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ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS, FILOSÓFICOS E SÓCIO-CULTURAIS DO HOMEM

Trabalho Escolar: ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS, FILOSÓFICOS E SÓCIO-CULTURAIS DO HOMEM. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/3/2014  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  491 Visualizações

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ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS, FILOSÓFICOS E SÓCIO-CULTURAIS DO HOMEM 2

Aula 4

A cultura interfere no plano biológico — Existem idéias que se contrapõem ao etnocentrismo. Uma das mais importantes é a da relativização. Quando vemos que as verdades da vida são menos uma questão de essência das coisas e mais uma questão de posição, estamos relativizando. Quando compreendemos o “outro” nos seus próprios valores e não nos nossos, estamos relativizando. Enfim, relativizar é ver as coisas do mundo como uma relação capaz de ter tido um nascimento, capaz de ter um fim ou uma transformação. Ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado. Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores ou inferiores ou em bem ou mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferente.

A reação oposta ao etnocentrismo é a apatia. Em lugar da superestima dos valores de sua própria sociedade, numa situação de crise, os membros de uma cultura abandonam a crença em seus valores e perdem a motivação que os mantêm unidos e vivos. No Brasil colonial, os africanos removidos à força de seu continente perdiam a motivação de continuar vivos. Muitos foram os suicídios, enquanto outros se deixaram morrer pelo mal que foi denominado banzo, que pode ser traduzido por saudade da terra-mãe. O banzo é uma forma de morte lenta decorrente da apatia.

Foi também a apatia que dizimou parte da população dos índios Kaingang, em São Paulo, quando tiveram seu território invadido pelos construtores da estrada de ferro. Ao perceberem que seus recursos tecnológicos e mesmo que os seus seres sobrenaturais eram impotentes diante da ameaça da sociedade branca, esses índios perderam a crença em sua sociedade. Muitos abandonaram a tribo e outros simplesmente esperaram pela morte que não tardou.

A sensação de fome depende dos horários de alimentação que são estabelecidos diferentemente em cada cultura. A cultura também é capaz de provocar curas de doença, reais ou imaginárias. Estas curas ocorrem quando existe a fé do doente na eficácia do remédio ou no poder da oração.

A participação do indivíduo em sua cultura é sempre limitada. Existem limitações para mulheres que só agora vêm sendo superadas, como a participação em partidos políticos e na vida social. Além disso, uma criança não esta apta para exercer certas atividades, da mesma forma que um idoso já não é capaz de realizar algumas tarefas. Por que um assassino com exatamente 18 anos pode ir a julgamento e outro, com um dia a menos de vida, recebe um tratamento diferenciado?

As sociedades isoladas, como as indígenas, têm um ritmo de mudança menos acelerado do que o de uma sociedade complexa, atingida por sucessivas inovações tecnológicas. Esse ritmo decorre do fato de esse tipo de sociedade estar satisfeito com muitas de suas respostas ao meio e que são resolvidas por suas soluções tradicionais. Mas isso não significa que essas sociedades não sofrem mudanças em seus hábitos. Há dois tipos de mudança cultural: uma que é interna, resultante da dinâmica do próprio sistema cultural, e uma segunda que é o resultado do contato de um sistema cultural como um outro. Um índio é capaz de constatar de imediato que um machado de aço feito pelo homem branco é muito mais eficaz que o seu machado de pedra.

O segundo caso pode ser muito mais rápido e brusco. No caso dos índios, representou uma catástrofe. É difícil imaginar um sistema cultural que não seja afetado por mudanças externas, a não ser que haja um povo totalmente isolado, o que hoje é impossível. Surge, então, o conceito de aculturação, utilizado pela antropologia alemã desde o começo do século. Basta ver fotos em que índios aparecerem

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