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Governar as metrópoles: Questões, desafios e limitações para a constituição de novos territórios políticos

Por:   •  8/8/2018  •  Resenha  •  812 Palavras (4 Páginas)  •  120 Visualizações

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Roberta Hassum - RA: 21028013 Política Metropolitana

Resenha - Governar as metrópoles: questões, desafios e limitações para a constituição de novos territórios políticos

Christian Lefèvre

O artigo discorre sobre o ressurgimento das grandes cidades, o papel destas no desenvolvimento e fortalecimento do capitalismo, bem com o papel fundamental das metrópoles nesse processo, uma vez que se tornaram lugares estratégicos na produção de riquezas e do desenvolvimento econômico. Porém, o maior desafio que se apresenta ao se analisar essa perspectiva é compreender as vicissitudes e problemáticas que dificultam que esses pólos urbanos se convertam em territórios políticos, caráter necessário à sua governabilidade plena.

Para compreender tais problemas se faz necessário analisar pormenorizadamente os comportamentos dos principais atores das metrópoles, ou seja, os Estados, as coletividades locais e a sociedade civil. Isso tudo decorre de diversos fatores, dentre eles inclusive o temor da perda de poder político sentido pelo Estado frente às coletividades locais. Aliado a isso estão fatores como legislação e dinâmicas territoriais que estimulam a descentralização.

De modo a exemplificar a engessada e morosa evolução das legislações e medidas favoráveis às metrópoles e aglomerações o autor se vale da ação europeia frente ao tema. Indica processos e até mesmo leis de criação de cidades metropolitanas que jamais foram executadas e a total apatia do Estado no que tange à sua atualização. Essa, na realidade, é a situação de todos os continentes do planeta.

O Estado, segundo Lefévre, não se apressa em dar uma base política, administrativa e financeira às metrópoles porque se desinteressa por estes territórios, mas justamente por estar muito presente e por quase sempre vê-los como contrapoderes potenciais à sua autoridade sobre o território nacional.

O desenvolvimento da democracia local se faz premente, e pode ser entendido como todas as formas de intervenção direta dos habitantes nas questões políticas locais. Ele permite, por exemplo, políticas públicas mais eficazes e a criação de uma sociedade política local mais forte e a luta contra o mal-estar democrático ao aproximar eleitos e habitantes.

Podemos considerar que a democracia local desenvolveu-se principalmente por meio do estabelecimento das instituições inframunicipais e dos dispositivos de participação da população. Concluindo, pode-se depreender que a composição dos regimes

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