Margareth Mead E Os Mundugomor
Artigos Científicos: Margareth Mead E Os Mundugomor. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dimasdaiane • 14/7/2014 • 10.166 Palavras (41 Páginas) • 659 Visualizações
SEXO E TEMPERAMENTO – MARGARETH MEAD
Henrique
Encontro com Mundugumor
A autora revela o intuito que teve ao pesquisar os Mundugumor, que seria: Descobrir em que grau as diferenças temperamentais entre os sexos eram inatas e em que medida eram culturalmente determinadas, além de investigar minuciosamente os mecanismos educacionais ligados a essas diferenças.
Mais adiante relata sua decepção com os Arapesh pois com eles não encontrara diferenças temperamentais entre os sexos, em nenhuma de suas observações. Comenta que ficou satisfeita com a índole do povo e interessada na coerência de sua cultura, mas com poucos conhecimentos adicionais sobre o próprio ponto de vista.
Ela explica que quando se vai estudar um determinado povo, ele já foi, antes, minuciosamente estudados, pois só dessa forma é que se sabe que a linha de pesquisa de outro pesquisador compensará ser feita ali.
A autora comenta como foi a escolha do Mundugumor. Na verdade eles saíram dos Arapesh em direção ao Rio Sepik para escapar da arduidade da vida na montanha e os problemas com transportes. Procuravam uma tribo arbitrariamente o que dispunham eram das informações de dois outros etnólogos, o Dr Thurnwal e o Sr Bateson. Relata ainda que as aldeias do baixo Sepik encontravam-se em estado parcial de desintegração, devido ao recrutamento ou as missões. Num determinado momento a única coisa que dispunham para a escolha da nova tribo a ser estudada eram os mapas do governo e a ajuda de um oficial que lhes passavam as informações. Após essas consultas a pesquisadora revelou que o método de escolha foi o seguinte: A mais próxima das tribos que fosse acessível pela água e não estivesse missionada, assim, chegando a escolha dos Mundugumor.
Os Mundugumor localizavam-se meio de dia viagem Yuat acima. As únicas informações que tiveram sobre eles é que estavam controlados há mais ou menos três anos e que os habitantes do Yuat adoravam botões.
Desembarcaram as cargas em Kenakatem, a primeira aldeia Mundugumor, local onde os livros de recenseamento indicavam como centro de maior localidade.
A autora informa que os Mundugumor foram a melhor escolha para seu trabalho e que os leitores ficariam contagiados. Pois as diferenças do ethos entre os Arapesh e os Mundugumor são grandes, a pesar de ficarem apenas cem milhas separadas e ocupar o mesmo área cultural e tantos traços econômicos e sociais.
Enquanto os Arapesh padronizavam a personalidade tanto de homens quanto de mulheres num molde feminino maternal, os Mundugumor chegaram ao extremos oposto, desprezando o sexo como base de estabelecimento de diferenças de personalidade, padronizavam o comportamento de homens e mulheres como ativamente masculinos, viris, em que as mulheres não possuem nada de suavizadoras e adoçantes como estamos acostumados a ver, o que torna mais notável o estudo dessa cultura.
JEFFERSON
O ritmo de vida numa tribo canibal
Um dos objetivos de Margareth Mead era encontrar DIFERENÇAS TEMPERAMENTAIS ENTRE OS SEXOS. Após estadia com os Arapesh a escolha da tribo dos Mundugumor para estudo foi dada de forma arbitrária não sido levado em consideração as diferenças de temperamento ou por considerações práticas e etnográficas. Foram escolhidos os Mundugumor por estarem mais próximos e a possibilidade a viagem ser feita por via fluvial e por não haver missões. Neste sentido o que mais impressionou a autora foi o fato de dois povos estarem tão próximos, aproximadamente cem milhas, pudessem apresentar TAMANHO CONTRASTE ÉTNICO E SOCIAL, sendo até mesmo o extremo aposto.
Devido ao forte e pleno controle do governo a cerca de três anos, a pratica entre os Mundugumor de CAÇA DE CABEÇAS, GUERRAS E CANIBALISMOS haviam sido suprimidos. E embora fossem TEMIDOS E CONHECIDOS PELO SEU TEMPERAMENTO AGRESSIVO E SUA DISPOSIÇÃO DE ENFRENTAR A MORTE, os chefes se submeterão a tal controle por temerem ter que enfrentar seis meses na prisão, imaginando quem seduziria ou roubaria as esposas e filhas e a esta inatividade humilhante não estavam dispostos a enfrentar. Assim, havia três anos que a paz reinava, a caça de cabeças estava terminada e não mais se celebravam festins canibalescos, todavia a autora usou o presente como forma de descrever a vida como fora e de certa forma, estava viva e presente entre a tribo.
O RIO YUANT que divide a região dos Mundugumor e segundo dizem as pessoas até algumas gerações atrás era apenas um regato gotejante. Atualmente é rápido traiçoeiro com águas turvas e barrentas e os nativos NUNCA TENTAM NADAR NO RIO e não utilizam suas margem para plantações apesar das terras serem em condições favoráveis para plantio de fumo e coqueiros. Embora fossem um grupo da mata, desacostumados da água, inexperientes em natação, sem conhecimento de da arte de fazer canoas tiveram que de alguma maneira PARTE DO GRUPO TEVE QUE SE TORNAR UM GRUPO FLUVIAL. ATUALMENTE CONTA COM CERCA DE MIL PESSOAS, mais já houve época que devem ter atingido cerca de mil e quinhentos, são divididos em dois grupos que vivem nas aldeias ribeirinhas e os que vivem longe da margem do rio por não se habituarem. Apesar de falarem a mesma língua, OS DOIS GRUPOS NÃO DE SENTEM UM MESMO POVO. O casamento entre membros dos dois grupos tornou-se menos desejável. Antigamente ERA TABU PARA UM MUNDUGUMOR, COMER ALGUÉM QUE FALASSE A MESMA LÍNGUA, mas depois que o rio os separou, alguns dos ribeirinhos tentaram comer um membro do outro grupo da mata e, não tendo sofrido nenhum efeito danoso por isso, continuaram a faze-lo, estando agMANUFATURA, pois estas são ADQUIRIDAS DOS POVOS VIZINHOS a qual recebem como moeda fumos, noz e cocos que crescem com abundância em suas terras férteis.
Para os Mundugumor A CAÇA DE CABEÇAS NÃO É UM NEGÓCIO ONDE DEVA HAVER RISCOS, o ideal é um bando de cem homens, que saem para emboscar uma aldeia que abriga apenas dois ou três homens e algumas mulheres e crianças. Para tal expedição os Mundugumor FAZEM ALIANÇAS com tribos vizinhas. Nas alianças, crianças de oito ou nove anos, GERALMENTE DO SEXO MASCULINOS pois a meninas tem maior valor para eles, são trocadas com a finalidade que as mesmas fiquem como REFÉNS até que o ataque termine, caso haja traição entre os aliados os reféns serão mortos como acerto de contas e utilizado em festim canibal. Entre os Mundugumor, este cativo e liquidado por um menino da tribo, geralmente antes de se tornar adolescentes. As vitimas também podem ser vendidas ou trocadas, caso não se desejar comer um membro de outro grupo com quem estava em termos razoavelmente íntimos.
Outra
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