Desigualdade Social
Ensaios: Desigualdade Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lianesouza • 28/5/2014 • 1.158 Palavras (5 Páginas) • 222 Visualizações
ESCOLA SUPERIOR DE CIËNCIAS DA SAUDE – ESA
FUNDAMENTOS DE CIËNCIA SOCIAIS
DENTES DA DESIGUALDADE: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A REALIDADE BRASILEIRA
Trabalho apresentado na disciplina Fundamentos de Ciências Sociais
MANAUS – 2014
Dentes da desigualdade: algumas considerações sobre a realidade brasileira
Uma parcela importante da população brasileira não tem acesso às ações e serviços odontológicos. Isso demonstrar que as dores de dente e a Perda Dentária estão presentes de forma marcante em nosso cotidiano. Entretanto por ser um país bastante complexo, onde diferenças econômicas, sociais, culturais e demográficas concorrem positivamente para a desigualdade em saúde de sua população. As desigualdades sociais implicam em desigualdades nos padrões de doenças e também no padrão de utilização dos serviços, com prejuízo as populações de maior risco social. As razões de sua importância estão em sua alta prevalência, demanda publica elevada aos serviços, impacto sobre a vida dos indivíduos e sociedade em termos de dor, desconforto, limitação, deficiência social e funcional, interferindo sobre a qualidade de vida.
Hoje apesar de todos dos avanços, gerados por políticas publicas nos últimos anos, como a inclusão da equipe de saúde bucal na Estratégia de saúde da família, implantação dos centros de especialidades odontológicas, o “Brasil Sorridente” que é um programa que tem o objetivo de ampliar o atendimento odontológico e melhorar as condições de saúde bucal da população brasileira, ainda são necessários esforços para que seja efetivada uma política ampla capaz de reduzir desigualdades sociais no acesso.
A Dor de dente é um sintoma presente nas classes sociais menos favorecidas, devido a diversos fatores sociais, dentre eles, a jornada de trabalho. Esta, entre as classes operárias, não permite que o empregado se ausente do serviço para cuidar da saúde bucal, mas apenas quando existe a dor, principalmente quando compromete o desempenho do trabalhador. A má distribuição da renda, o desemprego, os elevados índices de analfabetismo, falta de educação, à residência em áreas carentes de condições de saneamento e urbanização adequadas. Essa dor é mostrada como dificuldade enfrentada pelas populações de baixa renda, que não encontram nos serviços de saúde pública meios adequados para o cuidado à saúde bucal.
Pessoas pobres, com baixa escolaridade e baixa renda carregam marcas dentárias como dentes cariados, prótese desgastada, têm doenças mais extensas e utilizam mais os serviços para alívio da dor, visitam o dentista menos vezes que as cujas famílias têm maior renda. Essas vão regularmente à procura do atendimento para prevenção. Existem pessoas que nunca foram em uma consulta odontológica, muitas delas são residentes de áreas rurais, ha uma ausência de serviço odontológico permanente nas comunidades ribeirinhas que são aquelas que vivem nas margens do rio ou várzea; alto custo do deslocamento do ribeirinho à sede do município é um fator pelo qual eles não procuram atendimento e tratamento odontológico voltado para o controle da dor, basicamente se resumindo à extração dentária. Muitas vezes essas não possuem uma escova ou creme dental não só os ribeirinhos mais a população brasileira em geral. O acesso ao Posto de Saúde do município mais próximo é bombardeado com a demanda; a espera para atendimento faz muitos desistirem. O acesso precário dos ribeirinhos aos serviços de saúde bucal aponta para a necessidade de implantação de medidas amplas de promoção de saúde, aliada a maior oferta de serviços, esse acesso de saúde bucal ainda é restrito. Existem desigualdades regionais marcantes, com as regiões Norte e Nordeste em pior situação se comparadas às demais regiões do país. Além disso, desigualdades socioeconômicas se refletem na utilização de serviços de saúde bucal. É Interessante ressaltar que, na visão dos ribeirinhos, a prevenção e orientações de higiene são importantes, mas vistas como necessidades dos jovens.
As populações das regiões Norte e Nordeste não se apresentam apenas como mais acometidas pelas cáries, mas são também aquelas que mais sofrem por atendimento odontológico e dificuldade de acesso
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