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História Do Pensamento Econômico

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Por:   •  22/8/2013  •  1.367 Palavras (6 Páginas)  •  529 Visualizações

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1- Introdução

Com a recente crise econômica mundial, o debate sobre maior intervenção do Estado na economia voltou à “ordem do dia”. A teoria econômica de John Maynard Keynes foi novamente trazida ao centro das discussões por importantes economistas do chamado Novo Consenso Macroeconômico, dentre eles, Mankiw (2008) e Krugman (2009).

Nesse particular, duas questões surgem: Como Keynes apreendeu a realidade humana e social a ponto de teorizar sobre a importância da intervenção estatal para o alcance de uma dinâmica estável do sistema capitalista? Como Keynes concebia a administração da política econômica, isto é – a atuação econômica estatal – para que o sistema econômico incorresse em uma trajetória estável?

A teoria econômica deve-se preocupar em estabelecer sua epistemologia, de forma a considerar as possibilidades ontológicas do homem, não somente para consigo, mas para com o todo no qual emergem suas ações. As políticas econômicas keynesianas são fundamentais para mitigar as crises do sistema capitalista, caracterizadas pela insuficiência de demanda efetiva. Em suma, as políticas econômicas devem servir como mantenedoras e incentivadoras das expectativas dos empresários, balizando suas esperanças sobre a demanda efetiva por seu produto e fornecendo-lhes peso aos seus argumentos, a fim de lhes oferecer melhores estados de confiança sobre o tempo futuro no qual suas decisões se efetivam.

2.1- A unidade orgânica

A unidade orgânica é caracterizada pelo fato de o indivíduo não formar suas convenções e valores apenas baseado em sua razão, mas relacionando-a tanto com as partes quanto com o todo ao qual ele está inserido. Para Keynes a principal relação orgânica ocorre entre o empresário (ou investidor) e a sociedade. Na medida em que o empresário detém a capacidade de empregar recursos monetários em bens de capital, máquinas, e equipamentos, será ela a responsável pelo emprego dos demais indivíduos, criando renda e ampliando a riqueza social. Contudo, a unidade orgânica implica que o lucro monetário do empresário dependerá do comportamento dos outros agentes, especificamente, da demanda efetiva social pela sua oferta individual.

Diferentemente do que apregoa a Lei de Say, a demanda efetiva correspondente ao pleno emprego somente acontecerá por “acidente ou desígnio”.

As decisões de ação dos agentes, a todo instante, construirão trajetórias histórico-institucionais para a sociedade e, não obstante, resultarão em contextos não plenamente cognoscíveis. A ergodicidade não é aplicável à ciência econômica, pois um de seus objetos centrais, o homem, não é uma medida invariável como os objetos das ciências naturais, mas uma medida variável. Keynes considera a ciência econômica como uma ciência moral por crer que o homem é o agente social e criativo.

2.2- A teoria da probabilidade e a filosofia da prática

A tomada de decisão do indivíduo é, segundo a teoria da probabilidade de Keynes, resultado de um processo de duas etapas. A primeira diz respeito ao conjunto de informações que um indivíduo elenca e apreende imediata ou diretamente, denominada, premissas. A segunda etapa, subjetiva e mediata, configura-se em como as premissas, ou seja, o conhecimento direto do indivíduo são por ele raciocinadas até se transformarem em proposições ou argumentos. A probabilidade para Keynes refere-se ao grau em que o indivíduo racionalmente crê que suas premissas possam tornar-se argumento.

Nos tempos histórico e expectacional que o separam da realização de seu investimento, o empresário usa de seu dinamismo e de suas novas apostas baseadas em suas crenças racionais atualizadas para promover, no curto prazo, ações que ele acredita levarem ao resultado que ele espera no longo prazo. Não apenas as convenções, mas também conhecimento direto – como o volume existente dos vários tipos de capital, a intensidade da procura atual, os contratos

com operários e com fornecedores – fomentam ao investidor um conjunto ampliado de premissas sobre as quais ele baseará sua decisão.

Para ele, a verdadeira liberdade individual não advém da livre ação do indivíduo no mercado e da autorregulação econômica que pretensamente emana disso. Essa concepção, inclusive, pode conduzir a processos de eliminação das

liberdades individuais. O Estado é o ente social capaz de reunir o maior número de informações disponíveis e, sem embargo, é o mais influente ator social. Cabe-lhe, portanto, coordenar a atividade econômica.

3 - As políticas monetária e fiscal em Keynes

A característica essencial de uma economia monetária é que a moeda não é apenas um meio de troca, mas é um ativo capaz de resguardar as alterações nas mudanças de pontos de vista sobre o futuro, pois reserva poder de comando sobre a riqueza social ao longo do tempo, possuindo liquidez máxima para saldar tanto transações à vista quanto contratos diferidos no tempo.

Keynes define o problema político, notadamente o econômico, como carecendo da combinação de três elementos: eficiência econômica, justiça social e liberdade individual. O primeiro precisa de crítica, precaução e conhecimento técnico; o segundo, um espírito não egoísta e entusiasta que ame o homem médio; o terceiro, tolerância, amplitude, apreciação da variedade e da independência, que prefere, sobretudo, oferecer oportunidade progressista ao excepcional e ao aspirante.

3.1 A política monetária

À política monetária caberia realizar, por meio da administração da taxa

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