Economia E Meio Ambiente
Artigos Científicos: Economia E Meio Ambiente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: disneialves • 11/11/2013 • 2.414 Palavras (10 Páginas) • 369 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Desde meados do século XX, nossas principais conquistas, em relação ao bem-estar humano resultaram sobretudo de termos aperfeiçoado maneiras de extrair da natureza tudo o que ela pode nos oferecer. Assim, devido ao crescente uso e conseqüente degradação do ambiente natural, busca-se hoje, uma consciência cada vez maior de que nossa dependência pelo meio ambiente poderia levar novos esforços para reverter o declínio dos recursos naturais. Não obstante a isso, a economia – uma das áreas relacionadas ao meio ambiente – surge com a necessidade de dar a sua contribuição para a melhoria da qualidade do meio ambiente e, principalmente, com o objetivo de proporcionar ao homem condições físicas, biológicas, sociais e psicológicas para desenvolver-se neste frágil sistema que nos sustenta.
A vida humana é o bem que, acima de todos os demais, deve ser garantido e protegido em todas as partes do planeta. Nada é mais caro que a manutenção deste bem. No entanto, não é apenas a sobrevivência que deve ser protegida, mas a vida digna na qual se configuram as condições saudáveis de existência do ser humano. Entre as características que definem um padrão de vida adequado está aquela que estabelece como sendo primordial o acesso à alimentação. É sabido, no entanto, que a alimentação adequada não deve ser entendida como sendo uma simples provisão das calorias definidas como necessárias à sobrevivência, mas como os gêneros que permitem uma vida saudável e ativa. Além disto, os alimentos devem ser adaptados culturalmente e inspecionados por órgãos responsáveis nos períodos de distribuição.
No passado remoto, a alimentação era um ato natural, ou seja, o homem trabalhava algumas horas para conseguir os alimentos necessários a si. A evolução trouxe a divisão do trabalho e a troca entre os produtores, o que começou a transformar este ato natural. Esse aspecto se aprofundou com o capitalismo, através da mercantilização, com ele não basta só trabalhar para comer. O trabalho significa salário e este é transformado em produtos no mercado, onde os preços, qualidade e quantidade de mercadorias disponíveis sofrem processos complexos de determinação. Para a grande maioria da população do planeta, o ato da alimentação depende de complexos mecanismos de decisão dos produtores capitalistas, do papel de intervenção do Estado, dos subsídios à agricultura, do grau de concentração de terra e do capital investido na indústria alimentar, entre outros.
2 A ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE
O conceito de Economia pode ser entendido como a Ciência que se dedica ao estudo das relações entre indivíduos que se agrupam em sociedades e que mantêm entre si relações econômicas de diversas espécies. Temos, por exemplo, os bens humanos (pessoas enquanto entes físicos e providos de inteligência) que produzem bens traduzidos em forma de dinheiro (que permite a relação de troca entre os indivíduos, também chamada de “capital”) e os bens naturais, como por exemplo: terra, água, ar, etc.
O Crescimento Econômico e o meio Ambiente No inicio do ano corrente, IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), um painel formado pelos mais respeitados especialistas em clima, conclamados pela ONU chocou o mundo ao declarar que não há mais duvidas: nosso planeta está esquentando, sendo a ação humana, a grande responsável. Os cientistas adiantaram uma listra de catástrofe como conseqüências deste aquecimento. Os relatórios anteriores ao IPCC diziam que a ação humana era causa provável para o aquecimento, deixando margens para incertezas. Enquanto isso, a temperatura da terra subia e nada foi feito. Em 1905, quando a atividade industrial não influenciava tanto no meio ambiente, a temperatura média da terra era 13,78 graus Celsius, agora está em torno de 14,50 graus. Um estudo da Universidade Virginia, sugere que o homem iniciou a emissão de gases poluentes há oito milênios, dado o desmatamento e à irrigação de áreas cultiváveis. A poluição está diretamente relacionada com os processos de industrialização e o crescimento econômico caracterizado pela intensa exploração dos recursos naturais. O efeito estufa é causado pela emissão de gases proveniente de combustíveis fósseis e derivado do petróleo. A maior economia do mundo (EUA), é a grande vilã do aquecimento, emite sozinha ¼ de toda emissões globais de gases. Teme-se que com o crescimento econômico acelerado, a China (2º maior poluidor) e a Índia piorem ainda mais a situação. Com tecnologias ecologicamente “incorretas”, Índia e China estão virando potências econômicas. Até 2020 a china deve ser a campeã em emissão de gases, uma vez que a economia do país tem como maior fonte de energia o carvão. No ano de 1997, várias nações se reuniram em Kyoto no Japão, para debater o aquecimento global, foi elaborado um protocolo onde se propõe um calendário pelo quais os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em pelo menos 5,2% , em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012. A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas como: § reformar os setores de energia e transportes; § promover o uso de fontes energéticas renováveis; § eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção; § limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos; § proteger florestas e outros sumidouros de carbono. O Protocolo de Kyoto foi adiado por vários anos, diante do recuo dos EUA, o maior poluidor mundial, que se negou a assinar o protocolo alegando, que a economia americana sofreria danos consideráveis. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, após a adesão da Rússia, outro grande poluidor.
3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
As mudanças climáticas levam a sociedade, os políticos e os economistas a repensarem seus conceitos. No ano de 1987 na Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ONU criou o desenvolvimento sustentável, que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.
Até o último quarto de século XX, o
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