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Ideologia Alemã

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Por:   •  23/5/2014  •  3.234 Palavras (13 Páginas)  •  582 Visualizações

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FEUERBACH.

Oposição das Concepções Materialista e Idealista

(Capítulo I)

A ideologia alemã é um livro bastante complexo, escrito por Marx e Engels, que retrata da polêmica dirigida aos hegelianos, analisando e satirizando as suas ideias de reforma moral da humanidade. De início o livro vem mostrar aos leitores as críticas e oposições das concepções materialistas e idealistas feitas por Feuerbach, um filósofo alemão que, até hoje, é reconhecido pela teologia humanista e pela influência que o seu pensamento exercia sobre Marx.

Segundo os escritos no livro de Marx e Engels, para Feuerbach, a alienação religiosa segue uma teoria teológica que busca a razão e a essência do homem no mundo, mas o homem é essencialmente antropológico na característica humana, pois adquire sentimentos e sensibilidade. É desta forma que Feuerbach observa a alienação decorrente em cada indivíduo que busca uma relação substancial entre Homem e Deus.

O que proporcionou esse pensamento de Feuerbach foi a influência da teoria de Hegel e, mais tarde, a teoria de Marx. Posteriormente, nessas duas linhas de pensamento, uma teórica e a outra prática, Feuerbach busca a formula do Homem vs. Deus vs. Religião.

Entretanto, intermediar essas teorias não foi fácil para Feuerbach, pois, na época, a Alemanha passava por uma forte mudança cultural, daí é possível entender a forte crítica ao seu pensamento. Dentro desse contexto histórico, observa-se a teoria de Feuerbach voltada para a “teoria”, e a teoria de Marx, onde a lógica é a prática. Porém, como é possível perceber durante a leitura do primeiro capítulo do livro “A ideologia Alemã”, não é a teoria que busca a essência do homem, mas é na prática que os indivíduos se relacionam, afirma Marx mais tarde, com sua crítica a Feuerbach.

É somente por volta de 1845 que Marx começa a formular sua crítica alemã, tanto ao idealismo quanto ao materialismo, analisando as ideias de Feuerbach, e, assim, formulando ideias centrais a partir das quais ele evoluiria sua crítica.

1. A Ideologia em Geral, nomeadamente a alemã.

Neste tópico, basicamente, retrata apenas sobre a polêmica contra Hegel, e sobre as ideias e contradições de Marx e Engels com relação à “construção” e reforma da humanidade dos neo-hegelianos. Marx e Engels opõem a pesquisa de método histórico e crítico, fundamentada sobre as relações sociais, no estudo da vida prática em sociedade. Eles colocam em questão as ideias de reforma da humanidade dos neo-hegelianos. Para eles, ao contrário de Hegel, a base das ideias é o mundo real, o mundo sensorial e não o da subjetividade. Acreditam que o materialismo dialético deve partir do concreto e não do conceito e que, as formas de representação coletiva, deviam ser estudadas com base no cotidiano, ou seja, nas relações sociais.

O livro “A Ideologia Alemã”, retoma a trajetória de Hegel, que, com suas teorias, segundo Marx e Engels, afirma que o mundo é produto do trabalho humano, como realidade histórica construída coletivamente pelos homens e que o homem é um ser histórico, o que é dado por sua capacidade de trabalho. Mas, além disso, este livro aborda, também, vários elementos distintos e transpõe caminhos muito diferentes.

2. Premissas da Concepção Materialista da História.

Marx e Engels começam a discussão do seu livro pelo principal pensador hegeliano, Ludwig Feuerbach, como já citado aqui nesta resenha anteriormente. Seu ponto de partida é o das ilusões, mas o das ilusões psicológicas, como chave para decifrar a expressão mais típica da alienação, a religiosa. Para Feuerbach, a capacidade de abstração está na origem da alienação religiosa, em que o homem projetaria suas características, elevadas ao infinito, em um ser externo ao homem. Em vez de ser criado por Deus, como acredita a visão religiosa, é o homem quem cria Deus. De criação, se torna criador. “O homem é o Deus do homem”, conclui. Porém, Feuerbach não incorpora a categoria trabalho e assim a superação das ilusões se reduz a um processo de desmistificação, retomando a forma mais clássica de idealismo, o da primazia da consciência sobre a realidade.

O idealismo filosófico alemão reduz o mundo à sua representação intelectual nos sistemas ideológicos como a religião, o Direito, a ciência etc. Reduz toda a evolução histórica a estes ideais, que são considerados pelos idealistas não apenas como independentes dos fatores e agentes da realidade social, mas como efetivos criadores desta última.

Em oposição a este pensamento, Marx e Engels defendem a pesquisa da história material dos homens, suas relações entre si e suas relações com o meio natural, para, então, desvendar as formas de ideologias, pois é da vida material que surgem as ilusões ou verdades do espírito. As relações a serem investigadas são o intercâmbio entre as pessoas, o que manifesta uma diferença radical com as concepções organicistas da sociedade. Propõem o estudo das relações empíricas entre os indivíduos, entre os países, classes, regiões, etc. em unidade com a interpretação conceitual destas relações empíricas. O fundamental, nestas investigações, é o processo de desenvolvimento da sociedade.

A ideologia inverte a realidade histórica, ao invés de representá-la racionalmente. As formas de representação coletivas devem ser estudadas a partir da sua base na vida cotidiana, nas relações sociais, cuja totalidade constitui a sociedade. Com base no texto de Marx e Engels, pode-se referir à consciência, à religião e, tudo o que se quiser, como distinção entre os homens e os animais. Distinção começa apenas quando os homens iniciam a produção dos seus meios de vida. O que realmente é verdade e é válido destacar.

Segundo Marx, a primeira premissa de toda a história humana é, naturalmente, a existência de indivíduos humanos vivos. O primeiro fato a constatar é, portanto, a organização física destes indivíduos e a relação que existe com o resto da natureza. Marx desenvolveu uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época.

Assim, a base material ou econômica constitui a "infraestrutura" da sociedade, que exerce influência direta na "superestrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época. A base material é formada por forças

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