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Ideologias etnocêntricas

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Por:   •  15/11/2014  •  Artigo  •  854 Palavras (4 Páginas)  •  665 Visualizações

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Etnocentrismo

Etnocentrismo é um preconceito que uma sociedade ou cultura produz no mesmo tempo em que se procura introduzir em seus membros normas e valores próprios. Se para o indivíduo se sua maneira de proceder é a certa então as outras estão erradas, ou seja, o etnocentrismo julga as outras as outras culturas, povos e pessoas pelos padrões da própria sociedade. O preconceito etnocentrista nunca é inocente, como certos antropólogos deixam entender. É prejudicial, por trazer uma alta periculosidade: a negação do “Outro”.

Mas a rejeição do Outro, combinada com a dominação, assume também outra forma: não tirar a vida do Outro, mas apenas a diferença, ou seja, arrancar pela raiz a diferença que o constitui como Outro, reduzindo-o à imagem e semelhança do Mesmo. Os colonizadores europeus, menos tolerantes que os impérios romanos e mulçumanos, tenderam a homogeneizar as populações que dominavam. No mundo ibérico, os judeus foram obrigados a tornar-se “cristãos novos” para salvarem a vida ou o patrimônio.

Não podemos esquecer que há uma forma mais útil e oportunista de lindar com o Outro: manter sua cultura ou diferença, entretanto utilizá-la como pretexto para julgá-lo e oprimir. A diferença torna-se título que legitima a dominação e exploração, já que demonstra uma degradação de condição humana.

Houve e há várias ideologias etnocentristas conforme abaixo:

a) Na época dos descobrimentos se exaltava a supremacia da cristandade e sua missão de espalhar a fé e o império. Os missionários iam como os conquistadores, para arrancar cultos e costumes que para eles eram monstruosos e contrários a religião dos missionários, acreditavam que eram pagãos e estariam sob o poder de Satanás, do qual tinham de ser libertados a todo custo, inclusive pela escravidão.

b) Depois veio a Época das Luzes, o que agora desqualifica o Outro não é seu caráter de selvagem e incrédulo, mas seu atraso em relação à civilização ocidental que se proclamou a suprema. Massacres memoráveis, rebeliões sufocadas em banhos de sangue não conseguiam despertar a indignação das “reservas morais” das sociedades que se beneficiavam com a exploração.

Podemos resumir a definição do etnocentrismo como uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimento se estranheza, medo, hostilidade, etc.

O trecho a seguir citado no livro “O que é etnocentrismo” de Everardo Rocha exemplifica também o etnocentrismo. O grupo do “eu” faz, então, da sua visão a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do “outro” fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível. Este processo resulta num considerável reforço da identidade do “nosso” grupo. No limite, algumas sociedades chamam-se por nomes que querem dizer “perfeitos”, “excelentes” ou, muito simplesmente, “ser humano” e ao “outro”, ao estrangeiro, chamam, por vezes, de

“macacos da terra” ou “ovos de piolho”. De qualquer forma, a sociedade do “eu” é a melhor, a superior representada como o espaço da cultura e da civilização por excelência.

Relativismo Cultural

O

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