Como você identifica o “jeito brasileiro de ser” ao se socializar e “navegar” entre os diversos grupos sociais, em especial no campo profissional?

Boa tarde,

Sem dúvidas, uma característica muito marcante do brasileiro é o “jeitinho brasileiro”. Esse “gingado” do brasileiro revela toda a sua flexibilidade e sua criatividade em resolver problemas. O nosso cotidiano pode se tornar melhor devido a inovações e coisas boas resultantes desse jeito de ser, mas é preciso um pouco de atenção porque no momento em que utilizamos isso para tirar vantagens, proveitos ou benefícios em detrimento de outros, estaremos usando o “jeito brasileiro” de uma forma negativa, criando uma visão de malandragem e portanto de pessoas corruptas.

Devido a isso, precisamos entender nossa sociedade e nos questionar sobre o nosso papel como indivíduos perante a ela. Vivemos em conjunto, temos a obrigação de melhorar nossa sociedade, visando o bom funcionamento e cuidado desta. Assim, nos conscientizando sobre nossas atitudes, tendo uma conduta ética em nosso dia-dia, buscando sempre ter uma participação ativa, para que com muita criatividade e inovação possamos construir um futuro mais honesto para nossa sociedade.

Vamos criar uma hipótese: Suponhamos que você parou seu carro em lugar irregular e após ver o guarda notificando seu veículo você vai até o guarda tentando dar um “jeitinho brasileiro”. Caso ele recuse a retirar a multa pois você estava errado e até desconte mais ponto em sua CNH devido ao pedido, a chance de você voltar a tentar fazer o mesmo pedido em um situação igual ou parecida irá diminuir, caso ele aceite, aumentam as chances de você repetir o comportamento.

É bem simples a lógica: você faz o que faz porque se sente bem assim, você acabou sendo recompensado por isso. Se você faz algo errado e é punido, certamente pensará bastante antes de repetir tal atitude. Com essa ideia podemos pensar quando flagramos algo errado e não tomamos nenhuma atitude é possível que o ato se repita futuramente. Assim entendo que tanto quem pratica o ato como quem presencia sem se opor a ele acabam contribuindo.

Sendo assim ao presenciarmos alguém dando um “jeitinho” e esse “jeitinho” não seja positivo devemos repreendê-la e não a recompensar. Tanto no ambiente de trabalho como na vida pessoal. As agências socializadoras como a família e a escola tem como objetivo pulverizar esse raciocínio para as futuras gerações.