Filosofia Aplicada
Artigo: Filosofia Aplicada. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: felijulu • 25/11/2013 • 8.678 Palavras (35 Páginas) • 342 Visualizações
Em filosofia, o mundo é tudo que constitui a realidade. Embora esclarecer o conceito de mundo tenha sempre sido uma das tarefas básicas da filosofia ocidental, este tema parece ter sido levantado explicitamente somente no século XX, e desde então, tem estado sujeito a debate contínuo. A questão sobre o mundo ainda não foi respondida.
Realidade (do latim realistas, isto é, “coisa”) significa em uso comum “tudo que existe”. Em seu sentido mais livre, o termo inclui tudo que é, seja, ou não perceptível, acessível ou entendido pela ciência, filosófica ou qualquer outro sistema de análise. .
O real é tido como aquilo que existe fora da mente, ou dentro dela também, a ilusão e a imaginação, embora não esteja expressa na realidade tangível extra-mentis, existem ontologicamente, ou seja, intra- mentis. No senso comum, realidade significa o ajuste entre a imagem e o a ideia da coisa, entre a verdade e verossimilhança. O problema da realidade é a matéria presente em todas as ciências e, com particular importância, nas ciências de estudos que têm como objeto o estudo do próprio homem: a antropologia cultural e todas as coisas que nela estão implicadas, a filosofia, a psicologia, a semiologia e muitas outras.
Na interpretação ou representação do real (verdade subjetiva ou crenças), a realidade está sujeita ao campo das escolhas, isto é, determinamos parte do que consideramos ser um fato, ou uma possibilidade, algo adquirido a partir dos sentidos de conhecimento adquirido. Desta forma, a construção das coisas e as nossas relações dependem de um intricado contexto, que ao longo da existência cria a lente entre a aprendizagem e o desejo, o que vamos aceitar como real. Portanto, a realidade é constituída pelo sujeito cognoscente, ela não é dada pronta para ser descoberta.
A verdade (subjetiva) pode, às vezes, estar perto da realidade, mas depende das situações, contextos, das premissas, de pensamento, tende criar dúvidas reflexivas. Às vezes, aquilo o que observamos está preso a escolhas que são mais um conjunto de normas do que evidências. .
O ser humano tem, individualmente e como espécie, a capacidade de romper com boa parte do passado, questionar o presente e criar a novidade futura. Ele apresenta também reflexos e instintos vinculados a estruturas biológicas hereditárias próprias da espécie humana. Podemos destacar, no entanto, é que o ser humano não nasce pronto pelas “mãos da natureza”, a vida de cada indivíduo depende do parto de si mesmo, num processo permanente de “nascer sem parar”. .
A filosofia, as ciências humanas e sociais possuem uma visão bastante particular do ser humano como ser social cultural e histórico. O ser humano possui como características a capacidade de aprender, inventar, perceber, interpretar e comunicar o que percebeu, além de transformar a si mesmo e o que está ao seu redor, ocorrendo uma síntese de características hereditárias, adquiridas, aspectos individuais e sociais. .
Os seres humanos não conseguem viver isoladamente. No decorrer de nossas vidas, vamos desenvolvendo uma série de habilidades para relacionar com o mundo que nos cerca. Assim, formamos o nosso jeito de ser, nos desenvolvemos intelectualmente e aprendemos a conviver com outras pessoas. A “descoberta “do mundo externo começa na família, pois, é o primeiro grupo do qual cada um de nós participa”“. Depois vem a escola, esses dois grupos sociais influenciam bastante em nossas vidas. .
As relações entre as pessoas, entre os grupos sociais e as próprias pessoas e grupos formam uma sociedade. Esse conjunto de pessoas e grupos sociais está sujeito a normas e regras, que podem estar escritas ou não. As normas e regras compõem a cultura de uma sociedade, mas a muitos outros elementos formadores da cultura: as crenças, a música, as artes, a culinária, a forma de transmitir conhecimento, entre outros. Tudo isso está presente no espaço geográfico e as características desse espaço dependem das características culturais de uma determinada sociedade. .
A vida social ajuda as pessoas a se relacionar melhor, adquirindo novos conhecimentos, é uma forma de troca de experiências. No mundo de hoje é muito comum ver pessoas deprimidas, sem interesse por nada. O convívio em sociedade nos traz muitos benefícios, a vida na sociedade nos ajuda a ter um objetivo, e nunca se sentir sozinho, nos faz sairmos de casa nos relacionando com outras pessoas que muitas vezes buscam ou lutam por algo em comum. .
A vida na social nos permite fazer parte do mundo, sendo através dela que nós seres humanos aprendemos a conviver com regras impostas pela sociedade e respeitá-la para uma convivência tranquila com as pessoas que fazem parte dessa sociedade.
Desde a antiguidade grega os filósofos possuíam a preocupação com o conhecimento e com a investigação sobre as condições do conhecimento verdadeiro, isto é, a chamada teoria do conhecimento. Cada teoria do conhecimento constitui uma reflexão filosófica para compreender as origens, possibilidades, fundamentos, extensão e valor do conhecimento. E existem inúmeras vertentes filosóficas que procuram entender tais questões. O realismo acredita que as percepções que temos dos objetos são reais, isto é, correspondem de fato às características presentes na realidade. Já para os idealistas, a percepção da realidade é constituída pelas nossas ideias, pela nossa consciência.
O ceticismo e o dogmatismo são duas correntes opostas na filosofia a respeito das possibilidades do conhecimento humano. O ceticismo diagnostica a impossibilidade de conhecermos a verdade, já o dogmatismo defende de forma categórica a possibilidade de atingirmos a verdade. O criticismo é uma tentativa de superação do impasse entre o ceticismo e o dogmatismo. Trata-se de uma posição crítica diante da possibilidade de conhecer. .
Outro problema central da teoria do conhecimento é de onde se originam as ideias, os conceitos, as representações. E neste sentido, se destacam as seguintes correntes filosóficas: o empirismo, o racionalismo, o apriorismo kantiano. O empirismo defende todas as nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, paladar, tato e olfato). O racionalismo afirma que a experiência sensorial é uma fonte de erros sobre a realidade
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