Gestão contemporânea de negócios: dimensões para análise das práticas gerenciais à luz da aprendizagem
Por: lefelizardo • 4/5/2015 • Resenha • 1.434 Palavras (6 Páginas) • 177 Visualizações
Gestão contemporânea de negócios: dimensões para análise das práticas gerenciais à luz da aprendizagem e da participação organizacional
Introdução
As práticas burocráticas, ainda que muito comuns tem dificultado o gerenciamento, por não mais conseguirem acompanhar a complexidade crescente das atividades coletivas e das mudanças ambientais.
Como reflexo das exigências impostas por esses agentes, às denominadas novas tecnologias de gestão têm sido adotadas pelas organizações contemporâneas.
Quando um sistema organizacional é considerado o fator de participação, o mesmo é valorizado, pois permite que as pessoas obtenham mais conhecimento e comprometimento nos assuntos e questões fundamentais ou estratégicas.
Estratégias participativas acentuaram-se nos tempos modernos, como formas eficientes para a administração dos conflitos e aumento dos índices de produção e produtividade.
Fundamentos da aprendizagem organizacional
O conceito de aprendizagem organizacional está baseado em mudanças, novos valores e forma de entender as pessoas e as organizações.
Algumas se destacam na literatura especializada, aquelas relacionadas a alterações do comportamento dos indivíduos ou grupo.
Dibella e Nevis (1999) - Atividade organizacional é um termo empregado para descrever certos tipos de atividades que possam ocorrer em qualquer etapa, tratasse de um processo social que fica acessível a todos que trabalham juntos, assim aprendem na experiência coletiva.
E há diferenças entre as terminologias relacionadas aos conceitos de organizações e aprendizagem e de aprendizagem organizacional, como aceito para Smith et al. (1999).
As duas formas conceituadas aparecem na literatura. Aprendizagem organizacional está ligada ao processo de gestão, enquanto a outra está mais voltada ao seu resultado.
Para Kim (1993), maior aprendizagem organizacional corresponde a maiores índices de sucesso na realização de novas ações com menor resistência pelos indivíduos.
McGill e Slocum (1993) complementam que uma organização que aprende nunca é um produto final, mas um processo contínuo de transformações correntes.
Eles também consideram que há uma diferença entre treinar e aprender:
Treinar- Disponibilizar informações as pessoas e as encorajar a usá-las.
Aprender- Estimular as pessoas a pensar e descobrir coisas por conta própria e tentar novos comportamentos, mesmo sujeito ao erro.
Grant (1996) e Sange (1990), afirmam que o ponto essencial para o aumento da capacidade produtiva e operacional de uma organização é a integração do conhecimento.
Sobre o assunto, Nonaka e Takeuchi (1997), consideram que inventar novos conhecimentos é uma maneira de se comportar, um modo de ser.
A socialização do conhecimento assume um papel de destaque, pois viabiliza a efetivação dos fluxos horizontais do conhecimento.
Huber (1991), Argyris e schon (1978), organizações de aprendizagem são capacitadas a adquirir, criar, transferir e aplicar conhecimento. Uma organização aprende quando qualquer um adquire e retém o conhecimento.
McLagan (2000), torna os colaboradores corresponsáveis pela implementação das estratégias da organização, o que implica a melhoria continua da qualidade das decisões.
McGiil e Slocum (1993), diz que não há fronteiras entre a gerencia e os outros trabalhadores, quando a finalidade é alcançar e manter a aprendizagem organizacional.
Estudos como os de terra (2000), Nonaka e Takeuchi (1997), falam que as atividades desenvolvidas de forma coletiva, com equipes multifuncionais facilitam os contatos interpessoais, representam aprendizagem organizacional.
Leal filho (2002), constata que a participação dos colaboradores nos processos decisórios que trabalho permite o envolvimento e o comprometimento sobre as questões estratégicas, além de facilitar o intercâmbio de informações e de conhecimento.
A partir dessas referencias, pode-se inferir que a participação e a aprendizagem organizacional, estão ligadas as atividades cotidianas desenvolvidas pelas pessoas nas organizações.
O papel da participação na gestão empresarial
Segundo Bobbio (1992), Participação representa um conjunto de regras e procedimentos para tomada de decisões coletivas. A participação é uma alternativa para o alcance de vantagens competitivas. A parte efetiva de uma importante influencia na redução de custos, na melhoria dos serviços prestados, no aumento da produção criativa, etc.
Motta (1993) distingue a participação em cinco tópicos de concepção, são elas: Econômica, Social, Política, Organizacional e Psicológica.
Na concepção Econômica, participação proporciona maior eficácia gerencial.
Concepção Social, ira melhorar a distribuição dos benefícios do trabalho.
Concepção Política pode gerar melhor distribuição de poder.
Concepção Psicológica tende a promover maior satisfação das aspirações individuais.
Na Organizacional o foco esta na interação e no compartilhamento dos valores.
A participação Organizacional pode se transformar em um instrumento de reforça a habilidade política para influenciar pessoas e garantir um direcionamento favorável à organização.
Dimensões para análise das práticas gerenciais
Tais dimensões foram identificadas a luz da gestão participativa e da aprendizagem organizacional e contemplam as ações, compartilhadas pelos indivíduos no exercício de suas atividades de trabalho, que podem influenciar, direta ou indiretamente, no alcance do sucesso dos negócios.
A autonomia é uma dimensão que esta voltada a pessoas ou a equipes, representa condições e poderes delegados para gerenciar as atividades diárias e tomar decisões de forma independente e isenta, dentro das características e do perfil das pessoas e dos grupos.
Outra dimensão diz respeito à diversidade de pessoas e grupos que participam nos processos decisórios e de trabalho, sejam eles de diferentes níveis e de diferentes áreas de atuação.
A flexibilidade representa estruturas modificáveis e adaptáveis às mudanças.
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