Filme Preciosa Resumo

Preciosa, uma História de Esperança.

O filme de Preciosa se passa no ano de 1987 e conta-nos a história de Claireece Preciosa Jones, uma adolescente de 16 anos negra, pobre, obesa e analfabeta que reside no bairro de Harlem, Nova York. E que, como se não bastasse reunir em si própria esta série de atributos, é alvo de violência física e mental por parte da mãe, sofre também abusos sexuais do pai, estando assim grávida de seu segundo filho, ambos fruto do abuso paterno, sua primeira filha é portadora da Síndrome de Down, e que por isso a chamam de Mongo. Além dos abusos acima citados sofrido por Preciosa, ela também foi vítima da negligência dos pais com relação a sua saúde e educação, pois com essa idade a adolescente não sabia ler e escrever e seu primeiro filho, segundo palavras da mesma, nasceu no chão da cozinha enquanto sofria pancadas na cabeça da própria mãe. Vale ressaltar que o filme faz uma menção crítica sutil a diversos preconceitos enraizados na cultura americana, tais como o preconceito contra homossexuais, o qual se revela na fala de Preciosa sobre a crença de sua mãe de que homossexuais são pessoas ruins e também que a AIDS só pode ser transmitida por sexo anal. Após muita luta, dor e impotência, Preciosa começa uma jornada com seus dois filhos contra o vírus do HIV(adquirida pelo seu abusador) que a levará ao mundo de luz, amor e autodeterminação.

Um ponto interessante no texto de (RIZZINI – 2011) e que tem tudo a ver com o filme, é quando fala que:

Os viciosos eram aqueles que já haviam se entregado ao hábito do vício e permaneciam no ócio; recusando-se a observar os ‘termos do bem viver’ na sociedade. Eram avessos ao trabalho, abandonavam os filhos á própria sorte, eram libertinos e arredios aos princípios religiosos. (p. 68)

Esse trecho do texto tem tudo haver com a mãe de preciosa, uma mulher ociosa que vivia o dia inteiro no sofá assistindo televisão e comendo (comida essa feita por Preciosa, que para a mãe dela essa era a única coisa para a qual ela servia). Não procurava emprego, se limitava a viver da renda da Assistência Social, um auxílio desemprego e um benefício para cuidar da filha mais nova de Preciosa que tem síndrome de Down (Mongo).

Podemos comparar também entre o filme e os textos de (RIZZINI – 2011), quanto ao papel do estado quanto à assistência e que explica todo o filme:

A imagem da criança como barro a ser moldado, para o bem ou para o mal, presta-se para justificar a necessidade de investir em sua educação. O canal de entrada é a família, porém logo se investe na criação de instituições capazes de fragmentar o poder atribuído a família. A escola ocupará um papel fundamental neste sentido, já no século XVI. Outras instituições e medidas de intervenção mais claramente coercitivas surgirão para lidar com as famílias pobres, cuja relação com a Igreja e o Estado se dava em outras bases, ou seja, de submissão pela dependência ou pela força. (p.98)

Isso quer dizer que, o local onde uma criança é educada e por quem é feita todo esse processo de construção da sua educação influencia em seu resultado, ou seja, Preciosa uma criança violentada pelo pai desde os três anos de idade e abusada física e mentalmente pela mãe em um ambiente totalmente hostil, que devido