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Economia Brasileira

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Por:   •  18/8/2014  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  363 Visualizações

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Quais os mecanismos de financiamento do déficit público que o Banco Central dispõe e quais as suas respectivas conseqüências?

Existem três tipos de mecanismos que o Banco Central dispõe o primeiro é quando o Banco Central vende títulos públicos ao público, por meio do open market. É quando o governo vende títulos públicos ao público, ocorrerá uma redução da base monetária, pois o público entregará moeda no Banco Central em troca de títulos públicos, esse recebimento de ativos monetários de plena liquidez o Banco Central financia o déficit público. Por que a variação da liquidez é nula, pois o que será recolhido com a venda de títulos, será ree-introduzido na economia com o financiamento do déficit, com isso podemos identificar dois impactos na economia, o primeiro será o aumento dos juros, e o segundo a redução progressiva do open market realizar seu papel que é o controle da liquidez. Para que os títulos sejam vendidos é necessário torná-los competitivos, atraentes, então são necessários indicar uma remuneração que corresponda as expectativas dos investidores. Quanto maior a necessidade do Banco Central em vender os títulos, mais alta será fixado à taxa de juros. O segundo, quando o Banco Central compra titulo do tesouro nacional, emitindo moeda. Quando a dívida pública é financiada pela compra de títulos do Tesouro Nacional pelo Banco Central, haverá uma emissão de moeda. Essa emissão de moeda é denominada de monetização, isto é, a transformação de um débito em crédito, por meia da pura e simples emissão de moeda. O impacto da economia é o imediato aumento da liquidez. Este pode gerar uma pressão inflacionária, caso o aumento de liquidez se transformar em aumento de consumo sem o correspondente aumento da produção. Portanto, essa forma de financiamento do déficit se transformará em inflação caso não haja um aumento da produção para responder um eventual aumento da demanda, gerado pelo aumento da liquidez. E a terceira é quando o Banco Central utiliza das reservas internacionais para financiar o déficit público. O financiamento do déficit público pelo exterior é possível por meio da função do Banco Central de guardião das reservas internacionais. Toda transação internacional, que envolva recursos monetários, além de impactar nas reservas internacionais, deve ser registradas no Banco Central. Quando um importador compra mercadorias no mercado internacional, ele compra com base em uma moeda internacional, por exemplo, o dólar. Embora o importador desembolse os recursos necessários em moeda local, o pagamento será em moeda forte. Cabe ao Banco Central realizar a conversão da moeda local em moeda forte, reduzindo os ativos em moeda forte do Banco Central. Quando o Banco Central realiza tal operação, haverá dois impactos na economia. O primeiro haverá uma redução da liquidez com o recolhimento de moeda ao Banco Central para que o importador quite seus compromissos. E o segundo impacto verificado será uma redução das reservas internacionais. Assim, podemos estabelecer uma relação entre a variação das reservas internacionais e a variação da base monetária. Essa variação dependerá da taxa de câmbio. Quando maior for à taxa de câmbio for maior será a variação da Base Monetária. O financiamento do déficit público por meio do exterior não alterará a liquidez, pois a redução de liquidez, proporcionada pela redução das reservas internacionais, será compensado pelo reingresso da liquidez na economia para financiar o déficit incorrido. Há um limite para esse tipo de financiamento que é dado pela pressão provocada pela redução das reservas internacionais. Á medida que as reservas internacionais são reduzidas, aumenta o potencial de vulnerabilidade do país frente ao mercado internacional, tornando o país mais vulnerável a crises provenientes do mercado externo.

2. Embora o depósito compulsório não seja um instrumento de política monetária de boa qualidade, ele tem tido um papel central no controle de liquidez da economia brasileira. Por quê?

Os depósitos compulsórios representam um recolhimento obrigatório de parte dos depósitos, do público, nos bancos comerciais junto ao Banco Central. Uma primeira conseqüência é que diminui a capacidade de criação de crédito dos bancos comerciais, ou seja, eles reduzem o nível de empréstimos para o público. O impacto na liquidez é tão grande, se não maior, que na venda de títulos públicos pelo Banco Central. O grande problema desse procedimento é que aumenta a vulnerabilidade dos bancos comerciais. depósito compulsório cria uma assimetria no mercado monetário, pois a redução de liquidez que o sistema bancário é submetido, não gera uma igual redução de liquidez por parte dos clientes que nele depositaram. Assim, os bancos reduzem seus ativos de plena liquidez sem redução das mesmas de seus respectivos clientes. Desta forma os bancos estarão mais suscetíveis a uma crise de liquidez, que poderá, até mesmo, gerar uma crise bancária. A crise bancária é extremamente temida, pois além de abalar a

credibilidade de todo o sistema de pagamentos na nossa economia, também pode

gerar um efeito dominó. Caso um banco se veja impedido de operar, também os

seus clientes perderão a capacidade de realizar suas transações, pois os créditos

disponíveis não serão aceitos no mercado. Desta forma os clientes desse banco

não poderão honrar os seus compromissos com os respectivos fornecedores, e

cria-se uma cadeia contínua que propagará

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