FICHAMENTRO - CAPÍTULO II – PROTOFORMAS DO SERVIÇO SOCIAL
Por: irza • 27/5/2016 • Resenha • 2.122 Palavras (9 Páginas) • 1.989 Visualizações
FICHAMENTRO - CAPÍTULO II – PROTOFORMAS DO SERVIÇO SOCIAL
Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social
De acordo com a autora podemos considerar como as protoformas do Serviço Social as instituições assistenciais que surgem após o fim da Primeira Guerra Mundial possuem uma diferenciação face às atividades tradicionais de caridade. p. 166
Quando emergiu para o Brasil, nas décadas de 1920, 1930, o Serviço Social tinha como base para a sua implantação o reconhecimento das tensões sociais, geradas a partir da industrialização. p. 166
Contam com um aporte de recursos e contatos em nível de Estado que lhes permite o planejamento de obras assistenciais de maior envergadura e eficiência técnica. p. 166
A importância dessas instituições consiste no fato de ter sido a partir delas que se criaram as bases materiais (organizacionais e humanas) para a expansão da Ação Social Católica e para o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social. p. 167
Assim, as mesclas entre as antigas Obras Sociais e os novos movimentos do apostolado social permitem o surgimento do Serviço Social. p. 167
1.1 O Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) de São Paulo e a Necessidade de uma Formação Técnica Especializada para a Prestação de Assistência.
O Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) de São Paulo surge em 1932, com o incentivo e sob o controle da Igreja, a partir do “Curso Intensivo de Formação Social para Moças”, promovido pelas Cônegas de Santo Agostinho, para o qual foi convidada a Mademoselle Adéle Loneaux, da Escola Católica de Serviço Social de Bruxelas. P. 168
As atividades do CEAS se orientarão para a formação técnica especializada de quadros para a ação social e para a difusão da doutrina social da Igreja. p. 169
Em 1936, a partir dos esforços desenvolvidos por esse grupo e do apoio da Igreja, é fundado a Escola de Serviço Social de São Paulo. p. 174
Além das atividades do CEAS, começa a aparecer outro tipo de demanda, partindo de certas instituições estatais e são vistas como conquistas significativas, por exemplo: o trabalho junto à Diretoria de Terras, Colonização e Imigração. p. 174
Já em 1935, o Estado cria o Departamento de Assistência Social do Estado, através da Lei n. 2497, de 24.12.35, onde a maior parte dos artigos é dedicada à assistência ao menor. p. 174
Apenas um único artigo se refere ao Serviço de Proteção ao Trabalhador. p. 175
Em 1938, é organizada a Seção de Assistência Social, com a finalidade de “realizar o conjunto de trabalhos necessários ao reajustamento de certos indivíduos ou grupos às condições normais de vida”. Organização parcial: o Serviço Social dos Casos Individuais, a Orientação Técnica das Obras Sociais, o Setor de Investigação e Estatística e o Fichário Central de Obras e Necessitados. O método central: Serviço Social de Casos Individuais. Nesse ano passa a chamar Departamento de Serviço Social. p. 175
A criação desta Escola não pode ser considerada apenas como fruto do Movimento Católico Laico, pois já existe uma demanda do Estado que assimila a formação doutrinária própria do apostolado social, que é, inclusive, funcional às necessidades do Estado e das empresas. p. 176
Assim, o Estado regulamenta, incentiva e institucionaliza o trabalho dos Assistentes Sociais. p.176
A Escola de Serviço Social passa por rápidos processos de adequação para atender à demanda do Estado. p. 177
É importante apontar que ocorre um processo de “mercantilização” dos portadores dessa formação técnica específica. Ou seja, os assistentes sociais começam a se constituir em uma força de trabalho que pode ser comprada. Progressivamente, os portados dessa qualificação deixam de ser uma moça da sociedade devotada e passa a se transformar num componente de Força de Trabalho, englobada na divisão social e técnica do trabalho. p. 179
1.2. O Serviço Social no Rio de Janeiro e a Sistematização da Atividade Social.
No Rio de janeiro foi onde surgiu à formação técnica especializada para a assistência, além de ser o polo industrial mais antigo da região sudeste, é também o grande centro de serviços e onde se centram os principais aparatos da Igreja Católica. Por isso se desenvolve mais a infra-estrutura de Serviços básicos, inclusive serviços assistenciais, com forte participação do Estado. p. 179.181
A participação das instituições públicas é intensa, na criação do Serviço Social, além do apoio explícito da alta administração federal, da cúpula hierárquica da Igreja e do movimento laico. p. 181
Em 1937, surgem o Instituto de Educação Familiar e Social composto das Escolas de serviço Social e Educação Familiar, por iniciativa do Grupo de Ação Social (GAS), em 1938 a Escola Técnica de Serviço Social, por iniciativa do Juízo de Menores e, em 1940 é introduzido o curso de Preparação em Trabalho Social na Escola de Enfermagem Ana Nery. p. 181 Este curso dá origem à Escola de Serviço Social da Universidade do Brasil. p. 186
A Primeira Semana de Ação Social do Rio de Janeiro, em 1936, é considerada marco para a introdução do Serviço Social na capital da republica, tendo como objetivo dinamizar a Ação Social e o apostolado laico. Neste encontro aparece claramente o entendimento de uma política comum entre a Igreja e o Estado, em relação ao proletariado. A Igreja recomenda a tutela estatal para o operariado e o Estado reafirma o princípio de cooperação. Esse espírito vai presidir as obras sociais, com o objetivo de reerguimento das classes trabalhadoras. p. 181-182
2. Campos de Ação e Prática dos Primeiros Assistentes Sociais
A demanda por Assistentes Sociais diplomadas excedia o número de profissionais disponíveis. Os mecanismos de cursos intensivos para Auxiliares Sociais e as bolsas de estudos foram à forma encontrada para acelerar a formação de Assistentes Sociais. Ao mesmo tempo, alargou-se a base de recrutamento, deixando de ser um privilégio das classes dominantes e da classe média alta, para abarcar também parcelas da pequena burguesia urbana. p. 187
A luta dos Assistentes Sociais é pelo reconhecimento da profissão e pela exclusividade para Assistentes Sociais diplomados, das vagas no serviço público e em instituições para-estatais e, não pelo mercado de
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