Fusões e aquisições e a formação de monopólios e oligopólios
Por: gutooo7 • 4/5/2018 • Trabalho acadêmico • 857 Palavras (4 Páginas) • 278 Visualizações
Fusões e aquisições e a formação de monopólios e oligopólios.
Nome: Augusto Cesar Silva de Matos
R.A.: 12.214.530-3
Turma: 020
2017
Fusões e aquisições e a formação de monopólios e oligopólios.
Resumo: Analisando o contexto da atual economia mundial, e as consequências de um mercado inteiramente globalizado, iremos dissertar acerca dos monopólios e oligopólios formados a partir de fusões e aquisições de empresas, onde tais ações concentram uma enorme quantidade de capital por trás de poucos fornecedores de muitos produtos, que estão conseguindo subjugar a livre concorrência de mercado.
Palavras-chave: monopólio, oligopólio, fusões e aquisições, empresas.
Introdução
Com a chegada do mundo globalizado, a internacionalização de produtos e a facilidade de se percorrer informações ao redor do globo trazem cada vez mais, a formação de grandes grupos empresariais por meio de fusões corporativas ou a total aquisição, tanto de concorrentes, como de empresas de outros ramos de atividades, gerando monopólios e oligopólios ao redor do globo. A era da globalização trouxe novos ares aos grandes empreendedores, facilitando a entrada de seu capital, produtos e de seu modelo de negócio em mercados estrangeiros.
A ampliação completamente desigual da divisão de mercado em certos ramos de atividades está completamente explícita, ainda mais em países onde não há uma regulamentação à cerca do tema.
O presente trabalho se dividirá na análise da aquisição do grupo ZF Lenksysteme por parte do grupo Bosch – vale ressaltar que essa aquisição se deu em paralelo à compra da TRW por parte da ZF. Essas aquisições formaram um grupo composto pelos três maiores fornecedores mundiais de componentes automotivos (Bosch, ZF e TRW, respectivamente).
Discussão do tema
A notícia da aquisição da fusão da TRW junto a ZF foi dada, somente um dia após o grupo Bosch anunciar publicamente a oferta para aquisição completa da ZF. Isso poderia gerar inúmeros questionamentos acerca dos bastidores de tais negociações, sendo anunciadas publicamente com intervalos de somente um dia. Não para as autoridades da lei ‘antitrust’ – lei que se destina a identificar e punir as práticas comerciais, financeiras ou industriais anticompetitivas (companhias usando seu poder de mercado para a formação de cartéis, monopólios e similares) – que após análises de diversos países, aprovaram tanto a fusão dos segundo e terceiro maiores fornecedores de componentes automotivos de ‘direção e transmissão’, quanto a compra do mesmo pelo então líder de mercado no fornecimento de componentes automotivos relacionados a ‘power train’ – sistema que faz um carro ‘se mover’.
Transformando o parágrafo acima em números, em 2014, somente o Grupo Bosch teve um faturamento próximo a casa € 49 bilhões, ano em que somados os faturamentos da ZF e TRW chegaram à casa dos € 30 bilhões.
Grandes fusões como essas, trazem ganhos enormes tanto no desenvolvimento de novas tecnologias, como na qualidade e confiabilidade de seus produtos juntos aos seus clientes (neste caso, sendo os principais as montadoras de veículos), por unificarem sob os mesmos objetivos, aprendizados e descobertas o que até então, era tratado em segredo industrial uma das outras.
Em um primeiro momento, chegamos à análise que a fusão entre grandes conglomerados impulsiona a inovação e o desenvolvimento tecnológico em sua primeira instância. Porém ao analisarmos isso com um olhar estratégico, - visando daqui 20 anos - corremos um perigo enorme de entrar em uma gigantesca estagnação na sociedade – a troca da inovação e da busca de novos produtos e tecnologias em prol da maximização total dos lucros – graças à formação de monopólios no mercado, tornando as decisões mais impactantes no futuro da sociedade e do desenvolvimento econômico, unilaterais.
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