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Fichamento Conservantismo

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Por:   •  18/8/2014  •  2.293 Palavras (10 Páginas)  •  243 Visualizações

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CONSERVANTISMO

“[...] Os conservadores não foram , em nenhum sentido, imparciais em sua abordagem dos problemas e muito menos científicos.Em todos eles havia um forte elemento polêmico.Escreveram reconhecidamente , em defesa de um tipo de ordem social que, na opinião de outros contemporâneos seus, estava sendo rapidamente ultrapassado pela história.Opunham-se profundamente ao individualismo do direito natural do Iluminismo e da Revolução Francesa, e também doutrinas como igualdade, liberdade e soberania popular[...]”(p.118)

“[...]Os conservadores foram levados a dar ênfase à ordem institucional.E no processo de defender sob alegações morais, uma série de instituições tradicionais –família, religião, comunidade local, corporação, classe social- conseguiram identificar essas instituições , isto é, colocá-las no primeiro plano da observação intelectual, onde podiam ser objeto do exame ideológico liberal, e mesmo radical, e também , os elementos empíricos da Sociologia e outras Ciências Sociais[...]” (p.119)

“[...]estilo metodológico.É o primeiro anverso do estilo de pensamento que dominou o Iluminismo e , antes dele , a ERA da razão no século XVIII[...]” (p.119)

“[...]Há outra característica importante do conservantismo que deve ser citada à luz da influência que teria durante todo o século, sobre liberais e radicais, bem como sobre os próprios conservadores.Trata-se , sucintamente da tipologia tradicionalista[...](p.120)

“[...]Quem eram os conservadores? A primeira, e sob muitos aspectos a mais influente figura foi Edmund Burke[...]”(p.121)

“[...]Burke apesar das suas inclinações Whing, deve ser visto como pai do conservantismo político e social moderno.Isto é conseqüência de seu ataque à Revolução Francesa, acontecimento que para ele se revestiu não da forma da liberdade , mas do poder absoluto , destruidor e despótico[...]” (p.121)

“[...]Mas temos que dizer dele que foi o primeiro a perceber um caráter da Revolução Francesa que seus contemporâneos liberais não conseguiram ver, um caráter que os jacobinos proclamariam a todo mundo dentro de um ano as Reflections: “a missão universal da Revolução Francesa” a missão de libertar não apenas o povo francês das cadeias do passado , mas com o tempo os povos de todo o mundo. Foi esse fato, como Burke compreendeu, que estabeleceu uma afinidade entre a Revolução Francesa e as grandes religiões universais da história[...]”(p.122)

“[...]Joseph de Maistre (1954-1821) foi o mais brilhante e versátil dos quatro.Diplomata, servo confesso da Igreja e da monarquia, polemista brilhante , encontrou tempo para escrever uma sucessão de livros influentes[...]” (p.122)

“[...]Louis de Bonald (1974-1840) foi provavelmente o mais erudito e também o mais profundo filósofo entre os conservadores franceses.as ao contrario de Maistre , o estilo e Bonald tende a ser desagradável em virtude de sua bombastidade constante[...]”(p.122)

“[...]Hugues Felicité de Lamennais (1982-1854)...devido aos seus primeiros escritos, foi mais tarde vítima da censura da Igreja, depois da excomunhão pelas suas opiniões cada vez mais liberais e seculares. Mas até cerca de 1825 Lamennais foi incondicionalmente conservador:monarquista, profundamente tradicionalista e católico ultramontano[...]”(p.122)

“[...] Na Alemanha quatro nomes devem ser mencionados, todos importantes no desenvolvimento e difusão das idéias conservadoras no estudo do direito , da cultura e da sociedade[...]” (p.123)

“[...]Justus Moser (1720-1794)é sem dúvida influência crucial e decisiva e também o principal pensador, tendo antecedido Burke ao expressar vários dos princípios da Filosofia conservadora[...]”(p.123)

“[...]Adam Muller (1779-1829)conheceu a obra de Burke muito cedo, e sua admiração pelos SUS princípios fundamentais era muito grande[...]” (p.124)

“[...]Friedrich Carl Von Saygny (1779-1861),membro de uma antiga e rica família alemã, foi um dos primeiros de sua classe a se tornar professor e erudito respeitado[...]”(p.124)

“[...]George Wilhelm Friedrich Hegel(1770-1831) é de longe, a força mais influente no desenvolvimento do conservantismo alemão.Teve seu período liberal-radical na juventude durante o qual sua admiração pela Revolução Francesa foi grande[...]” (p.124)

“[...]Na Suiça , dois conservadores devem ser mencionados. O primeiro, Johannes Von Muller (1752-1809), é muito mais historiador do que filósofo ou protossociólogo...Tinha a mesma aversão pelo racionalismo individual e secular de todos os outros conservadores [...]”(p.124)

“[...]Karl Ludwig Von Haller (1768-1854)Profundamente conservador , admirador ardente de Burke e dos conservadores franceses[...]”(p.125)

“[...]Os dois últimos conservadores a serem mencionados aqui são os espanhóis: Juan Donoso y Cortés (1809-1853) e Jaime Luciano Balmes (1810-1848)...a influência deles na espanha foi grande.Eram ambos católicos e naturalmente dedicados a monarquia da igreja[...]”(p.125)

“[...]As idéias racionalistas nascidas do Iluminismo constituíam um desafio para os conservadores[...](p.126)

“[...]Quase todos os conservadores eram, como já frisei, parte do complexo católico-monárquico-aristocrático, sobre o qual a Revolução caiu com tanta força depois de 1791, ou se havia tornado detentores convictos desse complexo[...](p.126)

“[...]Para todos os conservadores do reino do terror da Revolução foi a síntese do acontecimento maior: a aniquilação pela força, da vida , propriedade , autoridade e liberdade justa[...](p.127)

“[...]Mas, apesar de tudo isso, o impacto da Revolução sobre as idéias foi maciço.E são as idéias que nos interessam.Do ponto de vista da maioria dos intelectuais na Europa Ocidental , tanto os de tendência radical ou liberal como os conservadores, a Revolução na França foi um acontecimento marcante, que se projetou em todo o mundo ocidental. Nenhum acontecimento moderno, com a possível exceção da Revolução Bolchevista , na Rússia, teve jamais um efeito maior , mais preciso e mais duradouro sobre as idéias- tanto filosóficas e literárias como políticas sociais e econômicas- do que a Revolução Francesa. Podemos dizer, novamente procurando compreender os princípios do conservantismo, que e não tivesse havido Revolução Francesa, seria necessário inventá-la[...]” (p.129)

“[...]O conservantismo tinha, portanto uma aversão extrema da da modernidade econômica; isto é , do industrialismo e do capitalismo financeiro.Nada que se assemelhe ao socialismo pode ser visto nos escritos dos conservadores

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