Fundamentos das Ciências Sociais
Por: Ana Amaral • 1/7/2017 • Trabalho acadêmico • 618 Palavras (3 Páginas) • 213 Visualizações
Exercício 1 – Fundamentos das Ciências Sociais
Ana Flávia Villela (10315685)
Ana Sofia Perez do Amaral (10316453)
Catarina Moreira (10317461)
Milena Fernandes Vucovic (9776812)
Vanessa Reis Giusti (10432088)
Turma 02
1. Trata-se do surgimento da sociologia em meio à "crise social" instalada pelas mudanças políticas, econômicas e sociais advindas da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. A sociologia surge com o objetivo de reestabelecer a ordem e explicar as novas situações sociais criadas pelo novo sistema vigente: o capitalismo. Este estudo da sociedade tem uma origem mais conservadora e seus principais fundadores acreditavam na orientação a partir de leis imutáveis da vida social. Com novos conceitos, técnicas e métodos de investigação, a sociologia evitava considerações críticas, valorizando instituições como a autoridade, a família e a hierarquia social e buscando sua restauração para alcançar a estabilidade.
2. Os clássicos da sociologia são Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Todos os pensadores tem como objeto de estudo a sociedade porém eles divergem quanto à orientação, métodos e teorias. Karl Marx era o pensador mais revolucionário, principal crítico do capitalismo e suas contradições. Para ele as sociedades encontram-se em constantes transformações, sendo as lutas sociais seu principal instrumento e o capitalismo apenas uma transição. Utiliza o método dialético e desenvolve o saber militante já que afirma que os capitalistas tentam manter a ordem dominando os trabalhadores, que devem inverter tal situação para superar a exploração.
Por outro lado Émile Durkheim, influenciado pelo positivismo, acredita que a ordem social deve ser reestabelecida a partir de um conjunto regras, instituições e normas morais. Ele vê a divisão do trabalho como condição fundamental para a existência da sociedade, já que promove a união e o sentimento de solidariedade entre os homens. O pensador possui uma visão otimista da sociedade, sendo essa maior que o sujeito. Ele busca estabelecer um método científico para o estudo da sociedade baseado no utilizado pelas ciências naturais, contribuindo para o reconhecimento acadêmico da sociologia.
Em desacordo ao funcionamento harmonioso defendido por Durkheim e à crítica revolucionária de Marx, Max Weber acredita na observação e análise dos fenômenos sociais. Visando desenvolver uma orientação compreensiva do fato humano, ele preocupa-se em sistematizar os ensinamentos obtidos e entender o sentido das ações humanas. Weber evitava a generalização e produzia "tipos ideais", principais instrumentos metodológicos de sua investigação, baseando-se em experiências na história da sociedade.
3. O desenvolvimento da sociologia foi caracterizado pela consolidação do capitalismo, inovações tecnológicas, guerras, crises e outros acontecimentos históricos que causaram a divisão dos pensadores em duas frentes: a sociologia funcional versus a sociologia crítica. A domesticação e burocratização do sociólogo ocorreu principalmente após a Segunda Guerra Mundial, que interrompeu a continuidade dos trabalhos sociais e do intercâmbio de informações entre pensadores de diferentes nacionalidade. Muitos intelectuais sofreram perseguições após a instauração de regimes totalitaristas que impediam manifestações críticas. Nesse contexto, surgem grandes empresas, organismos internacionais e o próprio Estado dispostos a financiar sociólogos que dessem uma base intelectual para a conservação da nova ordem e de seu poder de dominação. As ciências sociais, de modo geral, passaram a ser utilizadas para a manutenção das estruturas econômicas, políticas e culturais do capitalismo moderno. Presos à técnica de controle social, os profissionais perderam a possibilidade de produzir um conhecimento crítico e criativo. Aqueles que não se submeteram à dominação das organizações, principalmente os influenciados pelo socialismo, continuaram suas pesquisas porém perderam o prestígio no meio acadêmico e o reconhecimento dos institutos de pesquisa. Por sua vez, a superação de crises econômicas, o progresso no campo tecnológico, como a utilização do petróleo e da eletricidade como fontes de energia, favoreceu um clima de esperança em torno do progresso econômico, abrindo mais espaço para a expansão econômica e militar das grandes potências capitalistas e a sucessiva domesticação da sociologia.
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