Emile Durkheim
Artigos Científicos: Emile Durkheim. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: taidias • 14/9/2013 • 1.953 Palavras (8 Páginas) • 988 Visualizações
Émile Durkheim
Émile Durkheim nasceu na cidade de Épinal (região de Lorena, França) no dia 15 de abril de 1858. Faleceu em Paris, capital francesa, em 15 de novembro de 1917. É considerado, junto com Max Weber, um dos fundadores da sociologia moderna.
Viveu numa família muito religiosa, pois seu pai era um rabino. Porém, não seguiu o caminho da família, optando por uma vida secular. Desde jovem, foi um opositor da educação religiosa e defendia o método científico como forma de desenvolvimento do conhecimento. Em boa parte dos seus trabalhos, procurou demonstrar que os fenômenos religiosos tinham origem em acontecimentos sociais.
Aos 21 anos de idade, Durkheim foi estudar na Escola Normal Superior e passou a dedicar-se ao mundo intelectual. Formou-se em Filosofia, no ano de 1882. Cinco anos após sua formatura, foi trabalhar na Universidade de Burdeos neste período, começaram seus estudos sobre sociologia.
Principais aspectos da teoria sociológica de Durkheim:
• Existem fenômenos sociais que devem ser analisados e demonstrados com técnicas especificamente sociais;
• •A sociedade era algo que estava fora e dentro do homem ao mesmo tempo, graças ao que se adotava de valores e princípios morais;
• •As pessoas se educam influenciadas pelos valores da sociedade onde vivem;
• •A sociedade está estruturada em pilares, que se manifestam através de expressões (conceito de estrutura);
• •Divisão do trabalho social: numa sociedade cada indivíduo deve exercer uma função específica, seguindo direitos e deveres, em busca da solidariedade social. Desta forma, pode-se chegar ao progresso e avanço para todos.
Principais obras:
-A divisão do trabalho social (1893)
-As regras do método sociológico (1895)
-O suicídio (1897)
-A educação moral (1902)
-Lições de Sociologia (1912)
Fato Social
Fato social é toda “coisa” capaz de exercer algum tipo de coerção sobre o indivíduo, sendo esta “coisa” independente e exterior ao indivíduo e estabelecida em toda a sociedade. Características do fato social:
• Coercitividade – característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los.
• Exterioridade – relaciona-se ao fato de esses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo e independentes de sua consciência.
• Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade.
Podemos classificar como fatos sociais as regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc., enfim, todo um conjunto de “coisas”, exteriores ao indivíduo e aplicáveis a toda a sociedade, que são capazes de condicionar ou até determinar suas ações; sendo esta “coisa” dotada de existência própria, ou seja, independente de manifestações individuais.
Exemplo: podemos citar o alto índice de suicídios no Japão, não são apenas fatos individuais e particulares que levam esses indivíduos ao suicídio, mas toda a cultura e a formação social daquele país; se considerássemos outra cultura e outros padrões sociais, talvez esses indivíduos, com as mesmas frustrações particulares, não optassem pelo suicídio. Este fenômeno pode ser considerado não apenas um fato social, mas também, um fato psicológico.
Método sociológico
Para ser considerada uma ciência, a sociologia precisa em primeiro lugar determinar o seu objeto de estudo e, depois aplicar um reconhecimento científico, longe do senso comum, de forma a aproximá-la das outras ciências a fim de que seja reconhecida como tal. Podemos dizer que o método sociológico de Durkheim apresenta algumas ideias centrais, que percorrem toda a extensão de sua visão sociológica. São elas:
• Contraposição ao conhecimento filosófico da sociedade: A filosofia possui um método dedutivo de conhecimento, que parte da tentativa de explicar a sociedade a partir do conhecimento da natureza humana. Ou seja, para os filósofos o conhecimento da sociedade pode ser feito a partir de dentro, do conhecimento da natureza do indivíduo. Como a sociedade é formada pelos indivíduos, a filosofia tem a prática de explicar a sociedade (e os fatos sociais) como uma expressão comum destes indivíduos. De outro lado, se existe uma natureza individual que se expressa coletivamente na organização social.
• Os fenômenos sociais são exteriores aos indivíduos: a sociedade não seria simplesmente a realização da natureza humana, mas, ao contrário, aquilo que é considerado natureza humana é, na verdade, produto da própria sociedade. Os fenômenos sociais são considerados por Durkheim como exteriores aos indivíduos, e devem ser conhecidos não por meio psicológico, pela busca das razões internas aos indivíduos, mas sim externamente a ele na própria sociedade e na interação dos fatos sociais.
• Os fatos sociais são uma realidade objetiva: ou seja, para Durkheim, os fatos sociais possuem uma realidade objetiva e, portanto, são passíveis de observação externa. Devem desta forma, ser tratados como "coisas".
• O grupo (e a consciência do grupo) exerce pressão (coerção) sobre o indivíduo: Durkheim inverte a visão filosófica de que a sociedade é a realização de consciências individuais. Para ele, as consciências individuais são formadas pela sociedade por meio da coerção. A formação do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas, princípios morais, religiosos, éticos, de comportamento, etc. que balizam a conduta do indivíduo na sociedade. Portanto, o homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela.
Exemplo: os métodos sociológicos são instrumentos de trabalho de um sociólogo no campo de trabalho, de certa forma ajudam os sociólogos diagnosticar os fatos sociológicos existentes nas diversas sociedades, como por exemplo, o método comparativo que acaba com o etnocentrismo existente.
Instituições sociais
Segundo um dos fundadores da sociologia moderna, Emile Durkheim, as
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