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Cuidados Específicos no Trabalho com o Idoso

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Por:   •  10/10/2013  •  Trabalho acadêmico  •  6.244 Palavras (25 Páginas)  •  720 Visualizações

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INTRODUÇAO

O envelhecimento da população no mundo de hoje não tem paralelo na história. O aumento percentual no número de pessoas idosas, com 60 anos ou mais, é acompanhado pela queda no número de jovens com menos de 15 anos. Até 2050, o número de idosos no planeta excederá o de jovens, pela primeira vez na história da humanidade. Em 1950, as pessoas idosas representavam 8% da população; em 2000, representavam 10% e, segundo as projecções, até 2050, deverão corresponder a 21%. Hoje, a idade mediana do mundo é de 26 anos. Prevê-se que, até 2050, a idade mediana aumente para 36 anos. Envelhecer é um problema? Claro que não! É uma das maiores conquistas da humanidade no século XX.

Portanto, levando em consideração que a prestação de serviços por empregados domésticos passou a ser mais onerosa com a EC 73 e tendo em vista custos e benefícios, o objetivo desse trabalho é analisar a viabilidade da implantação dos serviços por instituições de longa permanecia, que garanta à população integrante uma melhor qualidade de vida e a manutenção de sua funcionalidade. Tendo em vista a variabilidade do conceito de qualidade de vida e sua subjetividade, com o propósito de se orientar as políticas para um envelhecimento bem-sucedido, parece imprescindível conhecer o que, para a maioria dos idosos, está relacionado ao bem-estar, à felicidade, à realização pessoal, enfim, à qualidade de vida nessa faixa etária. A procura por instituições asilar tem aumentado, mas o Brasil precisa estar preparado para esse aumento de demanda.

“(...) trata-se de um momento favorável, dada a estrutura etária conformada pelo declínio rápido e sistemático da fecundidade, sem que tenha havido tempo ainda para que a população já fosse envelhecida. Este metabolismo demográfico leva a uma razão de dependência declinante até os 20 anos do próximo século, quando, então, esta passará a crescer pelo efeito do peso relativo da população idosa.” (Berquó, 1995)

A diminuição da capacidade funcional dos diversos órgãos e tecida é a principal característica do envelhecimento e acarreta um risco aumentado de doenças, na sua maioria crônico-degenerativa, que estão se tornando cada vez mais prevalentes em nosso país. São afecções que não têm diagnóstico de resolutividade rápida e absorvem grandes quantidades de recursos materiais e de profissionais especializados. A promoção e a atenção à saúde do idoso englobam medidas preventivas, restauradoras e reabilitativas, visando preservar, manter, restaurar ou desenvolver função, quer seja por distúrbios motores, sensoriais, cognitivos, psíquicos, sociais ou por variáveis múltiplas associadas, com o intuito de proporcionar qualidade de vida (FEDRIGO, 2007).

A transferência do próprio lar para uma instituição de longa permanência é sempre um grande desafio para os idosos, pois se deparam com uma transformação muitas vezes radical do seu estilo de vida, sendo desviado de todo seu projeto existencial. Contudo, não devemos esquecer que, muitas vezes, essa instituição de longa permanência cumpre papel de abrigo para o idoso excluído da sociedade e da família, abandonado e sem um lar fixo, podendo se tornar o único ponto de referência para uma vida e um envelhecimento dignos (FREIRE JR., 2005).

1. Cuidados Específicos no Trabalho com o Idoso

1.1 Estruturas Física Adequada ao Atendimento do Paciente Idoso

A área física destinada ao atendimento de idosos deve ser planejada levando em conta que uma parcela significativa dos usuários apresenta ou pode vir a apresentar dificuldades de locomoção e maior vulnerabilidade a acidentes, o que justifica a criação de um ambiente adequado. Assim sendo, são necessárias instalações adaptadas para tal atendimento.

De acordo com a legislação, o imóvel destinado à prestação de serviços a idosos deve possuir, no mínimo, dois acessos independentes, sendo um deles para idosos e outro para os serviços. Sendo que, para permitir o livre fluxo de cadeiras de rodas, no acesso ao prédio e em todos os espaços, tanto externos e quanto internos - onde exista mudança de nível entre dois ambientes - devem ser instaladas rampas, com inclinação máxima de 5%, largura mínima de 1,50m, dotadas de guarda-corpo, corrimão e piso revestido com material antiderrapante, em todos os locais.

Devendo funcionar, preferencialmente, em construções horizontais, os corredores principais das instituições devem ter largura mínima de 1,50m, equipados com corrimão em ambos os lados, instalados a 0,80m do piso e distantes 0,05 da parede.

O revestimento do piso nas áreas de circulação, banheiro, refeitórios e cozinha deve ser, preferencialmente, monocromático, de material de fácil limpeza e antiderrapante.

Não é permitida a criação de qualquer forma de obstáculos à circulação nos corredores e a disposição do mobiliário - bancos, vasos e outros móveis ou equipamentos decorativos - deve possibilitar fácil circulação e minimizar o risco de acidentes e incêndio.

Quando dotadas de mais de um plano, precisam dispor de equipamentos adequados como rampa ou elevador para a circulação vertical. Caso contrário, pessoas não imobilizadas no leito e com problemas locomotores ou psíquicos devem ser atendidas no pavimento térreo.

Escadas

As escadas devem ser em lances retos, largura mínima de 1,20m, dotadas de corrimão em ambos os lados, não devendo existir vão livre entre o piso e o corrimão. E tenham portas de abrir com molas de travas leves, que as mantenham em posição fechada. Os espelhos do primeiro e último degrau devem ser pintados de amarelo e equipados com iluminação de vigília permanente.

Portas

As portas externas e internas devem ter vão de luz de 0,80m, no mínimo, dobradiças externas e soleiras com bordas arredondas. Os trilhos das portas de correr, embutidos na soleira e no piso, permitem a passagem de nível, especialmente para cadeira de rodas. As portas dos sanitários, instaladas de forma a deixar vãos livres de 0,20m na parte inferior, não devem abrir para fora nem possuir trancas ou chaves. As maçanetas das portas não podem ser do tipo arredondado ou de qualquer outro que dificulte a abertura das mesmas.

Dormitório

A área mínima para um dormitório é de 6,5m2 quando equipado com apenas 1 leito, e de 5m2 para cada leito quando se tem até 4 leitos, sendo este o número máximo recomendável

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