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Ecologia e poluição da água

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Por:   •  15/3/2014  •  Tese  •  2.608 Palavras (11 Páginas)  •  230 Visualizações

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Ecologia e a Poluição das águas

I- Considerações gerais

Água de boa qualidade é fundamental para a vida humana.

O aumento das concentrações urbanas decorrente do grande desenvolvimento industrial, teve como conseqüência a geração dos mais variados tipos de rejeitos sólidos, líquidos e gasosos. Estes rejeitos vem sendo produzidos em grandes escalas, com uma imensa diversidade de poluentes e concentrações.

Os efluentes líquidos, sejam de natureza doméstica, sejam industriais, são responsáveis por uma grande carga poluidora do planeta (mais de 50%). Portanto, merecem especial atenção por parte dos órgãos de Legislação Ambiental e de todas as comunidades.

O diagrama abaixo mostra como a água está distribuída no globo terrestre:

Como podemos observar apenas 0,6% da água do planeta é de água doce. O Brasil tem uma posição privilegiada, pois possui uma das maiores reservas de água doce do mundo, sendo que mais de 80% estão na Amazônia.

Para se ter uma idéia da gravidade dos problemas relacionados as águas, temos que segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS- quase 25% de todos os leitos hospitalares do mundo estão ocupados por enfermos portadores de doenças veiculadas pela água.

Com apenas estes dados podemos concluir que a área de Tecnologia Ambiental é uma das mais importantes no momento e no futuro, pois necessitamos de processos eficientes e de baixo custo para o tratamento de efluentes industriais e domésticos, para o tratamento de águas de abastecimento e para a implantação de sistemas de saneamento.

II- Introdução

O termo ECOLOGIA denomina a ciência que estuda a inter-relação dos seres vivos entre si e a inter-relação destes com o meio inerte que os envolve. Por meio inerte entende-se: o Ar, o Sol, a Água e o Solo.

O HOMEM deve viver de acordo com as leis da Ecologia, respeitando as demais espécies bem como impondo a si mesma uma estratégia racional de longo a médio prazo para a utilização dos recursos naturais do nosso planeta Terra.

No entanto o HOMEM tem gerado uma continuada deterioração do meio físico e biológico. Esta situação decorre essencialmente da extensiva exploração dos recursos naturais do planeta, pratica essa que, em muitos casos, tem levado ao inexorável esgotamento desses recursos bem como a extinção de milhares de espécies.

A causa desse comportamento predatório e altamente lesivo aos seus próprios interesses pode ser atribuída a uma explosão demográfica aliada ao acelerado desenvolvimento tecnológico que o tornou, hoje, melhor aparelhado para a sua sobrevivência.

Ano No de habitantes

1820 1x109

1930 2x109

1960 3x109

2000 6x109

III- Ecossistema

A BIOSFERA é definida como qualquer região do planeta em que existe vida (animal ou vegetal). Dentre os fatores que favorecem a existência da vida numa dada região da Biosfera podemos citar a água e a energia como principais.

A fonte de energia, da qual toda vida terrestre depende, é o SOL. A energia radiante do sol pode entrar no sistema vivo através da produção fotossintética da matéria orgânica.

Uma vez assimilada, essa energia é utilizada pelas células em conseqüência das reações químicas que têm lugar no meio aquoso do interior da célula. A água, que é fundamental para a geração e para a manutenção da vida, tem que estar disponível para os seres vivos no estado em que possam utilizar, ou seja, no estado líquido.

O ECOSSISTEMA compreende os seres vivos (ambiente biótico) e o meio em que vivem (ambiente abiótico), ambos indissociavelmente ligados e interagindo entre si.

Assim, em uma comunidade de uma determinada área, há um fluxo contínuo de energia ao longo de uma estrutura, dando origem a biodiversidade e as trocas de matéria dentro do sistema; esta unidade é denominada de ECOSSISTEMA.

IV- A cadeia alimentar

Do fitoplâncton a lontra e da garça ao pescador, os habitantes de um ecossistema, classificados como produtores e consumidores, consomem-se uns aos outros. Nas relações tróficas, uma cadeia alimentar corresponde a uma sucessão de transferências de energia, em virtude de que a energia solar, armazenada na forma de energia química, flui desde o produtor (nível trófico mais baixo) até o consumidor (nível trófico mais elevado).

Assim como o que é considerado alimento, agentes poluidores também entram neste sistema.

Enfocando, agora, um aspecto relacionado a poluição das águas. A tabela abaixo nos dá a concentração de DDT ( dicloro-difenil-tricloro-etano) nos diferentes níveis tróficos, que são os elos da cadeia alimentar.

Origem Concentração de DDT (ppm)

Águas do estuário 0,00005

Zooplâncton 0,005

Crustáceos 0,2

Insetos voadores 0,3

Andorinha do mar 3

Gaivota 75

Agora... Como o DDT foi parar nas águas do estuário?

Todos os rios deságuam no mar, esse constitui no depósito final de todas as águas servidas, as quais, de sua origem- chuvas provenientes das regiões de agricultura onde o DDT foi utilizado como defensivo agrícola - escoam para o corpo receptor mais próximo e, deste, sucessivamente até o corpo receptor final que é o estuário.

Esse aumento de concentração ao longo do nível trófico ou da cadeia alimentar se denomina de AMPLIFICAÇÂO BIOLÓGICA, que, como visto, pode chegar a um fator de 1,5x106. Isto portanto, se configura como um fenômeno que pode atingir graves proporções e se configurar com altamente danoso para a saúde pública quanto para a qualidade do Meio Ambiente.

No caso do DDT, por exemplo, no início da Segunda Guerra Mundial, foi apontado como uma solução para o controle de pragas, com isso aumentando a produção agrícola, além da redução da malária em várias regiões. Tanto assim, a própria OMS – Organização Mundial da Saúde –

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