Enfoque Positivista
Monografias: Enfoque Positivista. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aluno2365 • 18/3/2014 • 1.255 Palavras (6 Páginas) • 275 Visualizações
O MÉTODO POSITIVISTA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS: O VIÉS NA HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO
José Adersino Alves de Moura (UFPI/UESPI).
GT 11 História, Memória e Educação
Resumo
O objetivo deste artigo é refletir sobre a aplicação do método positivista nas ciências socais, em particular em história da educação. O texto, escrito a partir de investigação de caráter
bibliográfico e análise qualitativa de conteúdo, revela algumas implicações da aplicação do
método positivista em história da educação, na contemporaneidade, ao mesmo tempo em que
discute o processo histórico educativo, como um instrumento importante de melhoria do
futuro da escola; que deve está sempre aberto às revisões no relacionando com a cultura, para
compreender melhor os opostos e possibilitar a participação dos excluídos, através da adoção
de novos significados, na investigação dos fatos históricos da educação.
PalavrasChaves: Positivismo. História da Educação. Ciências Sociais.
Introdução
A história é o processo de investigação de uma realidade passada para a
compreensão do presente e possibilidade interferência no futuro com responsabilidade. Ela
precisa ser organizada, inclusiva e tratar os fatos, a serem disponibilizados para a posteridade, numa dimensão epistemológica, cuja tendência metodológica permita ao historiador
investigar todos os vestígios deixados pela ação do homem no passado, e, a partir daí, construir uma análise coerente e fiel que atenda aos objetivos de todos os atores sociais envolvidos no processo histórico.
A metodologia, nesse processo, por conseguinte, vai desempenhar um papel
mediador entre a história, entendida no seu duplo sentido de fatos passados e o estudo desses
fatos, junto às teorias do conhecimento que devem ser coerentes com a cultura socializada. Assim, o método de abordagem usado pelo historiador vai traduzir a sua visão de mundo.
Neste texto faremos uma breve reflexão sobre o método positivista e analisaremos porque, não obstante sua importância para o desenvolvimento da ciência moderna, deve sofrer
algumas restrições na análise do processo histórico na educação. Nosso posicionamento tem
como base o estudo de vários textos, artigos, ensaios e de outras fontes, discutidas, durante as aulas da disciplina Fundamentos Históricos da Educação, no Programa de Mestrado em
Educação da Universidade Federal do Piauí. O conteúdo desse material foi analisado de
acordo com a orientação de Bardin (1979 apud RICRARDSON, 1999, p. 223) “[...] visando
obter, através de procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores [...] que permitam inferir conhecimentos” e assim ensaiássemos algumas respostas para os seguintes questionamentos: o que foi a doutrina positivista? Qual a
sua concepção de história e de história da educação? Essa concepção é benéfica para a
educação na atualidade?
O objetivo é suscitar uma discussão reflexiva em torno do emprego do método
positivista nas ciências sociais, principalmente em história da educação, pois entendemos que2
a concepção do trabalho do historiador em educação, na contemporaneidade, deve contemplar
todos os atores do processo educativo interativamente e mostrar as contradições; as diferenças; a falta de consciência social e, acima de tudo, incentivar o combate à visão linear na análise dos fatos históricos, aspectos não contemplados pelo método positivista.
O Método positivista
O positivismo foi a corrente do pensamento que dominou a Europa no século XIX e
se espalhou por todos os continentes, tendo como seu principal teórico Augusto Comte. Entre
1830 e 1842 Comte publicou a obra Curso de Filosofia positiva, fazendo um resumo da
história das ciências físicas e biológicas e concluiu que o pensamento humano passara por três estágios: o teológico, o metafísico e o positivo ou científico.
Rompendo com os estados teológicos e metafísicos do pensamento, Comte
constrói sua própria idéia de ciência, introduzindo a concepção de que o conhecimento só
pode ser válido se provado pelo método científico. Essa nova proposição de ciência é uma
reorganização do pensamento humano na dimensão espiritual, social e política. Costa (1953), observa que a disposição da filosofia positivista se refere, ao mesmo tempo, a uma disposição
interior do espírito; a um método de pesquisa científica e a certa concepção da própria síntese
filosófica. “O conteúdo da experiência e a determinação das leis que a regem, constituem o
domínio de pesquisa da filosofia positiva, para a qual somente
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