EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Artigo: EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DanRaj • 20/3/2015 • 9.679 Palavras (39 Páginas) • 324 Visualizações
ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA.
FACULDADE ANHANGUERA DE PASSO FUNDO
Daniel Ubirajara do Vale
RA: 8827387726
1º SEMESTRE – TURMA A – SALA 51
RESUMO DOS CAPÍTULOS 23 AO 29
DO PLT TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA
DE
CLÁUDIO DE CICCO E ALVARO DE AZEVEDO
PROFESSORA: PAULA TIMM
CIÊNCIA POLÍTICA
EVOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DO PENSAMENTO POLÍTICO
Conceito de Política e Ciência Política:
Podemos definir a ciência como sendo “um conjunto organizado de conhecimentos, que se desenvolve no domínio de concreto e experimental, baseando na observação da realidade”. Os elementos históricos que a humanidade denota mostra que o termo “ciência política” surgiu com o pensamento de Nicolau Maquiavel, mas também a de se considerar que o pensamento político teve seus precursores que serão comentados nos próximos capítulos. Chamamos de ciência política o estudo do Governo do Estado no aspecto teórico ou doutrinário, buscando analisar a realidade social e histórica, bem como seu funcionamento.
Distinção e aproximação da Ciência, da Filosofia e da Política:
A filosofia pode ser vista, sob alguns aspectos, muito ligada à política, possibilitando, aliás, o surgimento do termo filosofia política.
Mas cabe uma dúvida: qual a diferença entre filosofia política e ciência política? Em apertadas sínteses, podemos dizer que a ciência política se vale de análises que partem do real, e, de maneira ordenada, visa a propor técnicas de governo, ao passo que a filosofia política visa a determinar um estado perfeito, algo idealizado, muito provavelmente que não existe ou que nunca foi verificado pela humanidade, mas que serve como paradigma para julgar qualquer forma de governo concreta.
Objetivo:
O objetivo da ciência política é fornecer uma visão clara do que seja um bom governo, que promova o bem comum. Mesmo que a análise da história tenhamos um mau governo retratado, é a ciência política que apresentará críticas e modelos que devam ser seguidos a fim de buscar o já citado bem comum.
Método:
É vedado pela ética e pelo direito, utilizara determinado grupo de pessoas como verdadeiras cobaias para teorias políticas. Então, como fazer para não agir às cegas com a ciência política?
Dedicar-se tanto espaço à história das ideias políticas, em função das realidades vividas, método seguro para afastar todo abstracionismo. Raciocinado por analogia, podemos prever com certa segurança o que decorrerá hoje da aplicação de determinada teoria ou prática política que produziu tais ou quais efeitos no passado, feitas as devidas adaptações, ou seja, um método histórico-comparativo.
Noções fundamentais- Homem, Sociedade e Estado:
O Estado, que tem por finalidade exatamente fornecer a todas as outras sociedades as condições necessárias para atingirem sua finalidade própria. É o princípio de subsidiariedade do Estado, que consiste em conceber uma perspectiva do Estado não como fim em si mesmo, ou seja, o Estado voltado apenas ao bom funcionamento da estrutura administrativa, mas como um meio que propicie a vida em sociedade.
Valendo-se da história, é possível conhecer o quanto as diversas propostas de governo contemplaram o bem comum na sociedade política, ou apenas objetivaram a satisfação e a ambição econômica de governantes que abusaram do poder ou, por meios ímprobos, cometeram desvios de finalidades.
Por meio da historia verifica-se também que os maus governos acabam sendo derrubados por revoluções, quebras violentas da ordem jurídica e política, empreendidas por grupos organizados que contam em geral com a maioria insatisfeita.
Ocorre, entretanto, que a maioria das revoluções visando combater a tirania, são contidas por forças militares que visam neutralizar e aniquilar o intento revolucionário. Assim, por exemplo, a Revolução Francesa terminou por dar condições de existência ao governo militar de Napoleão Bonaparte.
Para não cair no círculo tirania-revolução-tirania, é preciso lutar por um governo democrático e impedir que ele degenere em demagogia, de acordo com a política de Aristóteles.
Ideologia:
O termo ideologia foi inicialmente criado por Destut de Tracy, que publicou em 1801 um livro chamado Eléments d’Iélogie, para o autor a ideologia é “o estudo das instituições políticas não de uma maneira absoluta, mas relativa ao tempo em que elas se formar e ao meio em que elas se estabelecem”.
Após alguns anos, Destut de Tracy e seu grupo de enciclopedistas entraram em conflito com Napoleão, ganhando o termo ideologia um sentido pejorativo. Napoleão utilizava o termo ideologia para demonstrar que os ideologistas franceses eram ultrapassados, sem nexo político ou contato com a realidade, que viviam num mundo especulativo.
Ideologia e Utopia:
Para Mannheim, ideologia é um conjunto de concepções, ideias, teorias, que se orientam para a estabilização, ou legitimação ou reprodução, da ordem estabelecida. As utopias são aquelas ideias, concepções, teorias que aspiram a uma outra realidade, ainda inexistente. As utopias têm uma função subversiva, crítica e até mesmo revolucionária. Diante desta proposta, nota-se que ideologia e utopia são duas formas de um mesmo fenômeno que se manifesta de duas maneiras distintas.
Produção social da ideologia:
Se dá em três momentos fundamentais, segundo a professora Marilena Chauí:
“a)se inicia como um conjunto sistemático de ideias de uma classe em ascensão cuidando para que os interesses deta legitime a representação de todos os interesses da sociedade por ela.
b) no segundo momento se espraia no senso comum, ou seja, passa a se popularizar, passa a ser um conjunto de ideias e conceitos aceitos por todos que são contrários à dominação existente.
c) uma vez assim sedimentada, a ideologia se mantém,
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