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Estudo Dirigido Encaminhado à Disciplina De Te-orias Da Comunicação Da Universidade Federal De São João Del Rei (UFSJ) Do Curso De Comu-nicação Social

Trabalho Universitário: Estudo Dirigido Encaminhado à Disciplina De Te-orias Da Comunicação Da Universidade Federal De São João Del Rei (UFSJ) Do Curso De Comu-nicação Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/5/2014  •  5.500 Palavras (22 Páginas)  •  621 Visualizações

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1 Contexto de modernidade

A partir da modernidade a sociedade perde seu referencial a afirmação mística, no qual respaldava os demais campos e instituições sociais. Então surge a comunicação para preencher essa lacuna deixada pela desmistificação preenchendo esse vazio dando respaldo para qualquer campo social através de seus contextos e afirmações e assim legi-timá-los.

O homem após a desmistificação do mundo torna-se vazio, ou seja, os fatos místi-cos deixaram de ser a base principal para seu surgimento de vida, pois funcionavam co-mo referencial de mundo ficando sem referencias entrando num vazio existencial. A comunicação midiática surge e a partir de seu discurso para ocupar esse espaço vazio, no qual tenta reorganizar o mundo caótico, que vive a modernidade que e cheia de contra-dição. A mídia vem para preencher esse vazio tornando-se o novo referencial de mistifi-cação da atualidade, pregando “verdades absolutas”, pois ela (a comunicação) valoriza a racionalidade, ela e uma forma de representação da realidade, no qual seleciona o que vira noticia a partir dos acontecimentos reais organizando o que esta aleatório dando uma nova ordem ao mundo.

Com isso o discurso não só e uma das funções midiáticas, e o principal produto e o resultado final do seu funcionamento. Uma das principais características do discurso midiático e o fato de se apresentar como discurso acabado e de funcionar aparentemente sem intermitências, nem vazio. Nesse contexto ele e usado como “verdade absoluta” a partir da mitificação da atualidade no qual valoriza a racionalidade contamina qualquer outro discurso pela sua credibilidade que e “fictícia”, pois seleciona fontes para pregar a veracidade dos fatos, usando o discurso de outros campos sociais como o cientifico.

Esta reelaborarão dos discursos de outras instituições contamina o discurso midi-ático: se apropriar exclusivamente da componente exotérica dos discursos dos diferentes discursos institucionais que são esotéricos, pois torna relativamente opaco para estra-nhos, aos que não pertencem ao corpo legitimo dessa intuição.

A natureza exotérica no discurso midiático consiste na não delimitação de fron-teira do domínio restrito da experiência diferentes de outros discursos que se limitam ao seu campo de legitimidade, com essa não delimitação se usa do artifício do metaforismo que tem como função o “duplo sentido” para transformar seu discurso em algo atrativo ao leitor sem se tornar um discurso pesado e ofensivo.

O discurso midiático usa de varias funções estratégicas para confirmar seu caráter:

Função de naturalização: Quando o discurso midiático se apropria de parte da dimensão expressiva das outras instituições tende a naturalizar as pretensões legitimas construída historicamente pelos corpos autorizados dessas instituições, a apresenta-las como naturalmente fundadas e conseguintes indescritíveis o que tem como efeito mais importante a modernização dos fundamentos da legitimidade das outras instituições.

Função de Reforço: O discurso midiático também desempenha um papel estraté-gico de reforço importante da legitimidade de outras instituições. Este papel resulta na projeção publica da sua simbólica, como efeito da visibilidade que lhe confere.

Função de compatibilidade: Esta função consiste na elaboração de retórica desti-nada a esvaziar os discursos em confronto das formulações mais polemicas substituindo-as por enunciados formais com os quais detentores legítimos das diferentes posições em presença nomeadamente sob a forma de mesas redondas, de debates entre esses repre-sentantes legítimos dessas pretensões ou de textos editoriais na imprensa desempenham papel de compatibilização.

Função de visibilidade: O discurso midiático e a instituição por excelência desti-nada a dar visibilidade publica as outras instituições. O fato de hoje termos a nossa dis-posição a instituição midiática faz com que aquilo que não seja objeto da sua intervenção mediadora não tenha existência socialmente reconhecida.

Função de Exacerbação dos diferendos:Nem sempre o discurso midiático de-sempenha um papel de compatibilização.Por vezes ele tende a exacerbar essas diferenças despolentando ou agravando os diferendos.Desses muitos atuais conflitos são empola-dos e por vezes despoletados, na sequência da sua encenação midiatica.

2 As quatro correntes teóricas da Escola Americana

2.1 Teoria Hipodérmica

A Teoria Hipodérmica aborda que, quando uma mensagem lançada pela mídia é imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores, em igual proporção. Os con-ceitos foram elaborados pela Escola Norte-Americana, nos anos 30. Seu principal objeti-vo foi fornecer bases empíricas e científicas para a elaboração de sistemas de comunica-ção, com ênfase nos efeitos da comunicação sobre o comportamento da população. Mui-tos dos cientistas foram contratados pelo exército, durante a II Guerra Mundial.

A concepção de comunicação que embasa este modelo, parte do princípio da so-ciedade organizada em massa, ou seja, "cada elemento do público é pessoal e diretamen-te atingido pela mensagem" (Wright Mills, 1975, 79). “Cada indivíduo é um átomo iso-lado que reage isoladamente às ordens e às sugestões dos meios de comunicação de massa". Deste modo, o modelo foi considerado, posteriormente, excessivamente simplis-ta, pois, em seu modelo não se considerava o papel das diferenças de ordem social, co-mo a pertença a grupos de identificação, e o papel de lideranças de opinião.

Por outro lado, a concepção de "massa" enquanto magma indistinto de sujeitos "atômicos", cada atingido diretamente pela comunicação, favorecia os cálculos estatísti-cos e mensuração dos efeitos da comunicação de modo que muitas técnicas de pesquisa e modelos explicativos utilizados atualmente por veículos de comunicação, institutos de pesquisa de mercado e agências de publicidade originam-se neste período.

A Teoria Hipodérmica, também chamada de Teoria da bala mágica ou, ainda "mass communication research" coincide, historicamente, com o período do entre - guer-ras (entre a primeira e segunda guerras mundiais). Além disso, pode-se descrever o mo-delo hipodérmico como sendo uma teoria da propaganda e sobre a propaganda, compre-endendo o termo "propaganda" em sentido muito amplo, ou seja, a difusão de concep-ções, idéias, valores e atitudes através dos sistemas de comunicação de massa. Trata-se de uma concepção mais ampla de "propaganda",

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