II - DESENVOLVIMENTO Segundo Pierre Bourdieu, Os Atores Sociais Interagem Por Meio De Jogos, Sem Normas Explícitas, Nos Quais As Pessoas Fazem Suas Escolhas De Vida Influenciadas Pelo Seu Habitus, Ou Seja, No Caminho Percorrido Para O Alcance De Seus
Trabalho Escolar: II - DESENVOLVIMENTO Segundo Pierre Bourdieu, Os Atores Sociais Interagem Por Meio De Jogos, Sem Normas Explícitas, Nos Quais As Pessoas Fazem Suas Escolhas De Vida Influenciadas Pelo Seu Habitus, Ou Seja, No Caminho Percorrido Para O Alcance De Seus . Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunnanatal • 30/3/2014 • 985 Palavras (4 Páginas) • 991 Visualizações
II – DESENVOLVIMENTO
Segundo Pierre Bourdieu, os atores sociais interagem por meio de jogos, sem normas explícitas, nos quais as pessoas fazem suas escolhas de vida influenciadas pelo seu habitus, ou seja, no caminho percorrido para o alcance de seus objetivos o indivíduo é dominado pela situação econômica, política, cultural e social onde atua. Nem sempre a escolha é a mais adequada do ponto de vista individual, porém, se analisada no âmbito do seguimento social de onde se origina, essa lhe trará maior proveito dentro do grupo.
Sob a égide dessas idéias, Bourdieu, apresenta uma de suas teses qual seja, a do poder simbólico, uma vez que, aparentemente o ator social pode escolher livremente a ação a ser tomada, porém, ele tende a optar por aquilo que será mais apreciado do ponto de vista do contexto onde se situa o processo de sua existência.
[...] O efeito da dominação simbólica (seja ela de etnia, de gênero, de cultura, de língua etc) se exerce não na lógica pura das consciências cognoscentes, mas através dos esquemas de percepção, de avaliação e de ação que são constitutivos dos ‘habitus’ e que fundamentam, aquém das decisões da consciência e dos controles da vontade, uma relação de conhecimento profundamente obscura a ela mesma. Assim a lógica paradoxal da dominação masculina e da submissão feminina, que se pode dizer ser, ao mesmo tempo e sem contradição, espontânea e extorquida, só pode ser compreendida se nos mantivermos atentos aos efeitos duradouros que a ordem social exerce sobre as mulheres (e os homens), ou seja, às disposições espontaneamente harmonizadas com esta ordem que as impõem. [...] (Bourdieu, 2002, p. 49/50).
Ainda no contexto da obra “A dominação Masculina” Bourdieu, discorre sobre a utilização das trocas simbólicas nas relações:
[...] É na lógica da economia das trocas simbólicas – e, mais, precisamente, na construção social das relações de parentesco e do casamento, em que se determina às mulheres seu estatuto social de objetos de troca, definidos segundo os interesses masculinos, e destinados assim a contribuir para a reprodução do capital simbólico dos homens -, que reside a explicação do primado concedido à masculinidade nas taxinomias culturais. O tabu do incesto, em que Lévi-Strauss vê o ato fundador da sociedade, na medida em que implica o imperativo de troca compreendido como igual comunicação entre os homens, é correlativo da instituição da violência pela qual as mulheres são negadas como sujeitos da troca e da aliança que se instauram através delas, mas reduzindo-as à condição de objetos, ou melhor, de instrumentos simbólicos da política masculina: destinadas a circular como signos fiduciários e a instituir assim relações entre os homens, elas ficam reduzidas à condição de instrumentos de produção ou de reprodução do capital simbólico e social. [...]
Pierre Bourdieu descreve a violência simbólica como um ato sutil, que oculta relações de poder que alcançam não apenas as relações entre os gêneros, mas, toda a estrutura social.
Nesse aspecto o autor desenvolveu, em seus mais recentes trabalhos, análise sobre os meios de comunicação, especialmente da televisão, falando sobre a mercantilização generalizada da cultura e demonstrando sua responsabilidade na perpetuação da ordem simbólica, comprovando que aqueles que dela participam são tão manipulados quanto manipuladores. Mostra também que a televisão exerce uma das formas mais nocivas de violência simbólica, pois, conta com a cumplicidade silenciosa dos que a recebem e dos que a praticam.
Em entrevista publicada na Folha de São de Paulo de 07 de fevereiro de 1999, Pierre Bourdieu discorre acerca das idéias lançadas em sua obra “Sobre a Televisão” (1997):
[...] A análise critica do papel da televisão é um elemento capital da luta contra a imposição da visão dominante do mundo social e do
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