Comentário Crítico de "A adolescência em Samoa" por Margareth Mead
Por: Enni J • 14/12/2020 • Resenha • 289 Palavras (2 Páginas) • 604 Visualizações
O presente trabalho se ocupou em analisar a teoria de culturalismo presente no texto de Margareth Mead e compará-lo ao episódio de Estranhos no Exterior em que apresentam Franz Boas. Margareth Mead procura fazer uma análise inicialmente sobre como funciona a adolescência nos EUA de acordo com seus costumes, éticas e moral. Em seguida, ela faz a comparação a adolescência em Samoa. A partir disto, ela percebe que existe uma problemática em relação ao período caracterizado por adolescência apresentado e estudado por teóricos de seu tempo. Com isso, Margareth Mead apresenta a forma estigmatizada com que a adolescência é retratada: uma fase conturbada, rebelde e desajustada. A partir de então Margareth Mead questiona: “Eram essas dificuldades decorrentes do fato de ser adolescente ou do fato de ser adolescente nos Estados Unidos” (p.21)
A antropóloga Margareth Mead, assim como Ruth Benedict, percebeu que os padrões culturais além de criarem comportamentos regulares, também passaram a criar inclinações semelhantes entre indivíduos, assim cada cultura criaria uma personalidade padrão que, embora tenha variações, seria predominante sobre outras. A cultura será comparável então a uma lente que filtra tudo o que vemos, percebemos e sentimos. Não há como ver o mundo senão através da lente da cultura.
Em seguida, como forma de colocar seu questionamento a prova, Mead se propoẽm a ir à uma civilização diferente, como a samoana, a fim de fazer um estudo de adolescentes sob condições culturais diferentes. Com isso, a antropóloga constata que não há uma crise universal da adolescência.
Apesar de aluna de Franz Boas, Margareth Mead caminha em direção contrária Boas. Enquanto Boas se apegou a noções geográficas e ambientais para determinar o desenvolvimento cultural, Mead se utlilizou de noções da psicanálise como forma explicativa de padrões culturais.
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