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Estudo Das Obras A Ilha Do Dr. Moreau, O Médico E O Monstro E Frankenstein: Resumo E Correlação Com Os Conceitos Da Criminologia

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Por:   •  2/3/2015  •  10.470 Palavras (42 Páginas)  •  830 Visualizações

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1 RESUMO DO LIVRO A ILHA DO DR. MOREAU (H. G. WELLS)

O livro A Ilha do Dr. Moreau, escrito pelo britânico Herbert George Wells, é um romance de ficção científica escrito em 1896, que trata de uma história passada nos anos de 1887 e 1888.Filho de um pequeno comerciante britânico, o autor Hebert George Wells nasceu em 1866, na desconhecida cidade de Bromley, no sudeste da Inglaterra. Wells é considerado por muitos como aventureiro entre as tecnologias. Tecnologias essas que não se passavam de especulações àquela época. Formado em Biologia, pela Escola de Ciências em Londres, o renomado autor escreveu várias outras obras, que o consagraram como um pioneiro da ficção cientifica. Após exercer a docência nas áreas biológicas, Wells se dedicou ao jornalismo e à escritura profissional.

O britânico escritor foi membro da Sociedade Fabiana. Nascida em 1884, na cidade de Londres, essa sociedade tem como objetivo elevar as condições das classes trabalhadoras a fim de que elas sejam capazes de serem responsáveis pelos meios de produção. Existente até hoje, a Sociedade Fabiana se vê farta de grandes nomes da história.

Wells foi autor de vários livros, dentre os quais merece destaque, além da Ilha do Dr. Moreau, o livro Guerra Aérea, lançado em 1904. Neste livro, o autor escreve sobre bombardeios aéreos e seus efeitos, semelhantes aos que ocorreram trinta e cinco anos após o lançamento do livro, durante a Segunda Grande Guerra, iniciada e 1939. Em 1946, o precursor da ficção científica faleceu, na cidade de Londres, por causas desconhecidas.

O livro A Ilha do Dr. Moreau trata sobre o desaparecimento de um biólogo financeiramente independente, Sr. Edward Prendick, que embarcou no navio Lady Vain, em 01/02/1988. Embarcação essa que colidiu com um navio à deriva. Onze meses depois, o Prendick, já presumido morto, foi resgatado em um barco sem nome. O aventureiro Prendick relatou o estranho acontecimento, motivo pelo qual foi julgado louco e estudado por psicólogos, como um interessante caso de lapso de memória mediante estresse físico e mental.

A narração partida do próprio aventureiro naufragado, Edward Prendick cita que, após o naufrágio da embarcação Lady Vain, ele e mais dois homens ficaram à deriva, em um bote. Daí em diante, foram oito dias. A alimentação e a água se exauriram com o passar dos dias, assim como a lucidez. Tanto é que os outros dois sobreviventes, após uma disputa de sorte para saber quem seria sacrificado, na qual um deles perdera, lutaram ferozmente. A luta resultou na queda de ambos do bote, e a consequente morte nas salgadas águas do oceano.

Edward Prendick ficou vários dias á deriva. Quando quase morto, ele foi resgatado por uma pequena escuna. O barco era comandado por um capitão bêbado e, de forma muito estranha, transportava animais. No navio, além da tripulação, havia um médico, Dr. Montgomery, que auxiliou o Prendick a sobreviver do tempo á deriva, sem alimentação e sem água. Em conversa com o médico, Prendick descobriu que a embarcação seguiria a uma ilha sem nome.

Na escuna, também havia um homem negro, de aparência estranha e comportamento mais estranho ainda. Tinha a parte inferior do rosto era projetada para frente, semelhante a um focinho, a boa entreaberta mostrava enormes dentes e nos olhos, injetados de sangue, quase não se via o branco.

O comandante da escuna, um capitão bêbado, tinha uma aparência pouco higiênica e arrogante. A escuna transparecia, também, pouca higiene e dispunha de velas remendadas e sujas. Havia jaulas com vários animais, entre eles uma onça que, furiosa, mal conseguia voltar-se a si mesma. Cachorros amordaçados estavam amarrados nos postes da embarcação. Havia coelhos e uma lhama. Animais estes que fizeram com que Prendick desconfiasse que a escuna era um tipo de zoológico marítimo ou um comércio de animais intercontinentais.

Daí surge a primeira verossimilhança entre a embarcação e o conceito de estado. O capitão comandante da escuna considerava que aquele território definido (os limites da embarcação), onde havia uma tripulação em prol de um objetivo (comunhão social do povo), estava sob seus entendimentos (soberania). Sobre isso, narra o capitão que “No meu navio eu faço o que eu bem entender”.

Para a formação de um estado, deve existir três elementos constitutivos, quais sejam: território, povo e soberania. Povo significa um conjunto de pessoas que se juntam com o fito organizacional e fiscalizatório; território é uma delimitação física que limitará a soberania; e soberania é a ideia de ordem interna, que submete o povo a determinações condições, ou seja, que regula a ordem social interna.

A definição do Estado busca a realização do bem público e, para tal, possui autoridade e poder. Poder é a força de obrigar. O Estado detém o monopólio da força, que é meio para promover o bem comum internamente e defender o território. No livro estudado, a primeira circunstância que se encaixa no conceito de Estado, a escuna comandada pelo capitão embriagado, define, expressamente, que o capitão detinha os meios da força e, sobretudo, era auxiliado por o que é descrito como profetas.

Após supostos quatro dias do resgate de Prendick, o navio aportou para o desembarque na ilha desconhecida que Prendick havia avistado no dia anterior. Uma ilha estranha, que expelia uma coluna de fumaças, oriundas de um vulcão. Daí outro dilema vivido por Prendick: o capitão do navio determinou-o que desembarcasse, mas um homem grisalho não o deixava desembarcar naquela ilha.

As discussões se prosseguiam, até que, após o desembarque de toda a mercadoria e até do próprio Montgomery, Prendick foi amarrado e posto no barco que seguia rebocado atrás da escuna. O mesmo barco onde Prendick havia sido resgatado da embarcação IadyVain. Ele se viu de volta ao inferno a que havia sido resgatado. Desesperou. Rezou.

Mas, novamente, ele foi resgatado. Os ilhéus tiveram pena do náufrago e o rebocaram até a ilha. A lancha que o resgatava era ocupada pelo Montgomery, um homem grisalho e de ombros largos e três homens com aparências estranhas, além da carga trazida pela escuna comandada pelo capitão bêbado.

A aparência estranha dos ilhéus que acompanhavam o homem grisalho da ilha assustou Prendick. Eram homens morenos, escuros, com braços e pernas cobertos por tecido branco. Tinham queixos salientes e olhos faiscantes, como os de duendes. Suas coxas eram mais curtas que o normal e deformadas. Os três homens faziam movimentos curiosos e diferentes, como se as juntas estivesse em lugar diferente. As vozes dos ilhéus companheiros do homem grisalho eram guturais, ou seja, oriundas da garganta.

Ao recepcionar o novo

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