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Fenomenologia

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Por:   •  29/3/2014  •  Tese  •  1.277 Palavras (6 Páginas)  •  322 Visualizações

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1- O que é fenomenologia?

R: Aquilo que se apresenta ou que se mostra - explicação, estudo, afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua "significação". Os objetos da Fenomenologia são dados absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de descobrir estruturas essenciais dos atos e as entidades objetivas que correspondem a elas.

2- Alguns dos autores clássicos da fenomenologia?

R: Edmund Husserl

Franz Brentano

- Max Scheler

Heidegger[

. Merleau-Ponty

Sartre

Fundamentos e Conceitos da Fenomenologia

O trabalho husserliano é seguido cronologicamente pelo desenvolvimento do pensamento heideggeriano. Martin Heidegger (1889-1976) foi aluno de Husserl. A obra deste famoso discípulo surge em meio a uma geração de valores sacudidos pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que a questão do Ser e da existência se recolocam; a existência e toda tecnologia conquistada através da ciência moderna parecem absurdas. Ele desenvolverá seu trabalho seguindo o pensamento husserliano, determinando o que se denominam características primordiais do ser, as quais estão presentes em sua obra O ser e o tempo (1930). O homem existe, desta forma, “compreendendo, especializando e temporalizando o seu existir no mundo” (Forghieri, 1989:11). Segundo Heidegger (1973:498):

“o que para a fenomenologia dos atos conscientes se realiza como o auto-mostrar-se dos fenômenos é pensando mais originalmente por Aristóteles e por todo pensamento e existência dos gregos como Alétheia, como desvelamento do que se apresenta, seu desocultamento e seu mostrar-se. Aquilo que as Investigações Lógicas de Husserl (1900) redescobriram como a atitude básica do pensamento grego, quando não da Filosofia como tal. Isto levou-o a questionar-se sobre de onde e de que maneira se determina aquilo que, de acordo com a fenomenologia, deve ser experimentado como a coisa mesma? É ela a consciência e sua objetividade, ou é o ser do ente em seu desvelamento e ocultação?”

Para responder estas duas questões ele levou dez anos e publicou o ser e tempo.

Ele inicia sua crítica aos preconceitos metafísicos existentes na época no conceito de SER. O ser é algo indefinível, evidente por si só e de entendimento universal: todo ser humano sabe o que é ser e sabe o que é o não-ser. Dentro do ser encontra-se o nada e vice-versa: o ser tem em si a possibilidade de não-ser, uma vez que, ao mesmo tempo que é algo, também é o contrário deste algo. Cabe ainda ao ser a chance de tornar-se o seu não-ser, pois todo ser é, ao mesmo tempo, um vir-a-ser, fato que denota a presença da dialética hegeliana no pensamento heideggeriano, na qual a unidade dos contrários é o ponto fundante do ser. Falando de alteridade, e tomando-a como um exemplo do modo como se dá este processo, podemos dizer que ela está embutida na identidade. A alteridade é o outro, aquilo que o ser não é, da mesma forma que a identidade é aquilo que ele é. Ela surge da identidade, pois é a partir desta que sabemos o que somos e, portanto, o que não somos, ou seja, nossa alteridade, o outro.

O ser é um ser de relação, o que quer dizer que ser e mundo só existem na relação ser-mundo, enquanto relacionados, pois cabe ao ser dar sentido ao mundo ou significá-lo, de modo que o mundo então possa existir. Por exemplo, o Eu torna-se Eu, ou melhor, penas possui identidade, quando em relação com o Tu, que é o mundo, a alteridade, o outro. O ser, responsável pelos sentidos e significados do mundo, fita-o como extensão de si mesmo, a compreensão do mundo trata da compreensão de si próprio. Esta relação ainda pode se dar de duas maneiras: Eu-Isso e Eu-tu. Na primeira o Isso é visto apenas como objeto de experiência, e na segunda, há reciprocidade na relação, sendo que é nela em que são colocados limites ao ser, o qual percebe a existência do outro, ou de sua alteridade. Na relação Eu-Tu, o ser fala e descreve a si mesmo, uma vez que o outro, ou o mundo, existe como sua extensão e só permeado pelos significados que foram estabelecidos pelo ser.

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