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Fundamentos Do Serviço Social

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Por:   •  4/4/2014  •  3.152 Palavras (13 Páginas)  •  380 Visualizações

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As transformações econômicas e sócias do Brasil têm vinculo direto com a ação da doutrina da igreja católica, foram os cristãos que fundaram as primeiras escolas de Serviço Social, alunos buscavam o preparo para o exercício remunerado e a gratificação pessoal. Propunha-se uma atuação com enfoque ao estudo das causas da Questão Social, revolucionando o sistema e seguindo a metodologia de trabalho americano, introduzindo ao estudo todos os elementos relevantes a comunidade.

Os primeiros passos para o movimento de reconceituação foram movidos pelos impactos das teorias e tentativas de prática desenvolvimentista. Reconhecia que sua teoria era frágil quanto à compreensão da dinâmica social, das relações de classe, dos grupos sociais, das instituições. Do ponto de vista metodológico, grande ênfase ao desenvolvimento de comunidade difundido amplamente, pela ONU e OEA (décadas de 50, 60 e início de 70) através de assistência técnica a projetos, cursos, seminários e alcance de ampla literatura. As escolas de Serviço Social passaram a incluir nos currículos o ensino ao desenvolvimento de comunidade. Grandes projetos foram implantados com apoios de instituições públicas (SUDENE, SUDAM, SUDESUL) e por iniciativa da igreja católica.O processo de implantação da política de em países como a América Latina revelou uma realidade subdesenvolvida: baixo índice de renda da população, ausência de infra-estruturas de saneamento, alto índice de analfabetismo, baixo nível de saúde e de escolaridade. Esses já não eram assuntos apenas de economistas e sociólogos, mas também para técnicos do Serviço Social e para a população em geral.Penetração do marxismo nas universidades e cotidiano de trabalho bem como a liberdade. Resultou ao Serviço Social, um recuo quanto à filosofia do desenvolvimentismo, novas e mais profundas indagações, criticas ao Serviço Social tradicional e demanda de novas ideologias segundo (FALEIROS; 2004).

No Brasil encontro regional de escolas de Serviço Social do nordeste (1964) é considerado a primeira manifestação grupal de crítica ao Serviço Social tradicional e ensaio de reconceituação (docentes e profissionais posicionam os métodos de intervenção face à realidade subdesenvolvida do nordeste). Dando ênfase à crítica quanto ao aspecto economicista e adota o processo de conscientização na linha de liberação do oprimido. A perspectiva modernizadora constitui a primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social no Brasil. Ela se desdobra nos eventos de Araxá (19-26/03/1967) e Teresópolis (10-17/01/1970). Esses dois documentos podem ser considerados a tentativa de adequar o Serviço Social às tendências políticas que a ditadura tornou dominante e que não se punha como objeto de questionamento pelos protagonistas que concorriam à sua elaboração. Encontro de Araxá em MG (1967) reunindo 38 Assistentes sociais docentes e não-docentes promovido pelo centro brasileiro de cooperação e intercâmbio de serviços sociais (CBISS). Tendo como objetivo repensar em maior profundidade a teoria básica do Serviço Social e sua metodologia. O Serviço Social se caracteriza pela ação junto aos indivíduos com desajustamentos familiares e sociais que decorrem muitas vezes de estruturais sociais inadequadas. Compreendendo que este tipo de ação tem dimensões corretivas e promocionais, ressaltando que promover é capacitar. É da perspectiva da globalidade que flui a reflexão que em Araxá vai conduzir a adequação da metodologia do Serviço Social que vão se efetivar em dois níveis o micro e o macro. No micro é essencialmente operacional, o macro compreende as funções do Serviço Social ao nível da política e do planejamento para o desenvolvimento da infra-estrutura social. O documento entende-se a estrutura social como facilidades básicas, programas de saúde, educação, habitação, serviços sociais fundamentais. Algo significativo é a vontade da profissão onde os Assistentes sociais não sejam mais meros executores das políticas sociais, sejam capazes, sobretudo de formulá-las e geri-las. Sete encontros foram realizados para discuti-lo, dando origem ao próximo encontro que foi o de Teresópolis (1970) sobre metodologia com repercussão em toda América Latina. Oferece uma metodologia do Serviço Social voltada para a prática profissional do Serviço Social e que se desenvolva com um nível mínimo de cientificidade. Ele aborda uma determinação de um método profissional que defende ser um método científico. A redefinição do papel do Assistente social ao situá-lo como um funcionário do desenvolvimento, Teresópolis propõe a redução quanto à própria condição funcionária do profissional, ele é investido de um estatuto básico de execução, com a conseqüente valorização da ação prática-imediata. Oito anos depois (1978) realizou-se o encontro de Sumaré (RJ), objetivando a cientificidade do Serviço Social. Este encontro registra o deslocamento da perspectiva modernizadora da arena central do debate e da polêmica e a disputar seus espaços e hegemonia com ressonância nos foros de discussão, organização e divulgação da categoria profissional. O desafio que ficou foi de discutir a construção do objeto do Serviço Social mediante um enfoque dialético que incorpore uma dupla perspectiva: a da ciência e a dos modos de produção das formações sociais e das conjunturas políticas. O I Seminário Latino Americano de SS (1965) em Porto Alegre é marcado pela linha do movimento de ruptura com o tradicionalismo. A transição de 60 para 70 foi uma forte critica ao Serviço Social tradicional de pratica empirista, paliativa e burocrática. Visava enfrentar as tendências psicossociais da Questão Social, na raiz da crise do desenvolvimentismo capitalista que gerou mobilização das classes subalternas em defesa de seus interesses. A ruptura com o Serviço Social tradicional expressa rompimentos das amarras imperialistas, de luta pela libertação nacional e de transformação da estrutura capitalista, concentradora, explorada. A ruptura com a herança conservadora expressas como uma luta por alcançar novas bases de legitimação da ação profissional, e de colocar-se a serviço dos interesses dos usuários. E tem como pré-requisito que o Assistente social aprofunde a compreensão das implicações políticas de sua pratica profissional, polarizada pela luta de classes. Essa interação entre o aprofundamento teórico rigoroso e a pratica renovada, politicamente definida, constitui elemento decisivo para superar o voluntarismo, a prática rotineira e burocrática, as tendências empiristas, o alheamento do modo de vida do povo e o desconhecimento do saber popular. (IAMAMOTO; 1995).

Autores identificam cinco enfoques diferentes no movimento de reconceituação: Científico, técnico-metodológico,

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