Estratégias Micropolíticas Para Lidar Com O Desemprego: Contribuições Da Psicologia Social Do Trabalho
Artigos Científicos: Estratégias Micropolíticas Para Lidar Com O Desemprego: Contribuições Da Psicologia Social Do Trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bibimilk • 29/6/2014 • 321 Palavras (2 Páginas) • 500 Visualizações
No mundo sociolaboral contemporâneo, o emprego deixou de
ser central na organização do trabalho, surgiram formas precárias
de trabalho (subemprego), e aumentou significativamente o
desemprego, sendo agora um fenômeno psicossocial relevante
também. Diante disso, os objetivos desse artigo foram analisar o
fenômeno desemprego em sua dimensão psicossocial; e refletir
sobre as possibilidades de intervenção da Psicologia Social do
Trabalho no atual mundo do trabalho, marcadas pelas estratégias
micropolíticas. Como principais resultados, temos que a
Psicologia pode contribuir: construindo uma compreensão psicossocial
do desemprego (nível teórico), integrando equipes que
constroem as políticas públicas de trabalho para a ampliação do
seu escopo (nível político), participando das equipes que colocam
em ação as políticas públicas de combate ao desemprego
(nível programático), e auxiliando as pessoas em situação de
desemprego com estratégias que visem à elaboração e implementação
de um projeto de vida e de um plano de ação sociolaboral
(nível da ação).
Com o advento do capitalismo, o trabalho se institucionalizou no sentido de definir padrões
de vínculo e organização, constituindo normas referenciais que estabeleceriam os parâmetros
para trabalhadores, capitalistas e poder estatal delimitarem seus lugares, funções e
comportamentos no mundo do trabalho (Lallement, 2007).
Durante a maior parte do século XX, a sociedade do trabalho foi a sociedade do emprego,
como ícone e eixo central da organização da vida no trabalho, sendo o desemprego um fenômeno
complementar e transitório; necessário, como exército de reserva de força de trabalho
(Marx, 1980), para os momentos de demanda de excedentes de trabalhadores.
Nas últimas décadas do século XX, o mundo presenciou uma mutação sociolaboral, na
qual o emprego deixou de ser central para a organização do trabalho, houve um aumento
significativo do desemprego e o surgimento de formas precárias de trabalho, nomeadas de
subemprego (Blanch, 2003). Nesse contexto, o desemprego se torna um fenômeno tão central
e relevante para a dinâmica sociolaboral quanto o emprego, e deixa de ser apenas uma dimensão
de análise e intervenção econômica e política para se transformar, também, em
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