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Enfoque Positivista

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Por:   •  18/3/2014  •  1.255 Palavras (6 Páginas)  •  282 Visualizações

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O MÉTODO POSITIVISTA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS: O VIÉS NA HISTÓRIA DA 

EDUCAÇÃO 

José Adersino Alves de Moura (UFPI/UESPI). 

GT 11 ­ História, Memória e Educação 

Resumo 

O objetivo deste artigo é refletir sobre a aplicação do método positivista nas ciências socais,  em  particular  em  história  da  educação.  O  texto,  escrito  a  partir  de  investigação  de  caráter 

bibliográfico e análise qualitativa de conteúdo, revela  algumas  implicações da  aplicação do 

método positivista em história da educação, na contemporaneidade, ao mesmo tempo em que 

discute  o  processo  histórico  educativo,  como  um  instrumento  importante  de  melhoria  do 

futuro da escola; que deve está sempre aberto às revisões no relacionando com a cultura, para 

compreender melhor os opostos e possibilitar a participação dos excluídos, através da adoção 

de novos significados, na investigação dos fatos históricos da educação. 

Palavras­Chaves: Positivismo. História da Educação. Ciências Sociais. 

Introdução

A  história  é  o  processo  de  investigação  de  uma  realidade  passada  para  a 

compreensão  do  presente  e  possibilidade  interferência  no  futuro  com responsabilidade. Ela 

precisa ser organizada, inclusiva e tratar os fatos, a serem disponibilizados para a posteridade,  numa  dimensão  epistemológica,  cuja  tendência  metodológica  permita  ao  historiador 

investigar  todos  os  vestígios  deixados  pela  ação  do  homem  no  passado,  e,  a  partir  daí,  construir  uma  análise  coerente  e  fiel  que  atenda  aos  objetivos  de  todos  os  atores  sociais  envolvidos no processo histórico. 

A  metodologia,  nesse  processo,  por  conseguinte,  vai  desempenhar  um  papel 

mediador entre a história, entendida no seu duplo sentido de fatos passados e o estudo desses 

fatos, junto às teorias do conhecimento que devem ser  coerentes com a cultura socializada.  Assim, o método de abordagem usado pelo historiador vai traduzir a sua visão de mundo. 

Neste texto faremos uma  breve reflexão sobre o método positivista e analisaremos  porque, não obstante sua importância para o desenvolvimento da ciência moderna, deve sofrer 

algumas restrições na análise do processo histórico na educação. Nosso posicionamento tem 

como base o estudo de vários textos, artigos, ensaios e de outras fontes, discutidas, durante as  aulas  da  disciplina  Fundamentos  Históricos  da  Educação,  no  Programa  de  Mestrado  em 

Educação  da  Universidade  Federal  do  Piauí.  O  conteúdo  desse  material  foi  analisado  de 

acordo com a orientação de Bardin (1979 apud RICRARDSON, 1999, p. 223) “[...] visando 

obter,  através  de  procedimentos  sistemáticos  e  objetivos  de  descrição  do  conteúdo  das  mensagens,  indicadores  [...]  que  permitam  inferir  conhecimentos”  e  assim  ensaiássemos  algumas respostas para os seguintes questionamentos: o que foi a doutrina positivista? Qual a 

sua  concepção  de  história  e  de  história  da  educação?  Essa  concepção  é  benéfica  para  a 

educação na atualidade? 

O  objetivo  é  suscitar  uma  discussão  reflexiva  em  torno  do  emprego  do  método 

positivista nas ciências sociais, principalmente em história da educação, pois entendemos que2 

a concepção do trabalho do historiador em educação, na contemporaneidade, deve contemplar 

todos  os  atores  do  processo  educativo  interativamente  e  mostrar  as  contradições;  as  diferenças; a falta de consciência social e, acima de tudo, incentivar o combate à visão linear  na análise dos fatos históricos, aspectos não contemplados pelo método positivista. 

O Método positivista 

O positivismo foi a corrente do pensamento que dominou a Europa no século XIX e 

se espalhou por todos os continentes, tendo como seu principal teórico Augusto Comte. Entre 

1830  e  1842  Comte  publicou  a  obra  Curso  de  Filosofia  positiva,  fazendo  um  resumo  da 

história das ciências físicas e biológicas e concluiu que o pensamento humano passara por três  estágios: o teológico, o metafísico e o positivo ou científico. 

Rompendo  com  os  estados  teológicos  e  metafísicos  do  pensamento,  Comte 

constrói sua  própria  idéia  de  ciência,  introduzindo  a  concepção  de  que  o  conhecimento só 

pode ser válido se provado pelo método  científico. Essa  nova  proposição  de  ciência  é  uma 

reorganização do pensamento humano na dimensão espiritual, social e política. Costa (1953),  observa que a disposição da filosofia positivista se refere, ao mesmo tempo, a uma disposição 

interior do espírito; a um método de pesquisa científica e a certa concepção da própria síntese 

filosófica. “O conteúdo da experiência e a determinação das leis que a regem, constituem o 

domínio  de  pesquisa  da filosofia  positiva,  para  a  qual somente 

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