Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva
Por: paulojoserv • 26/6/2017 • Resenha • 935 Palavras (4 Páginas) • 1.587 Visualizações
WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva, tradução de Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa; Editora Universidade de Brasília: São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1999, p. 187-196.
Em “A Sociologia da dominação”, presente no Capítulo IX do livro Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva, Weber traz a dominação sem ligá-la a um caso concreto, mas como parte inerente e relevante da ação humana social. Essa dominação, pode não ser reconhecida em primeira instância, mas a sua existência materializada em diferentes formas, tem influência em todas as áreas da ação social. A dominação e a forma como é exercida faz nascer uma relação, que pode moldar a ação social e traçar um objetivo.
O Poder e a Dominação podem ser tidos como sinônimos, mas sua ligação traz a tona, as diferenças existentes ente si. O poder poder ser considerada como a forma de induzir e influenciar na tomada de decisão de uma pessoa, podendo significar ainda, estratégia de coerção e manipçulação. Ao passo que a dominação é um direito que se tem de se fazer ser obedecido, de exercer influência sob alguma pessoa ou grupo, podendo valer-se de tradições, valores, costumes, características e qualidades inerentes de determinada pessoa, afeto, regras ou demais características que são estabelecidas como referencial e seguidas pelo corpo comunitário.
O autor traz que nem toda posição de poder econômico manifesta-se como dominação. O poder econômico é uma consequência que pode ser planejada e usada para conservar a dominação. A dominação ocorre de inúmeras formas de interesse, e é a possibilidade de impor ao comportamento de terceiro a vontade própria. Como exemplo, é demonstrado que há dois tipos de dominação em virtude de interesses e em virtude de autoridade. A primeira dominação diz respeito a situação de monopólio no mercado, de se fazer valer dos bens de propriedade que possui e as açõçes são voçltadas para o interesse dos dominados, como o banco central e os grandes bancos de crédito, enquanto a segunda traz referência ao mando e ao dever de obediência, como o chefe de família, o príncipe, sem quaisquer outros motivos ou interesse.
O autor prossegue questionando que não só as relações que envolve a propriedade, o mercado, mas as relações sociais, de trocas da vida social também geram dominação, pois não são exclusivamente inerentes aos mercados ou aos mercados privados. Assim, observa-se que a dominação é preceito marcante e sempre foi presente na sociedade, e essa relação existe enquanto há uma vontade manifestada dos dominadores que influenciam nas ações de indivíduos (dominados) prontos para obedecer a ordens e determinações, socialmente transformada em feitos próprios.
A dominação no aspecto vinculado a administração, pois toda dominação manifesta-se e funciona como administração. Toda administração precisa da dominação para dirigi-la, e determinados poderes de mando estão nas mãos de alguém. Esses poderes de mando podem ter a aparência modesta, com o significado de o dominador ser considerado um servidor dos dominados. Essa denominação parte da ideia de qualificar igualitariamente a todos, em que todos estão inseridos em assuntos comuns, e suavizar a perspectiva do “mando”.
Assim, as funções administrativas são assumidas em sistema de turno, sorteio e eleições, em curto período de tempo, sendo reservadas aos membros da associação, mas certos poderes de mando podem ser conferidos a determinados funcionários, sendo assim, uma ação limitadas que torna a existência instável da administração democrática. Esse tipo de administração pode ser praticado em associações limitadas localmente ou em relação ao número de participantes, pressupõe tarefas simples.
Apoderar de funções administrativas prever algumas diferenciações, no âmbito econômico, há quem realize trabalhos, sendo capacitado, mas esse trabalho é realizado em comprometer-se, ao passo daqueles que estão oberigados a exercer uma profissão, com sacrifício de tempo que significa a oportunidade de ganho através do trabalho. Assim, não é a questão de tempo apenas, mas a questão da renda adquirida por meio do aumento da intensidade do trabalho.
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