Documento De Araxa

Universidade Estadual de Roraima

Coordenação de Ciências Sociais Aplicadas

Curso de Bacharelado em Serviço Social

SERVIÇO SOCIAL E QUESTÃO SOCIAL

DANIELLE SILVANA MELO DE MAGALHAES.

DIANA DE CARVALHO SILVA.

ÉTICA PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL.

Boa Vista

2012

DANIELLE SILVANA MELO DE MAGALHAES

DIANA DE CARVALHO SILVA

A analise desenvolvida como requisito para a obtenção da N1 referente à disciplina de Etica Proficional em serviço social, do curso Bacharelado em Serviço Social da Universidade Estadual de Roraima- UERR, orientado pela Prof.MsC. Leila Costa.

Boa Vista

2012

Barroco vem esclarecer o significado e a importância do estudo do trabalho, do ser social e a ética, abordando assim o significado ontológico do trabalho partindo da organização da sociedade em esferas.

Assim a autora se utiliza de Marx para fazer uma reflexão sobre a questão da ética utilizando o trabalho e toda sua historicidade, e parti do principio de que o pressuposto da existência humana seja o trabalho. “Para Marx, o trabalho é o fundamento ontológico social é ele que permite o desenvolvimento de mediações e que instituem a diferencialidade do ser social...” (pag.26). Conforme teoria de Marx o trabalho é o inicio de tudo é a parti dele que o individuo se humaniza, se redefine, passa a ter relações sociais estabelecidas e possui um domínio de si mesmo. Suas capacidades essenciais são postas em movimento através de suas atividades vitais e não são dadas e sim conquistadas através de um logo processo histórico de autoconstrução. Assim a sociabilidade, consciência e a liberdade são condições ineliminavel do trabalho na reprodução do ser social e dá a ele um caráter universal e sócio histórico.

Com o desenvolvimento da sociedade, o individuo cria formas de satisfação que implica em sua transformação social e de seu mundo natural, como por exemplo, a fome, torna-se social a parti das formas em que são criadas para satisfazê-las, assim os sentidos, habilidade e potencialidade desperta certa racionalidade no individuo, que passa a conhecer sua realidade de forma a compreender sua existência como produto de sua práxis.

Com a instituição do conhecimento a moral é estabelecida e cuja origem é dada a parti da capacidade que o individuo tem de criar valores, que lhe serviram de conduta e comportamento perante a sociedade, valores esses que são institucionalizados como normas e deveres sociais e que segundo Barroco “O valor é inerente às atividades humanas, sua criação é objetiva, também gerada a parti do trabalho...” (pag.29). É através dele que o individuo transforma a natureza e desenvolve formas apropriadas para sua intervenção e dominação, cria-se formas de interação buscando finalidades coletivas, sua vida social se constitui através da práxis objetivada pelo trabalho.

Barroco assim expõe que a vida cotidiana é insuprimível, através dela o individuo se socializa, cria-se necessidades praticas, assimila hábitos, costumes, normas e comportamento, ao adquirir tais mediações vinculam-se a sociedade passando a serem integrantes de classes, nações e outros. Iniciando, portanto um processo de socialização. Sua capacidade ética social parte de um pressuposto de que a parti do desenvolvimento da sociabilidade origina-se a moral, que é estabelecida para determinar normas e deveres perante a sociedade e a convivência social. Barroco defende que o processo de socialização dos indivíduos é quem reproduz formas de hábitos, valores e princípios éticos, possibilitando ao individuo assumir um senso moral. Sendo o mesmo uma maneira de julgar se o individuo estar socializado ou não, se estão aptos a ser responsabilizados por seus comportamentos socialmente. Portanto a moral tem um papel fundamental na vida do individuo, é através dela que se estabelecer a mediação entre ele e a sociedade, julgando ou admirando-o. Sendo ela considerada um fundamento ontológico.

A vida cotidiana do individuo é considerada um campo de reprodução da alienação, por ser através dela que o mesmo cria e reproduz uma repetição acrítica dos valores, como o preconceito e o modo de comportamento, o que lhe proporciona estabelecer uma moral alienada. O preconceito é movido por atitudes de fé, que é apresentado através de um comportamento preconceituoso baseando em sentimentos de amor e ódio. Barroco expõe que o preconceito é uma forma de reprodução do conformismo que impede aos indivíduos sociais assumirem atitudes criticas. Tal preconceito ocorre em várias esferas da atividade social e em varias dimensões da vida social, podendo se transformar em moralismo. “O moralismo é uma forma de alienação, pois implica na negação da moral como forma de objetivação da consciência critica”. (pag.48).

A reflexão ética é construída a parti de um contexto histórico que tem como objeto a moral, de caráter ontológico social materialista e que busca através da razão dialética compreender a totalidade sócio histórica do individuo, as categorias ético morais em suas particularidades. E parte do principio de que a parti do trabalho quer o individuo cria valores humanos genéricos quer contribui para a ampliação de sua capacidade ética moral perante a sociedade.

A dimensão ética política dos projetos sócios históricos se estabelece para orientar a objetivação de valores que faz parte da práxis, essas objetivações são realizadas a parti de projetos individuais, coletivos e societários. Assim os projetos societários, por exemplo, estabelecem mediações com as profissões na medida em que ambos têm estratégias definidas em relação ao atendimento de necessidades sociais, com direções éticas e políticas determinadas.

Ao analisar a profissão de serviço social em sua origem, apresentam em seu contexto determinações