Estatística Aplicada Ao Serviço Social

ESTATÍSTICA

Hoje, a Estatística está presente em quase todas as atividades do homem e alcançou grande desenvolvimento a partir das máquinas de calcular e dos computadores, que agilizam o cálculo matemático. Por meio das análises feitas a partir de dados organizados, podemos em muitos casos, prever determinadas tendências, as quais nos auxiliarão na tomada de decisões, permitindo elaborar um planejamento mais adequado.

Na área do Serviço Social a Estatística tem dado uma contribuição efetiva no levantamento e no relato da situação social das diversas comunidades, particularmente as carentes. A relevância do trabalho estatístico e de fundamental importância para o planejando de ações que busquem o equilíbrio social. Enfim, a Estatística trata do conjunto de métodos utilizados para a obtenção de dados, sua organização em tabelas e gráficos e a análise desses dados.

ESTATÍSTICA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL

Gravidez na adolescência

1. TEMA: Gravidez na adolescência

2. OBJETIVO: Identificar a incidência de gravidez na adolescência em uma cidade serrana no estado Rio de Janeiro.

3. COLETA DE DADOS:

a. AMOSTRA: 12 profissionais de saúde do Hospital Nossa Senhora da Saúde e 19 adolescentes.

b. TIPO DE AMOSTRA: Enfermeiros, Técnicos de enfermagem, médico e adolescentes

INSTRUMENTOS: A pesquisa foi constituída de: 1) levantamento de dados secundários disponíveis; 2) estudos e pesquisa atuais sobre o tema; e 3) de entrevistas com informantes chave, que atuam em serviços de saúde ou instituições de atenção a adolescentes.

QUESTÃO DE PESQUISA: A proporção de partos de mães adolescentes na rede hospitalar de Montes Claros

4. VARIÁVEIS QUALITATIVAS: Foi utilizado um questionário para obtenção do índice de resultado.

5. VARIAVEIS QUANTITATIVAS: Foram entrevistados profissionais do Hospital Nossa Senhora da Saúde adolescente grávidas e que já estiveram grávidas.

6. MATERIAL E MÉTODOS

a. ÁREA DE ESTUDO

O presente levantamento envolveu o dimensionamento do número de nascidos vivos ocorridos em Diamantina, a partir do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), relativo ao ano de 2009.

Tendo em vista sua ocorrência entre adolescentes, foram calculadas duas medidas: a proporção de nascidos vivos de mães adolescentes em relação ao total de mulheres que deram à luz a um nascido vivo na rede hospitalar da cidade, bem como a taxa específica de fecundidade na adolescência (número de nascidos vivos de mães adolescentes residentes em Diamantina divididos pela população de mulheres dessa faixa etária do município.

Segundo o estudo realizado, a gravidez na adolescência é multicausal, ou seja, está relacionada a uma série de fatores, os quais podem ser agrupados em: fatores biológicos, fatores de ordem familiar, fatores psicológicos e de contracepção e fatores sociais.

Fatores biológicos - Tem influência na gravidez precoce fatores neuroendócrino, hormonal feminino, que se acelera cada vez mais. Quanto mais precocemente ocorrer seu desenvolvimento e ciclo mestrual, mais exposta estará a adolescente à gravidez precoce.

Fatores de Ordem Familiar - Para vários pesquisadores da questão, o contexto familiar também tem influências em relação a época em que se inicia a atividade sexual. Assim sendo, adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães também iniciaram vida sexual precocemente ou engravidaram durante a adolescência.

Fatores psicológicos e de contracepção - Entre os adolescentes, a utilização de métodos contraceptivos não ocorre de modo eficaz, e isso está vinculado a fatores psicológicos inerentes ao período, pois as adolescentes negam a possibilidade de engravidarem e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária. Assim, os encontros sexuais são mantidos de forma eventuais, não justificando, conforme acreditam, o uso rotineiro da contracepção e, ainda, não assumem perante a família a sua iniciação sexual.

Fatores sociais e econômicos - Vários estudos da questão social apontam a maior ocorrência de gravidez na adolescência nas classes econômicas mais desfavorecidas onde há maior abandono e promiscuidade, maior desinformação, e menor acesso à contracepção. É importante lembrar ainda que a sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura aceitando cada vez mais o sexo antes do casamento e na adolescência.

A presença de mães adolescentes assistidas na rede hospitalar de Diamantina foi da ordem de 21,5%, sendo de 0,6% na faixa de 10 a 14 anos e 20,9% na faixa de 15 a 19 anos. Essas proporções, próximas às do país (23,4% em 2002), pouco variaram no período de 2000 a 2003. A taxa específica de fecundidade na adolescência entre as residentes em Diamantina, no ano de 2003, por sua vez, foi de 3,84 por cem mulheres, sendo de 0,22 na faixa de 10 a 14 anos e de 7,02 na faixa de 15 a 19 anos. Essas mesmas taxas, no país, no ano 2002, foram, respectivamente, 4,28 por cem mulheres, sendo de 0,33 na faixa de 10 a 14 e de 8,08 na faixa de 15 a 19 anos. Apresentando valores ligeiramente inferiores aos do país, as taxas específicas de fecundidade de Diamantina, na faixa de 10 a 19 anos de idade, envolveram significativo crescimento.

COLETA DE DADOS

RESULTADOS