Entre Histórias e Heranças: Investigando a Luta dos Negros no Brasil, a África e sua Influência na Cultura Brasileira.
Por: Gabriel Costa • 17/8/2023 • Resenha • 1.970 Palavras (8 Páginas) • 96 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL
Aluno: Gabriel
Matrícula:
Entre histórias e heranças: Investigando a luta dos negros no Brasil, a África e sua influência na cultura brasileira.
Cidade - UF
2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................3
METODOLOGIA..................................................................................................4
A INFLUÊNCIA DA ÁFRICA NA CULTURA BRASILEIRA.............................................5
A LUTA DOS NEGROS NO BRASIL...................................................................................6
A EUGENIA DO POVO NEGRO...........................................................................................7
CONSIDERAÇÕES FINAL..................................................................................8
REFERÊNCIAS...................................................................................................9
RESUMO
A introdução dos africanos no Brasil foi marcada por um evento traumático, já que inúmeras pessoas foram submetidas à escravidão. O foco do Brasil em escravizar os africanos e seus descendentes foi prolongado, ofuscando a promessa de “liberdade”. À luz desse contexto, essa pesquisa tem como foco contemplar as lutas de indivíduos negros contra a eugenia no Brasil, em busca da liberdade e da educação. O estudo emprega uma abordagem qualitativa, buscando compreender eventos históricos, por meio de pesquisa bibliográfica. Os dados revelam que, apesar da obrigação legal de educar sobre a história e a cultura africana e afro-brasileira na educação básica, movimentos voltados para a proteção dos direitos dos indivíduos negros ainda são necessários.
Palavras-chave: Brasil Negro, Educação Racial, Afrodescendência, Movimento Negro no Brasil, Eugenia.
INTRODUÇÃO
Discutir a história do Brasil é mergulhar na rica diversidade da África, seus povos e culturas. A construção de grande parte da cultura brasileira é atribuída aos povos africanos que chegaram ao país como indivíduos escravizados. Infelizmente, seus corpos e culturas foram submetidos a violações pelos colonizadores que desejavam manter o poder. No entanto, desse sofrimento surgiu um movimento que lutou pela liberdade e justiça social, que vem ocorrendo desde então. Este artigo tem como objetivo explorar as lutas dos africanos e seus descendentes no Brasil que têm lutado pela liberdade e por melhores oportunidades de educação. Além disso, examinará o movimento preconceituoso pós-abolição que visava branquear a população negra para supostos propósitos de melhoramento genético.
Em 1888, o Brasil promulgou a Lei Áurea, Lei nº 3.353 (BRASIL, 1888), que aboliu formalmente o sistema de escravidão que havia violado a população negra por mais de trezentos anos, tornando-se o último país ocidental a fazê-lo. No entanto, é importante observar que o país passou mais tempo vivendo com a escravidão do que sem ela, e essa realidade ainda é evidente na sociedade e nas instituições educacionais brasileiras. Embora a Lei nº 10.639 (BRASIL, 2003) tenha representado uma conquista significativa para os movimentos negros, ela não marcou o fim da luta pela educação, valorização cultural e cidadania.
É fundamental entender por que o sistema escravizador dos negros persistiu por tanto tempo no Brasil. Uma observação é que era um sistema lucrativo para os europeus brancos, e certas forças enfatizaram que certos povos estavam destinados à sujeição. O sistema escravista apresentou várias justificativas para sua manutenção, com base na supervalorização das culturas, conhecimentos e práticas dos colonizadores, bem como em teorias supostamente científicas que reforçavam o preconceito baseado na origem, cor da pele e local de pertencimento. Também vale a pena notar o papel desempenhado pela Igreja Católica, que apoiou e contribuiu para o estabelecimento desse sistema ao pregar que era a vontade de Deus (FAUSTO, 2007).
METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa utilizada para este estudo foi uma abordagem qualitativa, pois permite um exame mais abrangente do processo, em vez de focar apenas nos resultados obtidos (BODGAN; BIKLEN, 1994). Esse tipo de investigação facilita a coleta de informações sobre tópicos já explorados ou não e permite uma análise inovadora do material por meio do olhar perspicaz do pesquisador, à medida que ele se esforça para desvendar o problema de pesquisa e fazer descobertas relevantes no campo da educação. Com base nos trabalhos de Marconi e Lakatos, essa categoria de pesquisa busca realizar uma análise mais profunda de investigações, hábitos, atitudes, tendências comportamentais, entre outros. Os dados coletados são tratados como qualitativos e estão repletos de significados que podem ser compreendidos por meio da busca de dados e da análise sistemática.
Na seleção dos meios de coleta de dados para esta pesquisa qualitativa, optou-se pela pesquisa bibliográfica, pois o exame dos materiais existentes é essencial em estudos envolvendo fatos históricos. A coleta de fontes de pesquisa é, portanto, direcionada pelos fatos sociais investigados. Esse tipo de material possibilitou a coleta de informações sobre o objetivo deste estudo, tornando a pesquisa bibliográfica apropriada desde as etapas iniciais de estruturação da pesquisa até sua conclusão.
A coleta de dados para esta pesquisa foi realizada entre julho de 2023 e agosto de 2032 e as informações obtidas foram analisadas por meio da Análise de Conteúdo. Por meio da análise do tópico, foi possível identificar no texto um exame das atitudes psicológicas (qualidades, aptidões) que são incentivadas ou desencorajadas, que os leitores devem adaptar ou eliminar para atingir seus objetivos. Como resultado, foram obtidas duas grandes categorias de reflexão, denominadas: A Luta dos Negros no Brasil e A Influência da África na Cultura Brasileira e por conseguinte, A Eugenia do Povo Negro Brasileiro.
A LUTA DOS NEGROS NO BRASIL
A história do Brasil é marcada por uma longa e complexa jornada de luta e resistência por parte da população negra, que foi trazida ao país durante séculos de escravidão. Desde os primórdios da colonização, os negros enfrentaram um sistema de opressão brutal, em que eram subjugados, explorados e desumanizados. Ainda assim, em meio a esse contexto adverso, emergiu uma resiliente luta por liberdade, direitos e igualdade.
Essa luta se manifestou de diversas formas ao longo dos anos. Um marco importante foi a Revolta dos Malês em 1835, na Bahia, liderada por negros muçulmanos que buscavam a liberdade religiosa e a abolição da escravidão. No final do século XIX, com a abolição da escravatura em 1888, os negros enfrentaram o desafio da integração em uma sociedade que ainda perpetuava estruturas de desigualdade (MUNANGA, 1999).
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