o intuito de levar uma mensagem ao espectador. Assim, concluímos que as transformações e adaptações de imagens e falas dos personagens ao longo do filme não são feitas de forma inocente, e têm o propósito de afirmar um discurso ideológico apresentado pelo autor.
2-QUADRO COMPARATIVO SOBRE ESTADO DE NATUREZA, SOBERANIA E CONTRATO SOCIAL NAS OBRASDE HOBBES E ROUSSEAU.
- ESTADO DE NATUREZA
Segundo Hobbes os homens são todos iguais conforme a sua natureza. O estado de natureza é a liberdade e igualdade de todos. O filósofo aponta que não há grandes diferenças entre os homens, até o mais fraco tem capacidade de matar o mais forte. Neste estado de igualdade, também os direitos de todos são iguais Eles almejam às mesmas posses e ideais, e uma vez que algum desses não puder ser gozado por todos, eles viverão em estado de guerra, afim conquistar por força, ou para tentarem conquistar aquilo que ainda não tem. O estado de guerra, para ele, não consiste apenas na batalha ou combate corporal, mas também no risco eminente de que a guerra aconteça, chama este estado de guerra de todos contra todos. Neste risco, não existe paz e daí a necessidade do pacto com um soberano. A soberania garante a conservação da vida dos associados a esse pacto, porém, esses “associados” cedem seus direitos a ele. O Estado com autoridade absoluta seria necessário para evitar a guerra entre os indivíduos. Fica explicita a posição favorável em relação à monarquia ou qualquer outra forma de soberania.
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