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Conceito de família e as mudanças que a contemporaneidade tem trazido sobre as relações familiares

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Por:   •  24/10/2014  •  Artigo  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  451 Visualizações

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Conceito de família e as mudanças que a contemporaneidade tem trazido sobre as relações familiares.

Segundo SARTI (1999, p. 100), “A família [...] é o lugar onde se aprende a falar e, por meio da linguagem, a ordenar e dar sentido às experiências vividas”. É através dela que se começa a ver e a significar o mundo. Sendo um processo que se inicia ao nascer do indivíduo prolongando-se por toda vida, conforme o lugar ocupado na família.

A família hoje é resultado de um processo histórico referente às inúmeras e marcantes transformações ocorridas nos séculos passados e muito são os aspectos reveladores dessas formas familiares.

O aumento da expectativa de vida tem se repercutido na vida familiar, proporcionando maior convívio entre as gerações, sendo essa convivência não desprovida de tensões. Até as gerações mais velhas, na pessoa dos avós e bisavós, por haver um crescimento de netos e bisnetos, integram-se no sistema de apoio e proteção nas famílias.

Ao decorrer da história a família tem passado por várias alterações. Dentre elas podemos citar a entrada da mulher no mercado do trabalho e como chefe de família, o controle de natalidade, o aumento de divórcio e recasamento.

Este breve e introdutório percurso não só sinaliza para as mudanças do ponto de vista sociocultural que penetram o cerne da vida familiar, mas também aponta para a diversificação de modos de viver em família, não havendo uma única configuração familiar (SZYMANSKI, 2004, LE GALL e MARTIN, 1996; SARTI, 2003).

No entanto, as condições sociais onde são inseridas as famílias, marcam suas histórias e suas trajetórias. Assim sendo, ao longo desse trajeto, quem experimenta as inúmeras rupturas, são as famílias paupérrimas, com corte nas trajetórias educacionais, empregos instáveis, trabalhos precários, alterações de moradias, rompimentos relacionais, dentre outros. Isso gera a saída temporária ou definida de seus membros mais jovens tornando os papéis feminino e masculino vulneráveis, realimentando o ciclo perverso de rompimentos.

Se por um lado, as famílias buscam centralizar-se na vida das pessoas, por outro lado, as desigualdades que marcam a sociedade acabam por excluir parte dos membros da convivência com suas famílias.

A importância da família elencada no texto Matricialidade Sociofamiliar.

Segundo a Política Nacional de Assistência Social (2004), “A família, independente de seu formato, é a mediadora das relações entre os sujeitos e a coletividade, e geradora de modalidades comunitárias de vida”. A sexualidade, a procriação e a convivência são as três dimensões clássicas de sua definição.

O reconhecimento da importância da família está fundamentado no artigo 226, da Constituição Federal do Brasil, declarando que a: “família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”, no artigo 16, da Declaração de Direitos Humanos, traduzindo a família como sendo o núcleo natural e fundamental da sociedade, e com direito à proteção da sociedade e do Estado, e se reafirma em nosso país nas legislações específicas da Assistência Social – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Estatuto do Idoso e na própria Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, entre outras.

Embora haja esse reconhecimento legalizado muito se tem discutido sobre essa proteção do Estado, na medida em que dar-se sinais de processos de penalização e desproteção das famílias brasileiras. Baseado nisso a matricialidade sociofamiliar adquire papel de destaque enfatizando que a centralidade da família e a superação da focalização, conforme a política de Assistência Social, está no pressuposto de que a família previna, proteja , promova e inclua seus membros. Ela precisa que essa política lhe garanta condições de sustentabilidade, tendo como referências as suas necessidades básicas. Como afirma SIMÕES (2007), “A proteção social tem caráter preventivo, buscando a inclusão social, com o objetivo de assegurar e propiciar-lhe a autonomia de convivência”.

A ação do assistente social no atendimento às demandas da família na sociedade contemporânea.

A família após ser conceituada, configurou-se também o seu papel de apoio e proteção a seus membros.

São funções básicas da família: prover a proteção e a socialização de seus membros; constituir-se como referências morais, de vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal,

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