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Familia E Sociedade

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Por:   •  7/11/2013  •  2.679 Palavras (11 Páginas)  •  170 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA- UNIDER

Serviço Social

Leitura e Produção de Texto

1 Etapa

Leitura na escola

Este texto vem refletir sobre os modos de ensino da leitura na escola. As questões vêm surgindo como desafios para os profissionais.

- Como e quais competências em leitura desenvolver?

- Como desenvolver o gosto pela leitura?

- Como tornar interessante o livro? E prazerosa ação de ler?

- Que livros indicar? Onde buscar respostas para essas questões?

- Há respostas certas?

Quanto mais clareza quanto ao “quê” e ao “como fazer”, e usar dos recursos materiais e pessoais para organizar o trabalho com os textos escritos, maior a chance de tornar mais adequada, mais consistente e pulsante a prática do professor de português.

Esta apresentação busca como argumento um estudo dirigido em sala de aula destinado à leitura que é a aula de biblioteca de classe, no qual a prioridade não é o desenvolvimento de competências, da fluência na leitura, da intelecção dos textos, mas sim uma intimidade pelos livros e pela leitura, potencializando a relação necessária do sujeito comum com o conjunto de aspectos que configuram a prática de ler.

A leitura apesar de ser uma atividade universal e reconhecida como um bem natural, de um valor absoluto, ela não pode ser uma prática sempre igual para todos.

Cada pessoa tem seu tempo e lugar para esta atividade e não existe um mesmo e único entendimento ou sentido, uma mesma e única finalidade ou forma de acontecer.

A leitura na escola sempre foi algo de discussão, em um artigo de Batista e Galvão (1998) da revista Presença Pedagógica, chamado A Leitura na Escola Primária Brasileira dedicam-se a elaboração de uma visão panorâmica para o sentido do “ler” nas instituições. Em suas pesquisas veem-se realidades antigas, baseadas em depoimentos de velhos professores, permitindo uma visão das formas antigas de se ensinar a ler na escola brasileira: antigos entendimentos, práticas ou maneiras de fazer.

O artigo em questão destaca-se dois modelos de leitura nos últimos anos do século XIX e as primeiras décadas do século XX. O primeiro apoiava-se nos livros “enciclopédicos”, onde os textos para o aprendizado da leitura buscavam instruir os alunos nos diversos campos do currículo escolar, como as ciências, a história, a geografia, etc. O segundo modelo identificava o livro de leitura aos ensinamentos morais e cívicos.

É em 1921 que, com o livro Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, que um aspecto inovador e até então ignorado nas instituições, provoca o prazer na leitura.

Os anos 20 e 30 do século XX vão trazer muitas reformas educacionais inspiradas no movimento da Escola Nova e seus ideais de uma educação apoiada em métodos mais ativos, com maior participação do aluno, menos autoritária e uniformalizadora.

Uma educação moderna, articulada ao livro como instrumento de consulta, pesquisa e também recreação, a Biblioteca Escolar é compreendida como sendo da mais alta relevância, nas escolas modernas.

A partir dos anos 50/60 expandiu-se consideravelmente a rede escolar e de lá para cá o mercado editorial para este público leitor.

Na segunda metade dos anos 70 temos o aparecimento e o fortalecimento progressivo de uma nova geração de escritores para crianças e jovens, com uma produção literária nova, que será cada vez mais abundante, diversificada e também heterogênea. Neste momento também a escola volta-se para outros gêneros, não escolares, mas que circulam socialmente como os jornais, revistas, os quadrinhos, etc.

Desde esse momento, as apropriações pela escola dessas novas orientações e da produção editorial disponível tem sido bastante desiguais e plurais. Hoje em relação aos trabalhos com textos e leitura, coexistem e disputam espaço e legitimidade, novas e antigas práticas de ensino, distintos entendimentos e sentidos para a leitura.

A Biblioteca de Classe configura-se como uma possibilidade ou orientação para a leitura da literatura na aula de português, no início dos anos 80, em especial para as últimas séries do ensino fundamental.

Estamos chamando de Biblioteca de Classe os acervos de livros organizados pelas diferentes turmas de alunos e seus professores de português para constituírem o material de leitura compartilhado no âmbito de cada turma e que é disponibilizado, manipulado e lido regularmente na aula.

Os acervos de classe foram imaginados para funcionarem como complemento ou como substitutos das bibliotecas escolares, até mesmo como via de superação de um obstáculo, insistentemente levantado pelos professores, que era a existência da biblioteca na escola ou a dificuldade em se poder utilizá-la.

A biblioteca de classe possibilita o trabalho com romances e novelas, favorecendo a realização de uma das quatro formas de interação do aluno com os livros, previstas pela proposta: “A Leitura – Prazer”.

Os acervos devem conter uma quantidade de exemplares superior ao número de alunos da turma e deve compor-se com uma diversidade de autores, gêneros, estilos, temáticas, etc.

Os princípios que orientam a biblioteca de classe ligam-se ao respeito pela caminhada de cada leitor; ao entendimento de que a formação de um bom leitor articula-se à quantidade e diversidade de suas experiências de leitura; à aposta na aula com o espaço de produção de uma nova sociabilidade em torno do livro, menos marcada pela obrigatoriedade escolar e mais orientada pelo interesse social. A biblioteca de classe vem também contrapor a uma prática muito comum na escola, que é a indicação para todas as séries de um único livro.

Podemos dizer que a biblioteca de classe tem ideias diferentes, das trazidas nos anos 30 pelo movimento escolanovista no que diz respeito ao livro na educação, porque repudia o livro texto como único autorizado para o aluno e estimula e valoriza a leitura extensiva, etc.

A proposta de alguns governos estaduais, de implantação nas redes escolares, da sala ambiente com o espaço reservado de trabalho para cada uma das disciplinas ou grupo de disciplinas do currículo escolar, pode ajudar a dar uma forma ainda melhor à biblioteca de classe.

No caso da sala ambiente de Língua Portuguesa, o acervo da biblioteca de classe

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