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Contabil

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Por:   •  2/6/2013  •  4.624 Palavras (19 Páginas)  •  717 Visualizações

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Lombarda, impulsionada pela obra de Francesco Villa (La contabilitá applicata alle amministrazioni private e pubbliche). O interesse principal da Escola voltou-se à administração das entidades, ou seja, seu controle, segregando da contabilidade, cifras e números e, atribuindo a ideia da qual o contador deveria não só dominar as técnicas necessárias de escrituração, mas profundo conhecimento de gestão.

2.3 Escola Personalista

Em 1867, baseada na teoria iniciada por Francesco Marchi e idealizada por Giuseppe Cerboni (SCHMIDT, 2006), de que as contas deveriam ser abertas em nome de pessoas específicas, sendo físicas ou jurídicas, surge a Escola Personalista. Foi à consolidação teórico-científica da personificação das contas eminentes aos mesmos passos do Método das Partidas Dobradas. Cerboni defendia a opinião de que a entidade era constituída pelo proprietário (atualmente o sócio), os correspondentes (fornecedores, clientes, ou seja, os que possuem vínculo comercial com a empresa) e os agentes consignatários (colaboradores responsáveis pela gerência administrativo-financeira) e que essas relações gerariam vínculos jurídicos dentre as pessoas. Foi também o precursor da contabilidade como um ramo científico, não só limitada aos registros.

2.4 Escola Matemática

Após uma extensa fase de aprimoramentos contábeis, desde sua existência até seu contínuo crescimento, surge, através de um dos pensadores da Escola Personalista, Giovanni Rossi, uma nova Escola de Pensamento Contábil não tão relevante no contexto histórico. Talvez, devido ao fato da Escola Matemática ter contrariado todos os demais pensamentos criados ao decorrer dos séculos, defendendo a idéia central a qual a Contabilidade seria apenas uma ciência aplicada e não social, essa Escola não contribuiu tanto ao desenvolvimento contábil. Segundo os teóricos matemáticos, o balanço não representava a situação patrimonial da entidade, apenas um conjunto de valores utilizados como ferramenta auxiliar de conhecimento. Uma definição improcedente e bastante criticada, caracterizando a contabilidade apenas como uma forma de registro secundária e técnica. Ficamos sabendo, então, que os outros pensadores da Escola Personalista ficaram contrariados com Giovanni Rossi, por isso não foi com a gente até essa escola.

2.5 Escola Controlista

Destacando o controle, mas opondo-se à teoria personalista do final do século XIX na Itália, Fábio Besta, mais especificamente através de sua obra La ragioneria, idealiza a Escola Controlista, em 1880. Com a visão focada no usuário interno, Besta segregou a administração em geral e econômica, tomando por base que a primeira voltava-se para a ação de administrar. Já a econômica destacava o patrimônio da entidade e sua utilização na geração de riquezas, através de três formas: gestão, direção e controle. A esse período vincula-se também a divisão da contabilidade em termos de conhecimento, na forma de Contabilidade Geral, aplicada a todos os segmentos, e Contabilidade Aplicada, ou seja, específica a diferentes tipos de atividades econômicas. Sua contrariedade à Cerboni vincula-se ao fato de que o patrimônio representa a soma econômica de valores positivos (ativo) e negativos (passivos), e não só de obrigações e direitos. Nota-se no controlismo o aparecimento do ano civil como período do exercício administrativo e a preocupação à continuidade da gestão. Coincidência ou não, o valor destacado prega justamente um dos Princípios Fundamentais da Contabilidade no Brasil (Princípio da Continuidade).

2.6 Escola Norte-americana

Objetivando padronizar e qualificar a contabilidade, surge, em 1887, a Escola norteamericana. A principal contribuição da Escola Norteamericana foi justamente a separação da Contabilidade em Gerencial, a qual atendia aos seus usuários internos, e Financeira, cujas informações eram voltadas aos interesses externos. Segundo Kaplan e Johnson apud Schmidt (2006), a contabilidade gerencial foi idealizada quando as organizações comerciais, nos Estados Unidos, não dependiam mais dos mercados externos para transações econômicas diretas, foi quando isso passou a ser feito internamente. Historicamente, a teoria apresentada pelos autores destacava a Escola norteamericana como a precursora do surgimento da Contabilidade Gerencial, muito antes do Reino Unido. Tais teorias foram comprovadamente negadas, demonstrando que a verdadeira origem desenvolveu-se no próprio período da Idade Média.

Para saber mais: Na primeira fase (1887 a 1905), a AAPA: criação de certificados da profissão, criando o College of Accounts e, posteriormente, autorizado pelo Estado de New York, através do New York Institute of Accounts (NYIA), o qual passou a emitir tal certificado. A segunda fase (1905 a 1916): junção da AAPA a uma associação nacional e a todas estaduais que adotaram o teste CPA para obtenção da certificação, tornando-a federalizada. O surgimento de vários outros segmentos, como o AAA e NACA também destacam este período. A terceira fase (1916 a 1936), a SEC, para suprir a falta de confiabilidade das informações. A quarta fase (1936 a 1959) destinou-se à criação de boletins informativos quanto aos procedimentos contábeis (Accounting Research Bulletins, Statements on Auditing Procedure, Accounting Terminology Bulletins). A partir de 1959, na quinta fase, a AAPA passou a denominar-se AICPA.

É inegável que a contribuição ao desenvolvimento da Contabilidade Gerencial pelos norteamericanos foi imprescindível. A qualificação das informações internas às tomadas de decisões foram um dos fatores sustentados e trabalhados nesse período. Quanto ao progresso financeiro da contabilidade, destaca-se também o aperfeiçoamento dos relatórios e da prática contábil através das várias associações citadas.

Mediante tantos fatores de desenvolvimento analisados, não resta dúvidas, em relação ao destaque, da Escola norteamericana no cenário histórico como a principal base organizacional da contabilidade mundial. A origem europeia da contabilidade como ciência sofre relevantes modificações no período norteamericano, fruto da necessidade de aperfeiçoamento das informações emitidas, atendendo ao crescimento econômico preponderantes nesse sentido.

2.7 Escola Neocontista

No final do século XIX, surge a Escola Neocontista, que defendia a valorização das contas, ao contrário do personalismo. Jean Dumarchey iniciou a doutrina neocontista com o conceito de que “uma conta pode ser definida como toda classe de unidades de valor” (SCHMIDT, 2006, p.118), relacionando as unidades de valor com a Contabilidade. Evidencia-se

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