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Emile Durkheim

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Por:   •  23/6/2014  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  149 Visualizações

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EMILE DURKHEIM

Durkheim assistiu e participou de acontecimentos marcantes e que podemos notar diretamente em sua obra, pelas conseqüências diretas da derrota francesa e das dívidas humilhantes da guerra, e por uma série de medidas de ordem política.

Vivenciou em momento de crises econômicas, onde provocaram conflitos entre as classes trabalhadoras e os proprietários dos meios de produção, influenciando assim, sua afirmação de que os problemas da sociedade européia eram “morais” e não econômicos, acontecendo freqüentemente devido à fragilidade da época.

Desenvolveu um método próprio para seus estudos, incluindo o suicídio, devido ao enorme índice constatado por ele. Acreditava também, que os seus estudos pudessem ajudar a sociedade futuramente.

Seu posicionamento frente às mudanças é defender a tese de que a Sociologia é “uma ciência essencialmente francesa”, dado seu nascimento com Augusto Comte. E que a atividade intelectual sociológica de seus discípulos foi superada pelas preocupações políticas. E a Sociologia imobilizou-se durante toda uma geração na França. Mas prosseguira, enquanto isso, seu caminho na Inglaterra, A França pós-napoleônica e viveu um período marcante que só se interromperia momentaneamente com a Revolução de 1848. Podemos notar a preocupação de Durkheim quando pensava e/ou dizia:

“... É tempo de entrar mais diretamente em relação com os fatos, de adquirir com seu contato o sentimento de sua diversidade e sua especificidade, a fim de diversificar os próprios problemas, de determinar e aplicar-lhes um método que seja imediatamente apropriado à natureza especial das coisas coletivas...”

Durkheim deixa bem claro em sua obra o quanto acredita que essas instituições são valorosas e parte em sua defesa, o que o deixou com uma certa reputação de conservador, que durante muitos anos causou antipatia a sua obra. Mas Durkheim não pode ser meramente tachado de conservador, sua defesa das instituições se baseia num ponto fundamental, o ser humano necessita se sentir seguro, protegido e respaldado. Uma sociedade sem regras claras, sem valores, sem limites leva o ser humano ao desespero. Preocupado com esse desespero, Durkheim se dedicou ao estudo da criminalidade, do suicídio e da religião. O homem que inovou construindo uma nova ciência inovava novamente se preocupando com fatores psicológicos, antes da existência da Psicologia.

A sociologia, entretanto, permaneceu embrionária durante um longo período, percebendo Durkheim, de que a sociedade era basicamente um produto da ação humana, fruto, pois da arte e da reflexão das pessoas. Havia um certo consenso em relação a este pressuposto racionalista em que o coletivo seria uma construção deliberada de um grupo. A sociedade deveria ser vista e estudada como um fato natural, e, portanto deveria ser regida pelas mesmas leis da natureza, apenas foi encontrar eco. Fora da sociedade o homem não existe, ele se torna egoísta. Acentua um reaquecimento dos ideais coletivos para garantir coesão social.

Ele parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste. A este processo de aprendizagem, Durkheim chamou de “Socialização”, a consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar. E esse “tudo” ele chamou de “Fatos Sociais”, e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.

Durkheim acreditava que as sociedades têm prioridade lógica sobre os indivíduos, porque se a solidariedade mecânica precede a solidariedade orgânica, não se pode explicar a diferenciação social a partir dos indivíduos, pois a consciência de individualidade não pode existir antes da solidariedade orgânica e da divisão do trabalho social. Acreditando em duas formas de solidariedade social podem ser constatadas: a

Solidariedade mecânica típica das sociedades pré-capitalistas, onde os indivíduos se identificam através da família, da religião, da tradição, dos costumes. É uma sociedade que tem coerência porque os indivíduos ainda não se diferenciam. Reconhecem os mesmos valores, os mesmos sentimentos, os mesmos objetos sagrados, porque pertencem a uma coletividade. E a solidariedade orgânica, característica das Sociedades

Capitalistas, onde, através da divisão do trabalho social, os indivíduos tornam-se interdependentes, garantindo, assim, a união social, mas não pelos costumes, tradições etc. Os indivíduos não se assemelham, são diferentes e necessários, como os órgãos de um ser vivo. Assim, continuava dando efeito na divisão do trabalho não um aumento da produtividade, mas a solidariedade que continuaria a gerar entre os homens.Durkheim deixa claro que, o importante para ele é que o indivíduo realmente se sinta parte de um todo, que realmente precise da sociedade de forma orgânica interiorizada e não meramente mecânica.

Daí que os fenômenos individuais devem ser explicados a partir da coletividade, e não a coletividade pelos fenômenos individuais. Onde a divisão do trabalho ser um fenômeno social que só pode ser explicado por outro fenômeno social, como a combinação do volume, densidade material e moral de uma sociedade, sendo que o único grupo social que pode proporcionar a integração dos indivíduos na coletividade é a corporação profissional.

Durkheim propõe, com sua sociologia formular uma teoria do fato social, demonstrando que pode haver uma ciência sociológica objetiva e científica, como nas ciências físico-matemáticas. Para que haja tal ciência são necessárias duas coisas: um objeto específico que se distinga dos objetos das outras ciências e um objeto que possa ser observado e explicado, como se faz nas ciências.

Podemos dizer que o método sociológico de Durkheim apresenta algumas idéias centrais, que percorrem toda a extensão de sua visão sociológica. São elas:

Contraposição ao conhecimento filosófico

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