Economia Brasileira Contemporânea
Trabalho Escolar: Economia Brasileira Contemporânea. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dilzaamor • 24/11/2013 • 1.616 Palavras (7 Páginas) • 411 Visualizações
Economia Brasileira Contemporânea Prova do Grau A Prof. Fernando Maccari Lara
Responder QUATRO questões
1. De acordo com as contribuições de Celso Furtado (1959) em “Formação Econômica do Brasil” e de Maria da Conceição Tavares (1963) em “Auge e declínio do processo de substituição de importações no Brasil”, aponte as características essenciais do modelo primário-exportador e as circunstâncias que determinaram a transição para o modelo de industrialização por substituição de importações.
De 1914 a 1945 as economias latino-americanas foram sendo abaladas por crises sucessivas no comércio exterior decorrente de um total de 20 anos de guerras e/ou depressão. A crise prolongada dos trinta pode ser encarada como ponto critico de ruptura do funcionamento do modelo primário-exportador. A produção de café se encontrava a altos níveis, teria que seguir crescendo, pois os produtores haviam continuado a expandir as plantações. A produção maxima seria alcançada em 1933, ou seja no ponto mais baixo da depressão, como reflexo das grandes plantações de 1927-28.
Já sabemos que a economia brasileira havia desenvolvido uma série de mecanismos pelos quais a classe dirigente cafeeira lograra transferir para o conjunto da coletividade o peso da carga nas quedas cíclicas anteriores. O mecanismo classíco de defesa que se dava atravéz da taxa cambial, no entanto, não pode constituir um instrumento defesa efetivo da economia cafeeira .Pois se estabeleseu duas crises uma do lado da procura e outra do lado da oferta o que significa dizer que mesmo com a depreciação da moeda nacional houve uma uma baixa dos preços do café devido a elevado produção já comentada. A solução encontrada estava na destruição dos excendentes das colheitas, obtendo-se dessa forma o equilíbrio entre oferta e procura a nível mais elevado de preços. Esse mecanismo além de privilegiar e proteger os cafeeicultores também sustentou a renda interna, no entanto, reduziu violentamente a capacidade para importar. O reajuste ex post se produziu mediante um acréscimo substancial dos preços relativos das importações, do que resultou um estímulo consideravél à produção interna substitutiva.
Da-se inicio ao "processo de substituição das importações" que pode ser entendido como um processo de desevolvimento "parcial" e "fechado" que, respondendo ao estrangulamento do setor externo, através dos quais a economia vai se tornnando menos dependente do exterior. As restrições internas (baixa exportação e cambio alto) fazem com que os produtos importados se concentrem , deixa-se de importar bens finais para importar insumos de modo que diversifique a estrutura produtiva interna.
Dada a situação exposta a importância do planejamento esta amenizar as restrições futuras.
2. De acordo com Celso Lafer (1970) em “O planejamento no Brasil: observações sobre o Plano de Metas” dois conceitos foram fundamentais na elaboração do referido plano: “pontos de estrangulamento” e “pontos de germinação”. Explique o significado desses dois conceitos e sua relação, se houver, com o modelo de industrialização por substituição de importações.
O conceito de ponto de estrangulamento, isto é,a percepção de que existiam certas áreas de demanda insatisfeitas que estrangulavam a economia justificou basicamente o planejamento dos setores de energia, transportes e alimentação.
O conceito de germinação era basicamento o oposto do conceito de estrangulamento, pois partia do pressuposto de que a oferta de infraestrutura provocaria atividades produtivas. Justificou investimentos no setor de transportes (rodovias) pois as ligações do país com brasília, assim se supunha, provocaria a integração e o desenvolvimento.
3. Em sua exposição sobre o período do Plano de Metas, Celso Lafer (1970) observa que “de fato, o período Kubitschek esgotou, aparentemente, o modelo de substituição de importações” (p. 49). De acordo com a interpretação de Tavares (1964), que características do modelo de substituição de importações estariam levando a um processo de esgotamento ao início da década de 1960?
O esgotamento do modelo de substituição de importações ocorre quando os bens de consumo simples já foram todos substituidos e agora imorta substituir a importação de bens que ou utilizam uma tecnologia excessivamente complexa ou possuem economias de escala muito elevadas, exigindo um tamananho mínimo de fábrica muito grande, que os mercados nacionais não comportam. Além disso, o modelo de substituição de importações esgota-se quando já não é mais economicamente viável reduzir o coeficiente de importações.
4. De acordo com André Lara-Resende (1990) em “Estabilização e reforma: 1964-1967” o PAEG tinha por objetivos, simultaneamente, acelerar o ritmo do desenvolvimento econômico e conter o processo inflacionário. Nestas condições, o PAEG pode ser considerado um plano de estabilização ortodoxo? Qual o elemento fundamental na sua estratégia de controle da inflação?
O PAEG não foi um programa perfeitamente ortodoxo. Suas intenções demonstram demasiada preocupação com a manutenção das taxas de crecimento e, portanto, alguma tolerância com a inflação, que deve ser combatida através de estratégia gradualista. Seu diagnóstico aponta para a incompatibilidade entre as parcelas reivindicadas pelo governo, pelas empresas para investimento e pelos trabalhadores para consumo, como causa da inflação. A expansão monetária, segundo o PAEG, apenas sanciona a inflação decorrente de tal "inconsitência da política distributiva". O reconhecimento de que existem pressões reais na economia que são inflacionárias e que podem ser resolvidas pela contenção violenta da taxa de expansão dos meios de pagamento fica explicito na política creditíciaria do PAEG, que a pretende "suficientemente controlada para impedir os excessos da inflação de procura, mas suficientemente realista para adptar-se à inflação de custos".
Os pilares do PAEG e da política desinflacionária dos primeiros governos pós-1964 foram, sem dúvida, a política salarial e as reformas institucionais. Para contornar as ineficiências e as restrições percebidas como exigentes no mercado de trabalho, o programa desinflacionário do PAEG substituiu a negociação dos salários pela fórmula oficial de reajuste. A aplicação dessa fórmula reduziu o sálario mínimo a cada ano. Desta forma, usando o poder, sobre a sociedade em geral e os sindicatos em particular, foi possível fazer diretamente aquilo que a ortodoxia pretende conseguir através da recessão
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