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Homofobia

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Por:   •  9/10/2013  •  Tese  •  2.319 Palavras (10 Páginas)  •  694 Visualizações

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2 DESENVOLVIMENTO

Atualmente, a questão do homossexual vem ganhando bastante espaço. Nos meio de comunicação, nas alas de decisão judicial e nas conversas do dia-a-dia a figura do homossexual deixa de ser especulação para bater a porta de todo e qualquer individuo de nossa sociedade. Muitos chegam a questionar se eles realmente fazem parte de um “grupo minoritário” da sociedade contemporânea.

Hoje em dia, somos acostumados a estabelecer culturalmente um conjunto de idéias sobre os homossexuais que, muitas vezes, tendem para o campo dos preconceitos. Controvérsia à parte será que esse tipo de comportamento sexual sempre foi motivo de tanta polêmica? Muitas vezes, nosso imaginário nos impede de tentar admitir outros tipos de perspectiva em relação a esse tema.

Voltando para os tempos antigos poderíamos nos deparar com uma visão bastante peculiar ao notarmos que afeto e prática sexual não se distinguiam naquele período. As relações sexuais não eram hierarquizadas por meio de uma distinção daqueles que praticam optavam pelos hábitos homo ou heterossexuais. Na Grécia, por exemplo, o envolvimento entre pessoas do mesmo sexo era absolutamente normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais jovem, e em certos casos essa pratica tinha uma função pedagógica.

Na cidade-estado de Atenas, os filósofos colocavam o envolvimento sexual com seus aprendizes como um importante instrumento pelo qual se estreitavam as afinidades afetivas e intelectuais de ambos. Entre os 12 e os 18 anos de idade o aprendiz tinha relações com seu tutor, desde que ele e a família do menino consentissem com tal ato. Já em Roma, havia distinções onde a pederastia (que consiste em uma relação entre homens adultos e jovens ou adolescentes) era encarada com bons olhos, enquanto a passividade de um parceiro mais velho era motivo de reprovação.

Com a assimilação do valor estritamente procriador do sexo, disseminado pela cultura judaica, a concepção sobre o ato homossexual foi ganhando novas feições. A popularização do cristianismo trouxe consigo a idéia de que o sexo entre iguais seria pecado. Dessa forma, desde o final do Império Romano, várias ações de reis e clérigos tentaram suprimir o homossexualismo. Ainda assim – ao longo da Idade Moderna – tivemos vários relatos de representantes da nobreza tiveram casos com parceiros e parceiras do mesmo sexo.

No século XIX, com a efervescência das teorias biológicas e o auge da razão como verdade absoluta, teorias queriam dar uma explicação científica para o homossexualismo. No século XX, a lobotomia cerebral foi declarada como uma solução cirúrgica para que quisesse se “livrar” do hábito. Nesse mesmo período, diversos grupos lutaram pelo fim da discriminação e a abolição da classificação científica que designa o homossexualismo como doença.

Vivemos hoje um mundo cada vez mais marcado pela solidão e pelo individualismo. Esse modo de vida é um sintoma de uma época cada vez mais presente, de uma conjuntura que nos aponta para a falta de raízes, de referências, de vínculos. Isso vale para todos que experimentam um desligar-se da vida em família. Retorna-se a uma vivencia errante anterior à tribo, em que cada um se vê solto nas florestas – de asfalto – lutando pela própria sobrevivência individualmente. A família, idealmente, é o lugar do abrigo e da segurança, da constância, da acolhida. Longe da família, se é estrangeiro.

Assumir-se homossexual é correr o risco de se tornar estrangeiro, de desabrigar-se, de ir para a vida lutar pela própria sobrevivência. Esse risco pode ser extremamente importante para o crescimento e amadurecimento da pessoa, da aquisição de autonomia e exercício da liberdade… e deixa marcas.

Marcados na vida pela dialética entre ser individual e coletivo. A família é matriz da sociedade, é a escola onde aprendemos a ser humanos sociabilizados, educados para a convivência. Após certo momento, somos jogados na vida coletiva para sermos indivíduos, livres e autônomos, em busca de nossa própria realização pessoal, e em busca de um encontro para vir a constituir uma nova família, nova matriz de sociabilidade, retomando o ciclo. Assumir-se homossexual é romper esse ciclo ou estar nele de outra forma, experimentando outros caminhos, criando novas matrizes, reconfigurando a sociedade.

Quem se assume homossexual espera apoio, amor, aceitação e respeito. A família é o primeiro lugar onde se espera isso, pois sempre será o primeiro lugar onde aprendemos a ser nós mesmos. Família que não é a nuclear e biológica, mas que é local de crescimento. Ao longo da vida podemos viver e construir famílias, vivenciar esse sentimento de vinculação e identidade.

Já a relação entre o mercado de trabalho e os homossexuais é uma relação bem tênue, é uma linha cuidadosa que todos fingem não ver, alias muitos não vêem mesmo. A lei hoje tenta, ou aparenta tentar igualar o mercado de trabalho, deixar todos se sentirem iguais e mais isso não acontece.

Infelizmente o mercado de trabalho é um caos sem fim, estamos a beira de nos esquivar para um mundo capitalista sem saber o que nos espera e muito menos o que esperaremos. A melhor dica? Ser sempre um bom profissional alias não posso ser também omisso e falar somente a parte ruim. Hoje existem muitas empresas que preferem contratar homossexuais, exatamente pelo fato de se saber que são mais cuidadosos, organizados (não todos), e responsáveis.

Então, é sempre importante, saber ser um bom profissional, e lembre-se, ninguém precisa saber o que você faz fora do escritório, hospital, ou do seu local de trabalho. Então trabalhe e se sofrer qualquer coisa, não hesite, procure a delegacia mais próxima e faça a sua denuncia, pois a homofobia é crime.

Ministério do Trabalho e Emprego desenvolve ações de apoio às políticas dos órgãos responsáveis pela promoção da igualdade e diversidade e o combate às várias formas de discriminação – especificamente no âmbito do trabalho e emprego -, visando atender às reivindicações de segmentos populacionais historicamente mais vulneráveis e sujeitas à discriminação no mercado de trabalho, como mulheres, negros, portadores de deficiência, idosos, homossexuais,

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