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Etica E Filosofia

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Por:   •  10/10/2014  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  237 Visualizações

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O Idealismo Ético de Schelling

FRIEDRICH WILHELM JOSEPH SCHELLING O Idealismo Estético de Schelling:

Embora colega de Fichte e mais velho que Hegel, Schelling está logicamente entre Fichte e Hegel, pelo menos na primeira grande fase da sua especulação filosófica, denominada filosofia da identidade. Ademais, representa ele a filosofia do romantismo, enquanto Schelling assume no seu sistema a concepção romântica, em virtude da qual toda a natureza é espiritualizada, e o espírito humano atinge a essência metafísica da realidade através de uma intuição estética.

Friedrich Wilhelm Joseph Schelling nasceu em 1775, em Leonberg. Em Tubinga teve Hegel como condiscípulo, com o qual, em seguida, sustentou pesada polêmica. Passou da teologia à filosofia e dedicou-se ao estudo de Spinoza, do qual deriva a sua concepção idealista; de Fichte, que constitui o pressuposto imediato do seu pensamento, afastando-se entretanto dele em seguida. Em Leipzig integrou a sua cultura humanista e literária com estudos científicos. Nele influíram também as turvas fantasias da mística alemã. Foi sucessivamente professor nas universidades de Jena, Würzburg, Erlangen, Munique e Berlim, onde dominara o seu adversário Hegel, cujo racionalismo ele demole. Faleceu em Berlim, em 1854, quando o idealismo já estava esfacelado.

Schelling foi um autor variado e fecundo. As faces do seu pensamento são fundamentalmente duas: o período da filosofia da identidade, e o da filosofia da liberdade. As suas obras principais são: o Sistema do idealismo Transcendental; Representação do meu Sistema (primeira fase, filosofia da identidade); Filosofia e Religião; Pesquisas Filosóficas sobre a Essência da Liberdade Humana e os Objetos Conexos com Esta (segunda fase, filosofia da liberdade).

A filosofia de Schelling é, fundamentalmente, idealista: o espírito, o sujeito, o eu, é princípio de tudo. Como Fichte, admite que a natureza é uma produção necessária do espírito; recusa, porém, o conceito de Fichte de que a natureza tenha uma existência puramente relativa ao espírito. Para ele, a natureza - embora concebida idealisticamente - tem uma realidade autônoma com respeito ao sujeito, à consciência. A natureza é o espírito na fase de consciência obscura, como o espírito é a natureza na fase de consciência clara.

Então o princípio da realidade não é mais o eu de Fichte (o eu absoluto, o sujeito puro); mas deverá ser um princípio mais profundo, anterior ao eu e ao não-eu: será precisamente a identidade absoluta do eu e do não-eu, sujeito e objeto, espírito e natureza. Dessa identidade, princípio absoluto da realidade, decorrerá, primeiro, a natureza e o seu desenvolvimento, e depois o espírito com toda a sua história, não como sendo oposição e negação da natureza, mas como seu desenvolvimento e consciência.

Que a natureza seja espiritualidade latente e progressiva, Schelling julga demonstrá-lo mediante a racionalidade imanente na própria natureza, e precisamente mediante a sua finalidade.

Ao surgir a sensibilidade, nasce no universo a consciência espiritual, começa o desenvolvimento do espírito humano, que é um progresso, uma continuação com respeito ao desenvolvimento da natureza.

A unidade, a identidade profunda entre natureza e espírito deveria, segundo Schelling, ser aprendida pela intuição estética expressa na obra de arte, que é a obra do gênio. E o gênio se encontra só no campo estético, não no científico. Unicamente o gênio artístico atinge e revela o artista misterioso que atua no universo.

Logo, a realidade absoluta é identidade entre natureza e espírito, objeto e sujeito: unidade de uma multiplicidade. Mas então surge o problema que assoma em toda concepção monista da realidade: ou a realidade verdadeira cabe ao idêntico, ao indistinto, ao uno imutável; ou o multíplice, o devir do mundo tem uma realidade verdadeira. No primeiro caso, a multiplicidade e o devir do mundo, a

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