Fichamento - Karl MArx. Um toque de clássicos

QUINTANEIRO, Tânia, BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira, OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro. Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2002. P. 25 à 59.

Karl Marx é considerado como um dos filósofos revolucionários, além de ter sido uma influência para a sociologia, economia e diversas áreas de conhecimento. Marx foi o criador de doutrinas comunistas e criticou bastante o sistema capitalista, sendo considerada umas das teses mais importantes durante a sua abordagem. Marx provocou impactos nos meios intelectuais por causa das suas teses e serviu como inspiração para envolvidos com ações políticas. Ele acreditava que a razão era um instrumento para a construção de uma sociedade mais justa. Marx faz uma análise da vida social através da perspectiva do método dialético, que “estabelecer as leis de mudança que regem os fenômenos, esteja fundada no estudo dos fatos concretos, a fim de expor o movimento do real em seu conjunto” (p. 28). Ele denominou esse método de abordagem da vida social como materialismo histórico, que por meio das suas concepções, “as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações”(p.29).

A produção é algo necessário para os seres humanos, principalmente quando se trata de sobrevivência. Os seres humanos produzem e reproduzem coma finalidade de satisfazer as suas vontades, através desse processo eles interagem com a natureza, se organizam e desenvolvem relações socias. Marx ressalta que o ato de produzir dos seres humanos é acumulativo e desencadeiam novas necessidades, dessa forma surge o consumidor. Ressalta também sobre certas formas de trabalho de linhagens antigas que vão se modificando ao serem passadas de geração para geração, desenvolvendo a divisão do trabalho.

Marx refere-se a produção como uma forma de desenvolvimento social, afirmando que a estrutura de uma sociedade depende das forças produtivas e relações sociais de produção. Forças produtivas refere-se aos instrumentos utilizados e habilidades que contribuem para o desenvolvimento e controle das produções, relações como  apropriação de ferramentas, tecnologia, entre outros. As relações sociais é a forma de organização da produção e distribuição, da posse e tipos de propriedades dos meios de produção. A cooperação é vista como uma relação de produção, uma vez que ela pode desencadear interesses particulares. A divisão social do trabalho expõe modos seguimentos da sociedade, mostrando a desigualdade social presente no trabalho, cada um desses grupos separados socialmente possuem tarefas distintas, e o tipo de divisão social do trabalho corresponde à estrutura de classes da sociedade.

Na concepção de Marx, a estrutura era formada pelo conjunto de forças produtivas e relações sociais de produção, na qual está vinculada com a constituição de instituições sociais e políticas e a superestrutura é desenvolvida por meio de produtos que não possuem a sua forma material, sendo eles ideologias políticas, concepções religiosas, entre outros. Para Marx, a existência das classes sociais estava vinculada a circunstâncias históricas, dessa forma compreende-se que a classe social está relacionada com os meios de produção. E são separados entre “os proprietários ou possuidores dos meios de produção, de outro, os que não os possuem”(p. 39), e segundo Marx “essa polaridade apresenta-se de diferentes maneiras conforme as relações sociais e econômicas de cada formação social.”(p. 39). E através disso, Marx faz sua crítica sobre a propriedade privada e os meios de produção que controlam os seres humanos, gerando consequências como a exploração do proletário.

Marx afirma que as classes sociais possuem um papel fundamental na história da sociedade e destaca que os trabalhadores enfrentaram uma luta constante que desencadeou em transformações revolucionárias, dessa forma considera-se que “a história das sociedades cuja estrutura produtiva baseia-se na apropriação privada dos meios de produção pode ser descrita como a história das lutas de classes.”(p. 41). Essa situação é permanente por causa da existência de uma classe dominante, na qual sustenta-se através da exploração da forma de trabalho dos proletários, e a luta de classes esta relacionada com a mudança social, impulsionando transformações estruturais.

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