Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social III
Trabalho Universitário: Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social III. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AlineMix • 10/11/2013 • 4.046 Palavras (17 Páginas) • 947 Visualizações
Serviço Social
4ª Série
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social III
Introdução
O campo de atuação do Assistente Social é um campo vasto, complexo e abrangente. Para atuar de forma eficaz, o Assistente Social precisa ter um grande conhecimento principalmente no que se refere à origem do Serviço Social. A Filantropia, o assistencialismo, faz parte da origem do Serviço Social, por isso há necessidade de se conhecer essas áreas e também relacioná-las ao Serviço Social, para perceber então suas igualdades e diferenças. É importante ainda conhecer as áreas de atuação do Assistente Social e a abrangência dessa atuação, incluindo assim, seus desafios, público alvo e demandas. O Serviço Social tem tido um reconhecimento muito grande, já que tem se percebido a importância do trabalho desse profissional. Veremos, inclusive no decorrer desse trabalho, que a cada dia o campo de abrangência desse profissional tem se ampliado, mostrando como é imprescindível o trabalho do Assistente Social na orientação das pessoas em busca de seus devidos direitos.
A importância do Serviço Social nos dias de hoje
O trabalho do Assistente Social tem o objetivo de esclarecer as dimensões do Serviço Social enfatizando a visão do profissional e sua ação interventiva e as concepções acerca das bases teóricas que norteiam a profissão, identifica ainda, o contexto geral das práticas assistenciais tendo como base principal o perfil pedagógico da ajuda ligado às ações e a pedagogia da participação e a prática do profissional como um projeto emancipatório. A origem dos direitos humanos remonta aos primórdios da civilização humana onde se constata que muitos princípios da convivência de justiça e a própria ideia de dignidade da pessoa humana aparecem em circunstâncias diversas no definir da história da humanidade, coincidindo entre povos separados. O Serviço Social buscou se configurar como uma profissão que agisse de forma integral. Grandes foram as dificuldades, pois nascera do berço da caridade e filantropia e para se desfazer desses conceitos foi um alto preço para mudanças, ruptura e consolidação de uma verdadeira profissão aos olhos da sociedade. As tendências da função pedagógica do Assistente Social no contexto brasileiro na década de 90 são admitidas com transformações sociais que implicam em redefinições e reposicionamentos das práticas sociais. Ainda o surgimento de novas atividades concorda, portanto, com o ponto de vista de que as rápidas e intensas transformações sócias etárias constituem solo privilegiado para o processamento das alterações profissionais. Atualmente a possibilidade de construção de um princípio educativo pelas classes subalterna na perspectiva da emancipação humana pode ser repensada a partir das condições históricas que levaram ao esgotamento do padrão fordista. Tem-se então uma nova configuração do capitalismo mundial, com novos mecanismos que comandam seu desempenho e sua regulação. Tal movimento corresponde a uma globalização do processo de internacionalização do capital em que a integração internacional de mercados financeiros resultantes da liberalização e desregulamentação da economia de forma seletiva que abrange um conjunto de regiões do mundo onde há recursos e mercados.
O desafio fundamental do Serviço Social é a possibilidade de mudanças inerentes à categoria e ainda a possível transformação do real por meio da instrumentalidade. Não obstante, enfatizamos a atuação do Assistente Social na contemporaneidade pautado em seu código de ética e projeto ético político, a partir do movimento de reconceituação, superando a visão unilateral que havia sobre a profissão. É neste terreno de contradições que os Assistentes Sociais pautados neste projeto e sem abrir mão da crítica, fazem de seu cotidiano um agir comprometido com a universalização do acesso aos direitos, enfocando a legitimação social da profissão. Contudo, é na defesa da efetivação dos direitos que os Assistentes Sociais são capazes de criar caminhos estratégicos, visando à construção de vias de igualdade, tendo claro que no modo de produção capitalista a cidadania aparece de forma camuflada e contestadora. Haja vista que a verdadeira cidadania está atrelada à universalização do acesso, equidade, justiça social e políticas sociais como direito. Para Vasconcelos (2002): A questão decisiva que se coloca para os Assistentes Sociais, diante da complexidade da realidade, é conhecer sob quais condições o Serviço Social tem possibilidade de contribuir na construção de formas de acesso aos recursos e informações sociais e culturais tendo em vista uma nova forma de produção e reprodução social. Para que isso se torne possível, os assistentes sociais terão de avançar para além das medidas paliativas e/ou imediatas, destinadas somente a “quebrar galho”, fazer remendos, solucionar momentaneamente o que não tem solução: a “questão social”, produto da economia capitalista (p. 518). Assim, cabe mencionar que os Assistentes Sociais são desafiados a tornar este projeto como um guia efetivo para a condução das ações profissionais. Para tanto, se faz necessário articular as dimensões organizativas, acadêmicas e legais que lhe atribuem sustentação com a realidade do exercício profissional cotidiano.
Relação da filantropia com o Serviço Social
Filantropia: é uma ação continuada de doar dinheiro ou bens a favor de Instituições ou pessoas que desenvolvem atividades de grande mérito social. A filantropia é uma das principais fontes de financiamento para as causas humanitárias, culturais e religiosas. Ela é encarada por muitos como forma de ajudar e guiar o desenvolvimento e a mudança social, sem recorrer à intervenção estatal, muitas vezes contribuindo por essa via para contrariar ou corrigir as más políticas públicas em matéria social e cultural.
Na área de filantropia o Serviço Social atua na elaboração, desenvolvimento e acompanhamento dos projetos sociais e filantrópicos, destinados a prover um mínimo social àqueles que sequer dispõem do básico para uma sobrevivência digna. Atende todos aqueles que por motivos diferenciados necessitam de um amparo e também às comunidades beneficiadas por projetos. Sua relação com o Serviço Social se baseia no fato de que o Assistente Social tem que estar preparado para executar serviços sociais e programas institucionais e orientar e encaminhar os cidadãos aos seus direitos e benefícios.
Na história do Brasil, as ações filantrópicas sempre estiveram ligadas à concepção
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