Fichamento Do Livro: Em Defesa De Um Mundo Sustentável Sem Transgênicos
Casos: Fichamento Do Livro: Em Defesa De Um Mundo Sustentável Sem Transgênicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: prityosa • 1/10/2014 • 9.076 Palavras (37 Páginas) • 755 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA DE SERVIÇO SOCIAL E A QUESTÃO AGRÁRIA EM MATO GROSSO
DOCENTE: IRENILDA DOS SANTOS
JOCILENE DEZULA DE ALMEIDA MOURA
PRISCILA ROSA DA SILVA
FICHAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL E A QUESTÃO AGRÁRIA EM MATO GROSSO
Cuiabá
2012
Em Defesa de um Mundo Sustentável Sem Transgênicos – Grupo de Ciência Independente. Editora Expressão Popular, 2004
PARTE 1
NÃO HÁ FUTURO PARA OS CULTIVOS TRANSGÊNICOS
1. POR QUE NÃO AOS TRANSGÊNICOS?
OS CULTIVOS TRANSGÊNICOS NÃO SÃO NECESSÁRIOS NEM DESEJADOS
“Quase não existem mais dúvidas de que os cultivos transgênicos não são necessários para alimentar o mundo e de que a fome é provocada pela pobreza e pela desigualdade, e não por uma produção insuficiente de alimentos.” (p. 31)
“[...] segundo argumentam Altieri e Rosset, mesmo que a fome seja devida à defasagem entre a produção de alimentos e o crescimento da população, os cultivos transgênicos atuais não são concebidos para aumentar as colheitas ou para o benefício dos agricultores pequenos e pobres.” (p. 31)
“Os cultivos transgênicos não têm produzido os benefícios prometidos, estão causando a intensificação de problemas no campo e, apesar da destacada falta de pesquisas sobre segurança, acumulam-se evidências sobre os graves perigos que eles representam.” (p. 32) “A resistência mundial aos transgênicos alcançou seu ponto mais alto no ano passado, quando a Zâmbia, apesar da ameaça de fome, recusou o milho transgênico que seria enviado como ajuda alimentar.” (p. 32)
“Processos de inclusão social e de democracia participativa, como os tribunais populares, foram organizados na Índia, no Zimbábue e no Brasil, para permitir que os pequenos agricultores e as comunidades rurais marginalizadas pudessem avaliar os riscos e a conveniência dos cultivos transgênicos em relação aos seus próprios critérios e noções de bem-estar.” (p. 33)
“Os resultados mostram que, nos casos em que esses eventos foram promovidos de maneira idônea, confiável e não tendenciosa, os pequenos agricultores e as populações locais recusaram os cultivos transgênicos sob o argumento de que não necessitam deles, que a tecnologia de manipulação genética não está validada e não atende às suas necessidades.” (p. 33)
“Um informe publicado em abril de 2003, pela consultoria Innovest Strategic Value Advisors, situou a empresa Monsanto na mais baixa posição possível, dando a entender que a biotecnologia agrícola é uma indústria de alto risco, na qual os investimentos não são recomendáveis, a menos que o foco seja modificado fora da engenharia genética, sinônimo de transgênicos.” (p. 33)
OS CULTIVOS TRANSGÊNICOS NÃO TROUXERAM OS
BENEFÍCIOS PROMETIDOS
“Milhares de ensaios controlados de soja transgênica registram uma redução importante da produção, de 5% a 10%, chegando em algumas localidades a uma redução entre 12% e 20% comparado à soja não transgênica. Existem relatos de quedas semelhantes no rendimento, ocorridas na Grã-Betanha, com a canola de inverno e a beterraba açucareira transgênicas, em campos experimentais.” (p. 34)
“A soja Roundup Ready (RR) requereu de 2 a 5 vezes mais herbicidas que outros sistemas de controle de ervas daninhas.”(p. 34, 35)
“O custo maior das sementes transgênicas, o aumento da utilização de agrotóxicos, a queda da produtividade, os royalties sobre as sementes e a perda de mercados se somam e representam perda de renda para os agricultores. A primeira análise econômica das lavouras de milho Bt nos Estados Unidos revelou que, entre 1996 e 2001, a perda líquida para os agricultores foi de 92 milhões de dólares, aproximadamente 3,23 dólares por hectare.” (p. 35)
“‘As evidências que apresentamos sugerem que (...) praticamente não se cumpriram nenhum dos benefícios anunciados pelos cultivos transgênicos. Ao contrario, os agricultores relatam menores rendimentos, contínua dependência de agrotóxicos, perda de acesso a mercados e o mais grave, rentabilidade reduzida, tornando a produção de alimentos mais vulnerável aos interesses das empresas de biotecnologia e mais dependente de subsídios. ’” (p. 35, 36)
2. INTENSIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS NO CAMPO
A INSTABILIDADE TRANSGÊNICA
“Há duas grandes causas da instabilidade transgênica. A primeira tem a ver com os mecanismos de defesa e que protegem a integridade do organismo, que “silencia” ou desativam os genes estranhos integrados ao genoma para que esses não se expressem mais.” (p. 38)
“A segunda grande causa de instabilidade tem a ver com a instabilidade ‘estrutural’ das próprias construções transgênicas, sua tendência a fragmentar-se, romper-se no curso nas uniões artificiais fracas e a recombinar-se incorretamente, em geral com outro DNA que esteja próximo.” (p. 38)
“Recentemente descobriu-se outra fonte de instabilidade. Parece existirem certos locais preferenciais para a integração transgênica no DNA genômico, tanto de vegetais quanto de humanos. Esses locais receptivos preferenciais podem ser também ‘sítios de recombinação preferenciais’, com tendência à quebra e à ligação, o que, também, aumentaria a probabilidade de que os transgenes tornassem a se soltar, a recombinar ou a invadir outros genomas.” (p. 38, 39)
STOP PRESS
“Um relatório recentemente publicado revela que o problema associado à integração incontrolável e imprevisível dos transgenes é mais grave do que parece, e que os organismos transgênicos de maneira alguma podem ser equiparados aos observados por melhoramento convencional ou por mutagênese.” (p. 39)
“[...] a maioria das linhagens transgênicas, produzidas por bombardeio de microprojéteis (técnica de biobalística), possui ‘loci complexos de transgênico, compostos de múltiplas cópias de DNA inserido, inteiro,
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